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Sexta-feira, 26 de Abril de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida
Texto de Maria do dia 14 de setembro
Maria se tornou a mãe do Filho de Deus
Maria se tornou a mãe do Filho de Deus
Matthias Stomer

Para Maria, foi inesquecível a experiência da anunciação: ao mesmo tempo em que tomou consciência de que Deus é Pai, e é Pai porque tem um Filho que nela deveria se encarnar, soube da existência do Espírito Santo, que nela operaria a encarnação, tornando fecunda sua virgindade. Até então, ninguém jamais soubera que Deus é Pai, é Filho e é Espírito Santo; que Deus é Trindade.

Procurando conhecer melhor a obra do Espírito Santo na história da salvação, e a relação que há entre ele e Maria, já alguns padres da Igreja  atribuíram ao Espírito Santo a santidade de Maria. Por eles foi chamada de "Santuário do Espírito Santo", já que se tornou sua habitação permanente. Foi dele, como de uma fonte, que brotou em Maria a plenitude da graça e a abundância dos dons com que foi enriquecida. "Ao Espírito Santo atribuíam a fé, a esperança e a caridade que animavam o coração da Virgem Santíssima, bem como a força que manteve sua adesão à vontade de Deus... até os pés da cruz". 

Maria Santíssima esteve presente, ativamente, nas duas mais importantes ações do Espírito Santo na história: encarnação e Pentecostes.

Encarnação: "Quando se completou o tempo previsto", isto é, quando as promessas feitas a Abraão, bem como a Aliança estabelecida com o povo eleito por meio de Moisés chegaram ao seu cumprimento máximo; no momento em que a Palavra que estava junto de Deus iria se fazer carne para habitar entre nós, lá estava Maria, dando o seu sim. A fé de Abraão havia dado início à Antiga Aliança; a fé de Maria, na anunciação, deu início à nova Aliança. Abraão se tornou pai de muitos povos; Maria se tornou a mãe do Filho de Deus e, posteriormente, do povo que o tem como Cabeça.

Pentecostes: Maria era uma das cento e vinte pessoas que estavam reunidas no cenáculo, em Jerusalém. Sua presença mereceu destaque especial: além do nome dos apóstolos, somente o seu foi citado pelos Atos dos Apóstolos: "Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres — entre elas —, Maria, mãe de Jesus..."  Por que rezavam? Estavam à espera do cumprimento das promessas de Cristo. Quando a Igreja nascia, lá estava a Mãe de Jesus, recebendo a efusão do Espírito Santo. Por isso seria um dia proclamada "Mãe da Igreja". 

Sabemos o que o Espírito Santo pôde realizar no coração de Maria. E o que poderá realizar no nosso, se formos disponíveis como ela? (...)

Retirado do livro: 'Um mês com Maria', Paulinas Editora.