Evangelho do dia 06/09/2020
23º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde

Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles - Mt 18,15-20
“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.”
Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.Oração Inicial
“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós!” Esse é o convite que Jesus nos faz hoje. Que o pedido do Senhor encontre espaço em nossa vida e se torne concreto em nosso dia.
Rezemos: “Divino Espírito Santo, necessitamos muito de vossa ajuda para conhecer o caminho que devemos seguir. Temos necessidade de Vós, para que o nosso coração, inundado pela vossa consolação, se abra e que, muito além das palavras e dos conceitos, possamos perceber a vossa presença. Iluminai a nossa mente, movei o nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.”
Leitura (Verdade)
O que diz o texto? A quem Jesus está se dirigindo? Qual é o desafio que a comunidade é convidada a enfrentar? Qual é o desejo de Deus que o evangelista nos transmite através da narrativa?
“Santa e pecadora, a Igreja convive com o pecado. Até no grupo dos Doze o pecado, sob várias formas, se manifestou. A primeira atitude não pode ser a rejeição do pecador, mas ajudá-lo para que se liberte do pecado e a harmonia seja restabelecida. Jesus coloca três passos para reconduzir ao bom caminho: o diálogo pessoal, um grupo maior – duas ou três pessoas – e, por fim, a igreja. Não é julgamento, mas entreajuda para ganhar o irmão. Recusadas as mediações, é o próprio pecador que se exclui. Porém, a porta permanecerá aberta para seu retorno. Mateus coloca a oração como maneira de superar os conflitos, pacificando a comunidade. Jesus coloca-se no centro do grupo reunido em seu nome. Ele é portador da paz.” (Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O que diz o texto para mim? Qual convite a Palavra me faz? Como vivo o perdão e a reconciliação? Que sentimentos guardo das experiências em que fui perdoado(a)?
Deus é um Pai de infinito amor que nos perdoa e nos recria em sua misericórdia. Ele deseja que nunca nos afastemos de sua comunhão. Quando experimentamos o seu amor, também estendemos aos nossos irmãos esse amor, por meio da misericórdia, da bondade, do perdão...
Ele nos convida ao perdão e à reconciliação para que possamos viver a unidade em torno do mesmo Pai. São dois movimentos exigentes, pois precisamos sair de nós mesmos em direção ao outro, a quem ofendemos ou nos ofendeu. Porém, ele é necessário para mantermos relacionamentos saudáveis e curarmos nossas feridas. Mais ainda, o perdão só existe no amor. Portanto, sabe perdoar quem muito ama. A reconciliação e o perdão são dons que o Senhor nos concede, de modo que nos tornamos capazes de perdoar, aos outros e a nós mesmos.
Oração (Vida)
Agradeçamos ao Senhor seu amor e sua misericórdia para conosco e por ter nos ensinado a perdoar. Entreguemos a Ele as pessoas que sofrem a dor da falta do perdão e da reconciliação. Peçamos ainda: “Senhor, concede-nos um coração aberto à tua graça e ensina-nos a perdoar a quem ainda não amamos com verdadeiro amor fraterno”.
Contemplação (Vida e Missão)
Incentivar a oração do perdão e da reconciliação nas relações familiares, de trabalho e sociais. Fazer do domingo um espaço para a família e para a fé é uma atitude bem prática e salutar par quem se professa seguidor de Jesus.
Bênção
“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. (...) Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem. (Romanos 12, 12; 21)
Dia 30 de setembro é a festa de São Jerônimo, o grande biblista que traduziu a Bíblia do grego e do hebraico para o latim e organizou os textos latinos existentes numa nova edição. Surgiu assim a Bíblia chamada Vulgata, Bíblia popular, porque escrita na língua que o povo falava, que era o latim. Setembro passou a ser o mês da Bíblia por causa da festa de São Jerônimo. Na realidade, todos os dias são dias da Bíblia. Em nossa agenda podemos ler cada dia o Evangelho e iluminar com ele os caminhos da nossa vida. Há várias maneiras de entrar em contato com a Bíblia. A mais comum é a leitura litúrgica. Nós nos reunimos para a Missa e ouvimos as leituras do dia. Nos meses de setembro, outubro e novembro, ouviremos nos domingos a proclamação do Evangelho de Mateus, que é o evangelista do ano, e, durante a semana, teremos cada dia uma passagem do Evangelho de São Lucas. Nós nos reunimos, preparamos a Mesa da Palavra e ouvimos com atenção trechos selecionados de diversos livros da Sagrada Escritura, refletimos sobre o que ouvimos e procuramos pôr em prática o que aprendemos. Na liturgia da Palavra fazemos uma primeira leitura, cantamos um Salmo e proclamamos o Evangelho. Nos domingos e nas festas depois do Salmo é feita uma segunda leitura do Novo Testamento. Outra maneira de ler a Bíblia é ir diretamente a ela. Abrir o livro e ler. Ler uma passagem, ler um livro inteiro ou ir lendo pouco a pouco, do começo ao fim, toda a Sagrada Escritura. Podemos ler em grupo, podemos ler sozinhos. O importante é que se leia. Uma leitura muito especial é a leitura meditada, que sempre foi feita pelos fiéis da Primeira e da Nova Aliança. Hoje se fala muito da Lectio Divina, que é a leitura orante da Palavra de Deus, feita com mais tempo e num ambiente de recolhimento. Esta leitura bíblica nos coloca em estado de admiração e gratidão e ao mesmo tempo nos dá ensinamentos práticos. O texto que vai ser meditado deve ser lido e compreendido. O que ele está dizendo? O que ele está dizendo para mim? O que ele me faz dizer a Deus? Depois, faz-se silêncio, fica-se quieto, contemplando a Palavra encarnada. Segue-se avante, para a vida de cada dia, com a certeza de que Alguém caminha conosco. O texto de Mateus que hoje proclamamos faz parte do Sermão Comunitário e fala da correção fraterna. Alguém cometeu uma falta, fez algo errado ou fez algo errado contra o outro. Trata-se de algo errado que precisa ser corrigido. A correção é um dever porque somos todos responsáveis uns pelos outros. É essencial fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para reconduzir o pecador ao caminho certo. Não podemos ser indiferentes diante de alguém que se afastou, afastou-se de mim, da comunidade, da Igreja, da fé e até de si mesmo. Três passos são indicados pelo Evangelho: uma conversa reservada, uma conversa com duas testemunhas, uma conversa com toda a comunidade de fé. Vale destacar o aspecto reservado de todas as etapas para evitar a humilhação do irmão em falta e preservar-lhe a boa fama. Não se vai imediatamente ao público, à televisão, ao tribunal civil. Não se trata de acobertar e deixar impune, e muito menos de vingança e retaliação. Trata-se de salvar, de levantar quem caiu e de fazer andar. Desculpas, satisfação, indenização, reparação fazem parte da demonstração de uma vontade séria de corrigir o mal cometido e retomar o caminho da justiça, sem, porém, desfazer a pessoa. Desfaça-se o mal. Salve-se a pessoa. Não se pode impedir o ser humano de progredir.
Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2020’, Paulinas.Evangelho do dia 06/09/2020
23º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde

Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles - Mt 18,15-20
“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.”
Oração Inicial
“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós!” Esse é o convite que Jesus nos faz hoje. Que o pedido do Senhor encontre espaço em nossa vida e se torne concreto em nosso dia.
Rezemos: “Divino Espírito Santo, necessitamos muito de vossa ajuda para conhecer o caminho que devemos seguir. Temos necessidade de Vós, para que o nosso coração, inundado pela vossa consolação, se abra e que, muito além das palavras e dos conceitos, possamos perceber a vossa presença. Iluminai a nossa mente, movei o nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.”
Leitura (Verdade)
O que diz o texto? A quem Jesus está se dirigindo? Qual é o desafio que a comunidade é convidada a enfrentar? Qual é o desejo de Deus que o evangelista nos transmite através da narrativa?
“Santa e pecadora, a Igreja convive com o pecado. Até no grupo dos Doze o pecado, sob várias formas, se manifestou. A primeira atitude não pode ser a rejeição do pecador, mas ajudá-lo para que se liberte do pecado e a harmonia seja restabelecida. Jesus coloca três passos para reconduzir ao bom caminho: o diálogo pessoal, um grupo maior – duas ou três pessoas – e, por fim, a igreja. Não é julgamento, mas entreajuda para ganhar o irmão. Recusadas as mediações, é o próprio pecador que se exclui. Porém, a porta permanecerá aberta para seu retorno. Mateus coloca a oração como maneira de superar os conflitos, pacificando a comunidade. Jesus coloca-se no centro do grupo reunido em seu nome. Ele é portador da paz.” (Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O que diz o texto para mim? Qual convite a Palavra me faz? Como vivo o perdão e a reconciliação? Que sentimentos guardo das experiências em que fui perdoado(a)?
Deus é um Pai de infinito amor que nos perdoa e nos recria em sua misericórdia. Ele deseja que nunca nos afastemos de sua comunhão. Quando experimentamos o seu amor, também estendemos aos nossos irmãos esse amor, por meio da misericórdia, da bondade, do perdão...
Ele nos convida ao perdão e à reconciliação para que possamos viver a unidade em torno do mesmo Pai. São dois movimentos exigentes, pois precisamos sair de nós mesmos em direção ao outro, a quem ofendemos ou nos ofendeu. Porém, ele é necessário para mantermos relacionamentos saudáveis e curarmos nossas feridas. Mais ainda, o perdão só existe no amor. Portanto, sabe perdoar quem muito ama. A reconciliação e o perdão são dons que o Senhor nos concede, de modo que nos tornamos capazes de perdoar, aos outros e a nós mesmos.
Oração (Vida)
Agradeçamos ao Senhor seu amor e sua misericórdia para conosco e por ter nos ensinado a perdoar. Entreguemos a Ele as pessoas que sofrem a dor da falta do perdão e da reconciliação. Peçamos ainda: “Senhor, concede-nos um coração aberto à tua graça e ensina-nos a perdoar a quem ainda não amamos com verdadeiro amor fraterno”.
Contemplação (Vida e Missão)
Incentivar a oração do perdão e da reconciliação nas relações familiares, de trabalho e sociais. Fazer do domingo um espaço para a família e para a fé é uma atitude bem prática e salutar par quem se professa seguidor de Jesus.
Bênção
“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. (...) Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem. (Romanos 12, 12; 21)
Dia 30 de setembro é a festa de São Jerônimo, o grande biblista que traduziu a Bíblia do grego e do hebraico para o latim e organizou os textos latinos existentes numa nova edição. Surgiu assim a Bíblia chamada Vulgata, Bíblia popular, porque escrita na língua que o povo falava, que era o latim. Setembro passou a ser o mês da Bíblia por causa da festa de São Jerônimo. Na realidade, todos os dias são dias da Bíblia. Em nossa agenda podemos ler cada dia o Evangelho e iluminar com ele os caminhos da nossa vida. Há várias maneiras de entrar em contato com a Bíblia. A mais comum é a leitura litúrgica. Nós nos reunimos para a Missa e ouvimos as leituras do dia. Nos meses de setembro, outubro e novembro, ouviremos nos domingos a proclamação do Evangelho de Mateus, que é o evangelista do ano, e, durante a semana, teremos cada dia uma passagem do Evangelho de São Lucas. Nós nos reunimos, preparamos a Mesa da Palavra e ouvimos com atenção trechos selecionados de diversos livros da Sagrada Escritura, refletimos sobre o que ouvimos e procuramos pôr em prática o que aprendemos. Na liturgia da Palavra fazemos uma primeira leitura, cantamos um Salmo e proclamamos o Evangelho. Nos domingos e nas festas depois do Salmo é feita uma segunda leitura do Novo Testamento. Outra maneira de ler a Bíblia é ir diretamente a ela. Abrir o livro e ler. Ler uma passagem, ler um livro inteiro ou ir lendo pouco a pouco, do começo ao fim, toda a Sagrada Escritura. Podemos ler em grupo, podemos ler sozinhos. O importante é que se leia. Uma leitura muito especial é a leitura meditada, que sempre foi feita pelos fiéis da Primeira e da Nova Aliança. Hoje se fala muito da Lectio Divina, que é a leitura orante da Palavra de Deus, feita com mais tempo e num ambiente de recolhimento. Esta leitura bíblica nos coloca em estado de admiração e gratidão e ao mesmo tempo nos dá ensinamentos práticos. O texto que vai ser meditado deve ser lido e compreendido. O que ele está dizendo? O que ele está dizendo para mim? O que ele me faz dizer a Deus? Depois, faz-se silêncio, fica-se quieto, contemplando a Palavra encarnada. Segue-se avante, para a vida de cada dia, com a certeza de que Alguém caminha conosco. O texto de Mateus que hoje proclamamos faz parte do Sermão Comunitário e fala da correção fraterna. Alguém cometeu uma falta, fez algo errado ou fez algo errado contra o outro. Trata-se de algo errado que precisa ser corrigido. A correção é um dever porque somos todos responsáveis uns pelos outros. É essencial fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para reconduzir o pecador ao caminho certo. Não podemos ser indiferentes diante de alguém que se afastou, afastou-se de mim, da comunidade, da Igreja, da fé e até de si mesmo. Três passos são indicados pelo Evangelho: uma conversa reservada, uma conversa com duas testemunhas, uma conversa com toda a comunidade de fé. Vale destacar o aspecto reservado de todas as etapas para evitar a humilhação do irmão em falta e preservar-lhe a boa fama. Não se vai imediatamente ao público, à televisão, ao tribunal civil. Não se trata de acobertar e deixar impune, e muito menos de vingança e retaliação. Trata-se de salvar, de levantar quem caiu e de fazer andar. Desculpas, satisfação, indenização, reparação fazem parte da demonstração de uma vontade séria de corrigir o mal cometido e retomar o caminho da justiça, sem, porém, desfazer a pessoa. Desfaça-se o mal. Salve-se a pessoa. Não se pode impedir o ser humano de progredir.
Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2020’, Paulinas.