Evangelho do dia 06/08/2023
Transfiguração do Senhor - Ano A - Branca

Este é meu Filho Amado, em quem me comprazo. Ouvi-o! - Mt 17,1-9
Seis dias depois, Jesus tomou Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou para um monte alto e afastado. Ali foi transfigurado diante deles: seu rosto ficou resplandecente como o sol, e suas vestes tornaram-se brancas como a luz. Nisso, apareceram-lhes Moisés e Elias conversando com ele. Então Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: “Senhor, é bom que nós estejamos aqui. Se queres, armarei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa estendeu-se sobre eles, e da nuvem uma voz disse: “Este é meu Filho Amado, em quem me comprazo. Ouvi-o!” Tendo ouvido isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra, muito assustados. Mas Jesus se aproximou, tocou-os e disse: “Levantai-vos. Não temais”. Tendo levantado seus olhos, não viram ninguém, senão Jesus só. Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: “Não conteis a ninguém a visão até que o Filho do Homem seja ressuscitado da morte”.
A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.Oração Inicial
Na liturgia de hoje, recordamos a Transfiguração do Senhor. “Da nuvem saiu uma voz que dizia: ‘Este é o meu Filho, o Eleito. Escutai-o!’”(Lc 9,35). Esse é o convite que a Palavra faz a cada um de nós. A transfiguração de Jesus, no monte Tabor revela-nos o mistério do Cristo Redentor, Ele que entregou sua própria vida por nossa redenção. Acolhamos o que o Senhor quer nos dizer hoje por meio de sua Palavra.
Rezemos: “Ó divino Espírito, ensina-me tudo quanto Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites. Amém.”
Leitura (Verdade)
A experiência dos discípulos com Jesus no monte Tabor é a nossa experiência de cristãos, quando nos aproximamos do Evangelho e da Eucaristia. No altar da vida, Ele se revela a nós, aproxima-se de nós e nos leva a fazer a experiência de seu amor e sua bondade.
Evangelho: Mt 17,1-9 Seis dias depois, Jesus tomou Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou para um monte alto e afastado. Ali foi transfigurado diante deles: seu rosto ficou resplandecente como o sol, e suas vestes tornaram-se brancas como a luz. Nisso, apareceram-lhes Moisés e Elias conversando com ele. Então Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: “Senhor, é bom que nós estejamos aqui. Se queres, armarei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa estendeu-se sobre eles, e da nuvem uma voz disse: “Este é meu Filho Amado, em quem me comprazo. Ouvi-o!” Tendo ouvido isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra, muito assustados. Mas Jesus se aproximou, tocou-os e disse: “Levantai-vos. Não temais”. Tendo levantado seus olhos, não viram ninguém, senão Jesus só. Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: “Não conteis a ninguém a visão até que o Filho do Homem seja ressuscitado da morte”.
“Jesus se dirige a Jerusalém, lugar do confronto, do sofrimento, da condenação injusta e da crucificação, seguida de morte. Conhecendo a fragilidade humana, sobe a alta montanha, acompanhado de Pedro, Tiago e João. Naquele maravilhoso lugar, Jesus dá uma pequena mostra de como será a ressurreição e a eternidade. Aquele instante no monte Tabor pode ser entendido como uma preparação para que os apóstolos não fugissem na hora do sofrimento. Sim, Jesus dá uma amostra do céu, no intuito de não deixar esmorecer a fé dos apóstolos. Quanto a nós, não vimos Jesus em nenhuma montanha ou planície, mas temos o privilégio e a honra de acolher sua palavra e recebê-lo na Eucaristia. Jesus é a nossa luz.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
Contemplar o rosto de Jesus ilumina a nossa caminhada, mesmo nas noites mais escuras. A glória manifestada na Transfiguração é a transparência do amor e da liberdade com que Jesus sempre se relacionou com seus discípulos e com o povo.
Como você aceita o convite de Jesus para se retirar e estar com Ele?
Que luz lhe dá Jesus, com sua pessoa e sua mensagem?
De que maneira esta passagem o/a compromete? O que ela lhe pede?
Oração (Vida)
Ouvimos a voz de Deus, por meio de sua Palavra. Agora, somos impelidos em direção àquele a quem temos ouvido.
O que o texto bíblico o/a inspira a dizer a Deus?
Procure um momento de intimidade a sós com o Senhor. Deixe que Ele se revele e, então, fale com Ele como fizeram os discípulos.
Conclua com a oração composta por São João Paulo II: “Senhor Jesus, concede-me crer firmemente no amor que Tu me revelaste e que doaste no teu Evangelho. Faze que eu ouça cada dia a tua voz que me chama a seguir-te para sentir sempre em mim os benefícios da tua redenção. Amém.”
Contemplação (Vida e Missão)
“Cada um dos nossos dias seja plasmado pelo encontro renovado com Cristo, Verbo do Pai feito carne: Ele está no início e no fim de tudo, e n’Ele todas as coisas subsistem (cf. Cl 1,17). Façamos silêncio para ouvir a Palavra do Senhor e meditá-la, a fim de que ela, por meio da ação eficaz do Espírito Santo, continue a habitar e a viver em nós e a falar-nos ao longo de todos os dias da nossa vida” (Bento XVI, ‘Verbum Domini’ 124). Com a Palavra na mente e no coração, qual atitude você se propõe a viver hoje?
Bênção
O Senhor, Deus de amor e paz, habite em vossos corações, oriente os vossos passos e confirme os vossos corações em seu amor. Vá em paz e seja um mensageiro/a da Boa Nova.
Na iminência de subir a Jerusalém, para o conflito definitivo e sua morte na cruz, Jesus toma consigo Pedro, Tiago e João e sobe a um alto monte, onde se transfigura diante deles. A tradição o identifica com o Tabor. Jesus antecipa a glória da ressurreição e capacita os discípulos a viverem a experiência da cruz e da morte. Ele revela algo do mistério que se esconde por trás de sua humanidade. A Transfiguração, de algum modo, é o cumprimento da profecia sobre o Filho do Homem glorioso, do Livro de Daniel. É festa da luz. O ancião de muitos dias é imagem de Deus, marcado pela brancura da transcendência e pelo fogo que julga e purifica. Às criaturas, resta a adoração e o serviço, pois ele é o Todo-Poderoso. Aparece, então, o Filho do Homem entre as nuvens do céu. Os livros são abertos. Há um tribunal instalado. O Pai entrega ao Filho o poder, a glória e a realeza. Seu poder e o seu reino são eternos. A Segunda Carta de Pedro, um dos últimos escritos do Novo Testamento, comenta a experiência da glória de Cristo transfigurado no monte santo. Pedro confirma que foi testemunha ocular da majestade de Cristo. Para o apóstolo, a Transfiguração é fato; não é invencionice ou fábula. Atenção especial é dada à voz do Pai, a voz que provém do céu: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado”. A Transfiguração é cumprimento das profecias, incluindo a profecia da vinda gloriosa do Filho, saudado como a “estrela da manhã” que surge ou como o clarear da aurora. No texto do santo Evangelho, encontramos a narrativa mateana da Transfiguração. Pedro, Tiago e João são testemunhas privilegiadas de momentos marcantes do ministério público de Jesus. A montanha, tradicionalmente, é o lugar da teofania. Jesus se transfigura, antecipando a glória da ressurreição e preparando os discípulos para o mistério da cruz, que se avizinha. Por trás do texto, está a teofania do final da aliança do Sinai: Êxodo 24. Vários elementos compõem o quadro cristofânico: a luz, o rosto fulgurante, as vestes, as tendas, o medo, o fascínio, a nuvem e, especialmente, a voz. O motivo fundamental é a luz, mas devemos prestar atenção, sobretudo, à revelação da identidade de Jesus por meio da voz. Ele não é semelhante a Moisés (Lei) nem a Elias (Profetas): ele é o “Filho amado”, tenda-presença de Deus no seio da humanidade. A paixão e a morte ganham sentido à luz da Páscoa, antecipada na Transfiguração. Somente assim o sofrimento humano encontra o caminho da ressignificação. Toda lágrima foi enxugada, todo luto foi reelaborado e se tornou gratidão e testemunho.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.Evangelho do dia 06/08/2023
Transfiguração do Senhor - Ano A - Branca

Este é meu Filho Amado, em quem me comprazo. Ouvi-o! - Mt 17,1-9
Seis dias depois, Jesus tomou Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou para um monte alto e afastado. Ali foi transfigurado diante deles: seu rosto ficou resplandecente como o sol, e suas vestes tornaram-se brancas como a luz. Nisso, apareceram-lhes Moisés e Elias conversando com ele. Então Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: “Senhor, é bom que nós estejamos aqui. Se queres, armarei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa estendeu-se sobre eles, e da nuvem uma voz disse: “Este é meu Filho Amado, em quem me comprazo. Ouvi-o!” Tendo ouvido isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra, muito assustados. Mas Jesus se aproximou, tocou-os e disse: “Levantai-vos. Não temais”. Tendo levantado seus olhos, não viram ninguém, senão Jesus só. Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: “Não conteis a ninguém a visão até que o Filho do Homem seja ressuscitado da morte”.
Oração Inicial
Na liturgia de hoje, recordamos a Transfiguração do Senhor. “Da nuvem saiu uma voz que dizia: ‘Este é o meu Filho, o Eleito. Escutai-o!’”(Lc 9,35). Esse é o convite que a Palavra faz a cada um de nós. A transfiguração de Jesus, no monte Tabor revela-nos o mistério do Cristo Redentor, Ele que entregou sua própria vida por nossa redenção. Acolhamos o que o Senhor quer nos dizer hoje por meio de sua Palavra.
Rezemos: “Ó divino Espírito, ensina-me tudo quanto Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites. Amém.”
Leitura (Verdade)
A experiência dos discípulos com Jesus no monte Tabor é a nossa experiência de cristãos, quando nos aproximamos do Evangelho e da Eucaristia. No altar da vida, Ele se revela a nós, aproxima-se de nós e nos leva a fazer a experiência de seu amor e sua bondade.
Evangelho: Mt 17,1-9 Seis dias depois, Jesus tomou Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou para um monte alto e afastado. Ali foi transfigurado diante deles: seu rosto ficou resplandecente como o sol, e suas vestes tornaram-se brancas como a luz. Nisso, apareceram-lhes Moisés e Elias conversando com ele. Então Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: “Senhor, é bom que nós estejamos aqui. Se queres, armarei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa estendeu-se sobre eles, e da nuvem uma voz disse: “Este é meu Filho Amado, em quem me comprazo. Ouvi-o!” Tendo ouvido isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra, muito assustados. Mas Jesus se aproximou, tocou-os e disse: “Levantai-vos. Não temais”. Tendo levantado seus olhos, não viram ninguém, senão Jesus só. Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: “Não conteis a ninguém a visão até que o Filho do Homem seja ressuscitado da morte”.
“Jesus se dirige a Jerusalém, lugar do confronto, do sofrimento, da condenação injusta e da crucificação, seguida de morte. Conhecendo a fragilidade humana, sobe a alta montanha, acompanhado de Pedro, Tiago e João. Naquele maravilhoso lugar, Jesus dá uma pequena mostra de como será a ressurreição e a eternidade. Aquele instante no monte Tabor pode ser entendido como uma preparação para que os apóstolos não fugissem na hora do sofrimento. Sim, Jesus dá uma amostra do céu, no intuito de não deixar esmorecer a fé dos apóstolos. Quanto a nós, não vimos Jesus em nenhuma montanha ou planície, mas temos o privilégio e a honra de acolher sua palavra e recebê-lo na Eucaristia. Jesus é a nossa luz.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
Contemplar o rosto de Jesus ilumina a nossa caminhada, mesmo nas noites mais escuras. A glória manifestada na Transfiguração é a transparência do amor e da liberdade com que Jesus sempre se relacionou com seus discípulos e com o povo.
Como você aceita o convite de Jesus para se retirar e estar com Ele?
Que luz lhe dá Jesus, com sua pessoa e sua mensagem?
De que maneira esta passagem o/a compromete? O que ela lhe pede?
Oração (Vida)
Ouvimos a voz de Deus, por meio de sua Palavra. Agora, somos impelidos em direção àquele a quem temos ouvido.
O que o texto bíblico o/a inspira a dizer a Deus?
Procure um momento de intimidade a sós com o Senhor. Deixe que Ele se revele e, então, fale com Ele como fizeram os discípulos.
Conclua com a oração composta por São João Paulo II: “Senhor Jesus, concede-me crer firmemente no amor que Tu me revelaste e que doaste no teu Evangelho. Faze que eu ouça cada dia a tua voz que me chama a seguir-te para sentir sempre em mim os benefícios da tua redenção. Amém.”
Contemplação (Vida e Missão)
“Cada um dos nossos dias seja plasmado pelo encontro renovado com Cristo, Verbo do Pai feito carne: Ele está no início e no fim de tudo, e n’Ele todas as coisas subsistem (cf. Cl 1,17). Façamos silêncio para ouvir a Palavra do Senhor e meditá-la, a fim de que ela, por meio da ação eficaz do Espírito Santo, continue a habitar e a viver em nós e a falar-nos ao longo de todos os dias da nossa vida” (Bento XVI, ‘Verbum Domini’ 124). Com a Palavra na mente e no coração, qual atitude você se propõe a viver hoje?
Bênção
O Senhor, Deus de amor e paz, habite em vossos corações, oriente os vossos passos e confirme os vossos corações em seu amor. Vá em paz e seja um mensageiro/a da Boa Nova.
Na iminência de subir a Jerusalém, para o conflito definitivo e sua morte na cruz, Jesus toma consigo Pedro, Tiago e João e sobe a um alto monte, onde se transfigura diante deles. A tradição o identifica com o Tabor. Jesus antecipa a glória da ressurreição e capacita os discípulos a viverem a experiência da cruz e da morte. Ele revela algo do mistério que se esconde por trás de sua humanidade. A Transfiguração, de algum modo, é o cumprimento da profecia sobre o Filho do Homem glorioso, do Livro de Daniel. É festa da luz. O ancião de muitos dias é imagem de Deus, marcado pela brancura da transcendência e pelo fogo que julga e purifica. Às criaturas, resta a adoração e o serviço, pois ele é o Todo-Poderoso. Aparece, então, o Filho do Homem entre as nuvens do céu. Os livros são abertos. Há um tribunal instalado. O Pai entrega ao Filho o poder, a glória e a realeza. Seu poder e o seu reino são eternos. A Segunda Carta de Pedro, um dos últimos escritos do Novo Testamento, comenta a experiência da glória de Cristo transfigurado no monte santo. Pedro confirma que foi testemunha ocular da majestade de Cristo. Para o apóstolo, a Transfiguração é fato; não é invencionice ou fábula. Atenção especial é dada à voz do Pai, a voz que provém do céu: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado”. A Transfiguração é cumprimento das profecias, incluindo a profecia da vinda gloriosa do Filho, saudado como a “estrela da manhã” que surge ou como o clarear da aurora. No texto do santo Evangelho, encontramos a narrativa mateana da Transfiguração. Pedro, Tiago e João são testemunhas privilegiadas de momentos marcantes do ministério público de Jesus. A montanha, tradicionalmente, é o lugar da teofania. Jesus se transfigura, antecipando a glória da ressurreição e preparando os discípulos para o mistério da cruz, que se avizinha. Por trás do texto, está a teofania do final da aliança do Sinai: Êxodo 24. Vários elementos compõem o quadro cristofânico: a luz, o rosto fulgurante, as vestes, as tendas, o medo, o fascínio, a nuvem e, especialmente, a voz. O motivo fundamental é a luz, mas devemos prestar atenção, sobretudo, à revelação da identidade de Jesus por meio da voz. Ele não é semelhante a Moisés (Lei) nem a Elias (Profetas): ele é o “Filho amado”, tenda-presença de Deus no seio da humanidade. A paixão e a morte ganham sentido à luz da Páscoa, antecipada na Transfiguração. Somente assim o sofrimento humano encontra o caminho da ressignificação. Toda lágrima foi enxugada, todo luto foi reelaborado e se tornou gratidão e testemunho.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.