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Quinta-feira, 24 de Abril de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 06/06/2022

Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, memória - Ano C - Branca
1ª Leitura: Gn 3,9-15.20 ou At 1,12-14 Salmo: Sl 87(86) - O Senhor ama as portas de Sião. Evangelho Opcional: Jo 19,25-27 (forma breve)
evangelho
Mulher, eis o teu filho! - Jo 19,25-34

Junto à cruz de Jesus, estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura até o fim, disse: “Tenho sede”! Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo de hissopo uma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. Era o dia de preparação do sábado, e este seria solene. Para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. Os soldados foram e quebraram as pernas, primeiro a um dos crucificados com ele e depois ao outro. Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água.

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
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Oração Inicial

Celebramos hoje a memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja. Este dia foi inscrito no Calendário Romano Geral, pelo Papa Francisco, para ser celebrado todos os anos na segunda-feira depois de Pentecostes. Façamos das palavras de aclamação ao Evangelho da liturgia de hoje a nossa oração: “Sois feliz, Virgem santa, que gerastes o Senhor! Ó bendita Mãe da Igreja, alimentais em todos nós o Espírito de Jesus!”

Leitura (Verdade)

Ao ler o Evangelho preste atenção às palavras de Jesus à sua mãe e ao discípulo que estava ao lado.

Evangelho: Jo 19,25-34 Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: ”Mulher, eis o teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura até o fim, disse: “Tenho sede”! Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo de hissopo uma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. Era o dia de preparação do sábado, e este seria solene. Para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. Os soldados foram e quebraram as pernas, primeiro a um dos crucificados com ele e depois ao outro. Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água.

“No Evangelho de João, a presença de Maria é destacada no início e no final do ministério de Jesus: em Caná da Galileia e no Calvário. Aos pés da cruz, resplandece seu exemplo de discípula de Jesus, a seu lado, fiel até o fim. Igualmente brilha sua obediência, profundamente unida a Jesus em seu despojamento e em sua obediência ao Pai. Em atitude oferente, com as mulheres e o discípulo João, ela representa a própria Igreja que oferece o sacrifício redentor de Cristo e se une a seu sacrifício. Aos pés da cruz, Maria torna-se mãe dos discípulos, mãe da Igreja. “Eis a tua mãe!” “Eis o teu filho”. Festejando Maria como mãe da Igreja, queremos seguir o exemplo de João, que a tomou como mãe e a levou para sua casa.” (Viver a Palavra – 2022. Pe. João Carlos Ribeiro - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

A Palavra de Deus nos acompanha e ilumina nossos passos até o fim. Maria e os discípulos, ao pé da cruz, recebem as últimas Palavras de Cristo para que permaneçam unidos, como Igreja-Comunidade de fé. Em Cristo, Maria se tornou a Mãe de todos os que se unem a seu Filho pela graça, pela fé e pela decisão da vontade. “Na cruz, nasce um pacto de cuidado: a Mãe Maria cuida de nós, e nós cuidamos dela”
Como você vive a comunhão eclesial?
Que lugar e que presença tem Maria em sua vida?

Oração (Vida)

Oração à Virgem Maria: “Virgem e Mãe Maria, vós que, movida pelo Espírito, acolhestes o Verbo da vida na profundidade da vossa fé humilde, totalmente entregue ao Eterno, ajudai-nos a dizer o nosso ‘sim’ perante a urgência, mais imperiosa do que nunca, de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus. Vós, cheia da presença de Cristo, levastes a alegria a João Batista, fazendo-o exultar no seio de sua mãe. Vós, estremecendo de alegria, cantastes as maravilhas do Senhor. Vós, que permanecestes firme diante da Cruz com uma fé inabalável, e recebestes a jubilosa consolação da ressurreição, reunistes os discípulos à espera do Espírito para que nascesse a Igreja evangelizadora. Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados para levar a todos o Evangelho da vida que vence a morte. Dai-nos a santa ousadia de buscar novos caminhos para que chegue a todos o dom da beleza que não se apaga. Vós, Virgem da escuta e da contemplação, Mãe do amor, esposa das núpcias eternas, intercedei pela Igreja, da qual sois o ícone puríssimo, para que ela nunca se feche nem se detenha na sua paixão por instaurar o Reino. Estrela da nova evangelização, ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da terra e nenhuma periferia fique privada da sua luz. Mãe do Evangelho vivente, manancial de alegria para os pequeninos, rogai por nós. Amém. Aleluia!” (Papa Francisco).

Contemplação (Vida e Missão)

Com a Palavra de Deus na mente e no coração, qual atitude você se propõe a viver hoje?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

As personagens em João muitas vezes são simbólicas. Maria aqui simboliza o resto de Israel que espera a realização das promessas do AT na pessoa de Jesus. Portanto, é o AT que encontra na cruz o pleno cumprimento de tudo o que se iniciou desde Abraão, passando pelos profetas. O discípulo amado representa todos os seguidores de Jesus, isto é, seus discípulos. Aos pés da cruz, o AT cumpriu sua missão e é acolhido pelos membros do NT. A origem está no AT, mas este agora sai de cena. O NT continua o que se revelou no AT. Por isso, o discípulo amado recebe Maria em sua casa. A partir da morte de Jesus, a Igreja acolhe em seu seio o resto de Israel que aderiu a Jesus. Maria é símbolo da fidelidade total a Deus desde as origens. Por isso, a Igreja a recebe aos pés da cruz e a acolhe em seu seio. A parte de Israel que permaneceu fiel é que se tornou o alicerce da Igreja. Em Maria estão todos os judeus que iniciaram com Jesus a caminhada da fé: todos os discípulos, os apóstolos que, antes de serem propriamente membros da nova aliança, eram membros da antiga. Em Jesus, fizeram a passagem, e isso se concretizou aos pés da cruz. Se a comunidade joanina viu em Maria esse símbolo, tal fato mostra que Maria merece de fato o título de “Mãe da Igreja”, pois o cristianismo nasceu no ventre do judaísmo, não da parte que rejeitou Jesus, mas do pequeno resto que viu nele a realização das antigas promessas.

Frei Bruno Godofredo Glaab, ‘A Bíblia dia a dia 2022’, Paulinas.