Evangelho do dia 02/11/2025
Comemoração de todos os fiéis defuntos - Ano C - Roxa

Jovem, eu te digo: levanta-te! - Lc 7, 11-17
“Depois disso, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, acompanhado de seus discípulos e de grande multidão. Quando se aproximava da porta da cidade, estava sendo carregado para fora um morto, filho único de sua mãe, que era viúva; uma numerosa multidão da cidade estava com ela. Ao vê-la, o Senhor foi tomado de compaixão por ela e disse-lhe: “Não chores!” E, aproximando-se, tocou o féretro, e os que o carregavam pararam. Então disse: “Jovem, eu te digo: levanta-te!” O morto ergueu-se e começou a falar; e Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram atemorizados e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós”, e: “Deus visitou seu povo”. A notícia a respeito dele espalhou-se por toda a Judeia e por toda a região circunvizinha”.
A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023Oração Inicial
O Dia de Finados não é dia de tristeza, mas de esperança. A Boa Nova anunciada por Jesus ilumina este dia e a nossa prece. Jesus é o Senhor da vida; ele superou todas as barreiras, até a considerada intransponível a barreira da morte. Ele desceu ao coração da morte e nos trouxe a vida definitiva. E a liturgia deste dia quer fazer comunhão com nossos entes queridos. Formamos, com eles, o Corpo Místico de Cristo.
Coloque-se na presença de Jesus, assim como Marta e Maria, e lhe peça o dom da escuta amorosa à sua Palavra, ao seu ensinamento, à sua força de vida. Permaneça por alguns instantes em silêncio, limpando sua mente e seu coração de tudo o que poderia impedi-lo/a de abrir-se à Palavra do Senhor.
Faça a oração: “Ó Senhor Deus, a ti dirijo minha oração. Meu Deus, eu confio em ti. Ensina-me teus caminhos! Faz que eu os conheça bem, pois quero viver de acordo com tua verdade” (Sl 25,1-2).
Leitura (Verdade)
Todos passamos pela morte. O Filho predileto de Deus, Jesus de Nazaré, nos ensina a “morrer do jeito dele”. Jesus morreu por amor a nós, mas não em nosso lugar. Sua morte nos ensina a morrer do jeito dele.
Evangelho de Lucas 7, 11-17 “Naquele tempo, Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-lá, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!” Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo”. E a notícia do fato espalhou-se pela Judeia inteira, e por toda a redondeza”.
“O texto de hoje nos coloca diante de um dos mistérios centrais da doutrina cristã: a morte e ressurreição de Jesus, o Cristo. O Evangelho não deixa dúvida sobre a morte corporal do Filho de Deus. Tornou-se solidário às nossas dores e experimentou em sua carne o destino provisório de todos os humanos: a morte. O cristão, ao contemplar a morte de Jesus e a sua ressurreição, é capaz de assumir a própria morte na certeza da vida eterna. No prefácio deste dia rezamos: “Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada”. Em Jesus brilhou para nós e para nossos irmãos e irmãs que já partiram a esperança da feliz ressurreição, na alegria de contemplar a face do Deus vivo.” (Viver a Palavra – 2024. Ir. Maria Inês Carniato, fsp - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O Senhor fala com você por meio de sua Palavra. O que Ele lhe diz, neste dia?
Se você ainda não conseguiu identificar o que o Senhor quer dizer-lhe, leia novamente o texto, procurando ouvi-lo, e faça a sua meditação, espelhando sua conduta na Palavra de Jesus.
Oração (Vida)
Ao recordarmos com amor aqueles que estão na glória junto de Deus, podemos fazer um momento de silêncio interior, para estabelecermos um diálogo com Deus. É momento de renovarmos nossa confiança em Deus. A morte é um segundo batismo, pois nos faz mergulhar por inteiro na bondade, no amor e na misericórdia do Senhor para conosco e com a humanidade inteira.
“Obrigado/a, Jesus, porque Tu és a ressurreição e a vida dos que em ti confiam e esperam. Agradeço desde já o lugar que Tu foste preparar para mim. Quando chegar a hora do meu segundo nascimento, fica comigo e mostra-me o caminho da luz de tua ressurreição, assim não terei medo de partir desta vida para a vida eterna.”
Contemplação (Vida e Missão)
Permaneça em profundo silêncio. Feche os olhos e reflita sobre como gostaria que fosse a hora derradeira de seu segundo batismo par penetrar na imensidão do amor do Pai. Proponha-se a viver cada dia como se fosse o último.
Bênção
- Deus Pai nos abençoe.
- Deus Filho nos conceda a saúde e a paz.
- Deus Espírito Santo nos ilumine.
- Permaneçamos firmes na fé e na paz do Senhor. Amém.
A oração pelos falecidos remonta desde antes de Jesus, sendo evidenciada já no livro dos macabeus. A comemoração da Igreja dos fiéis defuntos, nesta data, originou-se no mosteiro de Cluny. A celebração é motivo de esperança na salvação dos que partiram, pois Cristo venceu a morte, ressuscitando para dar a vida eterna a todos. Em um contexto de morte causado pela ruína do exílio babilônico, surge uma profecia que traz esperança a Israel e representa o destino futuro da humanidade. Deus honrará seu povo, eliminando a morte e todo sofrimento. Realizará um banquete de festa, símbolo de comunhão com ele e da fraternidade entre todos os povos. Isso é motivo de grande alegria, pois se experimenta a salvação. É o Espírito de Deus que nos torna seus filhos e herdeiros de sua glória. Os sofrimentos, marcados por angústias e perseguições, nem se comparam à salvação futura. A morte não é a última palavra, mas acesso para a vida plena em Cristo. Por isso a expectativa da criação é como uma mãe que geme em dores do parto, mas, ao final, se alegra com a chegada de uma nova vida. O destino final da humanidade é sintetizado na conclusão do discurso escatológico de Mateus. Jesus fala aos discípulos sobre sua vinda gloriosa, como “Filho do Homem”, o juiz glorioso que julgará todas as nações, inspirado em Daniel 7,13. Para clarificar, ele se utiliza da imagem do rei pastor tirada da profecia de Ezequiel. Ele separa os justos dos ímpios, assim como se separa as ovelhas dos cabritos. Aqueles que colocam em prática a Palavra do Senhor são convocados pelo rei e chamados de “benditos”. Eles herdarão o Reino de Deus porque estão abertos a estar em comunhão com ele; enquanto os ímpios serão expulsos, chamados de “malditos” e condenados no fogo eterno. Essa seleção é baseada nas obras de misericórdia já apresentadas nas Escrituras (Is 58,7). Os famintos, os sedentos, os estrangeiros, os nus, os doentes e os prisioneiros são os vulneráveis que clamam por socorro e proteção. O rei, como um pastor compassivo, coloca-se no lugar deles. Quem age com misericórdia ou a recusa a um deles atinge- -lhe diretamente. Quem experimenta a compaixão que vem de Deus é chamado a exercê-la na vida do outro. Essa é a condição para herdar a vida eterna. Que este dia não possa ser marcado pela tristeza, mas pela reconciliação e pela gratidão aos nossos entes queridos. Que nossas orações por eles cheguem a Deus e nos deem consolo. Que a saudade possa estar acompanhada da esperança de que um dia nos encontraremos e estaremos todos juntos com o Senhor!
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.Evangelho do dia 02/11/2025
Comemoração de todos os fiéis defuntos - Ano C - Roxa

Jovem, eu te digo: levanta-te! - Lc 7, 11-17
“Depois disso, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, acompanhado de seus discípulos e de grande multidão. Quando se aproximava da porta da cidade, estava sendo carregado para fora um morto, filho único de sua mãe, que era viúva; uma numerosa multidão da cidade estava com ela. Ao vê-la, o Senhor foi tomado de compaixão por ela e disse-lhe: “Não chores!” E, aproximando-se, tocou o féretro, e os que o carregavam pararam. Então disse: “Jovem, eu te digo: levanta-te!” O morto ergueu-se e começou a falar; e Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram atemorizados e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós”, e: “Deus visitou seu povo”. A notícia a respeito dele espalhou-se por toda a Judeia e por toda a região circunvizinha”.
Oração Inicial
O Dia de Finados não é dia de tristeza, mas de esperança. A Boa Nova anunciada por Jesus ilumina este dia e a nossa prece. Jesus é o Senhor da vida; ele superou todas as barreiras, até a considerada intransponível a barreira da morte. Ele desceu ao coração da morte e nos trouxe a vida definitiva. E a liturgia deste dia quer fazer comunhão com nossos entes queridos. Formamos, com eles, o Corpo Místico de Cristo.
Coloque-se na presença de Jesus, assim como Marta e Maria, e lhe peça o dom da escuta amorosa à sua Palavra, ao seu ensinamento, à sua força de vida. Permaneça por alguns instantes em silêncio, limpando sua mente e seu coração de tudo o que poderia impedi-lo/a de abrir-se à Palavra do Senhor.
Faça a oração: “Ó Senhor Deus, a ti dirijo minha oração. Meu Deus, eu confio em ti. Ensina-me teus caminhos! Faz que eu os conheça bem, pois quero viver de acordo com tua verdade” (Sl 25,1-2).
Leitura (Verdade)
Todos passamos pela morte. O Filho predileto de Deus, Jesus de Nazaré, nos ensina a “morrer do jeito dele”. Jesus morreu por amor a nós, mas não em nosso lugar. Sua morte nos ensina a morrer do jeito dele.
Evangelho de Lucas 7, 11-17 “Naquele tempo, Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-lá, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!” Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo”. E a notícia do fato espalhou-se pela Judeia inteira, e por toda a redondeza”.
“O texto de hoje nos coloca diante de um dos mistérios centrais da doutrina cristã: a morte e ressurreição de Jesus, o Cristo. O Evangelho não deixa dúvida sobre a morte corporal do Filho de Deus. Tornou-se solidário às nossas dores e experimentou em sua carne o destino provisório de todos os humanos: a morte. O cristão, ao contemplar a morte de Jesus e a sua ressurreição, é capaz de assumir a própria morte na certeza da vida eterna. No prefácio deste dia rezamos: “Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada”. Em Jesus brilhou para nós e para nossos irmãos e irmãs que já partiram a esperança da feliz ressurreição, na alegria de contemplar a face do Deus vivo.” (Viver a Palavra – 2024. Ir. Maria Inês Carniato, fsp - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O Senhor fala com você por meio de sua Palavra. O que Ele lhe diz, neste dia?
Se você ainda não conseguiu identificar o que o Senhor quer dizer-lhe, leia novamente o texto, procurando ouvi-lo, e faça a sua meditação, espelhando sua conduta na Palavra de Jesus.
Oração (Vida)
Ao recordarmos com amor aqueles que estão na glória junto de Deus, podemos fazer um momento de silêncio interior, para estabelecermos um diálogo com Deus. É momento de renovarmos nossa confiança em Deus. A morte é um segundo batismo, pois nos faz mergulhar por inteiro na bondade, no amor e na misericórdia do Senhor para conosco e com a humanidade inteira.
“Obrigado/a, Jesus, porque Tu és a ressurreição e a vida dos que em ti confiam e esperam. Agradeço desde já o lugar que Tu foste preparar para mim. Quando chegar a hora do meu segundo nascimento, fica comigo e mostra-me o caminho da luz de tua ressurreição, assim não terei medo de partir desta vida para a vida eterna.”
Contemplação (Vida e Missão)
Permaneça em profundo silêncio. Feche os olhos e reflita sobre como gostaria que fosse a hora derradeira de seu segundo batismo par penetrar na imensidão do amor do Pai. Proponha-se a viver cada dia como se fosse o último.
Bênção
- Deus Pai nos abençoe.
- Deus Filho nos conceda a saúde e a paz.
- Deus Espírito Santo nos ilumine.
- Permaneçamos firmes na fé e na paz do Senhor. Amém.
A oração pelos falecidos remonta desde antes de Jesus, sendo evidenciada já no livro dos macabeus. A comemoração da Igreja dos fiéis defuntos, nesta data, originou-se no mosteiro de Cluny. A celebração é motivo de esperança na salvação dos que partiram, pois Cristo venceu a morte, ressuscitando para dar a vida eterna a todos. Em um contexto de morte causado pela ruína do exílio babilônico, surge uma profecia que traz esperança a Israel e representa o destino futuro da humanidade. Deus honrará seu povo, eliminando a morte e todo sofrimento. Realizará um banquete de festa, símbolo de comunhão com ele e da fraternidade entre todos os povos. Isso é motivo de grande alegria, pois se experimenta a salvação. É o Espírito de Deus que nos torna seus filhos e herdeiros de sua glória. Os sofrimentos, marcados por angústias e perseguições, nem se comparam à salvação futura. A morte não é a última palavra, mas acesso para a vida plena em Cristo. Por isso a expectativa da criação é como uma mãe que geme em dores do parto, mas, ao final, se alegra com a chegada de uma nova vida. O destino final da humanidade é sintetizado na conclusão do discurso escatológico de Mateus. Jesus fala aos discípulos sobre sua vinda gloriosa, como “Filho do Homem”, o juiz glorioso que julgará todas as nações, inspirado em Daniel 7,13. Para clarificar, ele se utiliza da imagem do rei pastor tirada da profecia de Ezequiel. Ele separa os justos dos ímpios, assim como se separa as ovelhas dos cabritos. Aqueles que colocam em prática a Palavra do Senhor são convocados pelo rei e chamados de “benditos”. Eles herdarão o Reino de Deus porque estão abertos a estar em comunhão com ele; enquanto os ímpios serão expulsos, chamados de “malditos” e condenados no fogo eterno. Essa seleção é baseada nas obras de misericórdia já apresentadas nas Escrituras (Is 58,7). Os famintos, os sedentos, os estrangeiros, os nus, os doentes e os prisioneiros são os vulneráveis que clamam por socorro e proteção. O rei, como um pastor compassivo, coloca-se no lugar deles. Quem age com misericórdia ou a recusa a um deles atinge- -lhe diretamente. Quem experimenta a compaixão que vem de Deus é chamado a exercê-la na vida do outro. Essa é a condição para herdar a vida eterna. Que este dia não possa ser marcado pela tristeza, mas pela reconciliação e pela gratidão aos nossos entes queridos. Que nossas orações por eles cheguem a Deus e nos deem consolo. Que a saudade possa estar acompanhada da esperança de que um dia nos encontraremos e estaremos todos juntos com o Senhor!
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.