Fundo
Quinta-feira, 12 de Junho de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 02/01/2022

Epifania do Senhor, solenidade - Ano C - Branca
1ª Leitura: Is 60,1-6 Salmo: Sl 72(71) - Que o adorem todos os reis da terra. 2ª Leitura: Ef 3,2-3a.5-6
evangelho
Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? - Mt 2,1-12

Depois que Jesus nasceu na cidade de Belém da Judeia, na época do rei Herodes, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. Ao saber disso, o rei Herodes ficou alarmado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Ele reuniu todos os sumos sacerdotes e os escribas do povo, para perguntar-lhes onde o Cristo deveria nascer. Responderam: “Em Belém da Judeia, pois assim escreveu o profeta: ‘E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um príncipe que será o pastor do meu povo, Israel’”. Então Herodes chamou, em segredo, os magos e procurou saber deles a data exata em que a estrela tinha aparecido. Depois, enviou-os a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”. Depois que ouviram o rei, partiram. E a estrela que tinham visto no Oriente ia à frente deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao observarem a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, passando por outro caminho.

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
Clique nos títulos para ler o conteúdo.
Oração Inicial

Epifania, manifestação do Senhor, festa da Luz. A estrela que conduziu os magos do Oriente até o presépio também aponta um novo caminho para a humanidade: encontramos o Jesus-Menino nos braços de Maria. Outra vez seu amor é oferecido ao mundo. Eis nossa missão.


Senhor da Luz, Deus de misericórdia, fazei com que vossa Palavra produza no meio da sociedade frutos de paz, saúde, justiça e solidariedade. E que eu seja testemunha de vosso amor por nós. Amém.

Leitura (Verdade)

Ao ler o Evangelho observe a atitude e os sentimentos dos reis magos. O que eles procuram? Eles já possuíam bens preciosos, como ouro, incenso e mirra, mas eles procuram algo mais.

Depois que Jesus nasceu na cidade de Belém da Judeia, na época do rei Herodes, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. Ao saber disso, o rei Herodes ficou alarmado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Ele reuniu todos os sumos sacerdotes e os escribas do povo, para perguntar-lhes onde o Cristo deveria nascer. Responderam: “Em Belém da Judeia, pois assim escreveu o profeta: ‘E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um príncipe que será o pastor do meu povo, Israel’”. Então Herodes chamou, em segredo, os magos e procurou saber deles a data exata em que a estrela tinha aparecido. Depois, enviou-os a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”. Depois que ouviram o rei, partiram. E a estrela que tinham visto no Oriente ia à frente deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao observarem a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, passando por outro caminho. .”

“Os presentes oferecidos no nascimento de uma criança reforçam os laços de amizade com sua família. Os presentes dos magos mostraram a adesão das nações pagãs ao Salvador, que veio para todos. Os magos ajoelharam-se diante do menino, adoraram-no e ofereceram-lhe algo precioso, que representava consideração, submissão e aliança com o novo rei. O ouro representa suas posses, suas rendas, sua riqueza. O incenso representa sua religiosidade, suas crenças. A mirra mostra o cuidado com a vida, o corpo e a preocupação com a imortalidade. Neste primeiro domingo do ano, aproximemo-nos de Jesus como os magos do Oriente: com grande respeito, reconhecimento e adesão a sua missão de Redentor da humanidade” (Viver a Palavra – 2022. Pe. João Carlos Ribeiro - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim? Continuo caminhando mesmo nos momento de dúvida? Minha fé me faz crer que o Senhor é meu Pastor e Guia. Ele vai acendendo luzes em meu caminho à medida que eu preciso delas?

Oração (Vida)

Ó Senhor Jesus Cristo, abre os olhos do meu coração para que eu possa ouvir a tua Palavra, que eu entenda e faça a tua vontade, pois sou um peregrino na Terra.
Não escondas de mim os teus mandamentos, mas abre meus olhos, para que eu possa perceber as maravilhas da tua lei.
Fala para mim as coisas ocultas e secretas da tua sabedoria.
Em ti coloco minha esperança, ó meu Deus, de iluminar minha mente e meu entendimento com a luz do teu conhecimento; não apenas para valorizar as coisas que estão escritas, mas para realizá-las, pois tu és a luz para aqueles que jazem nas trevas, e de ti vem toda boa ação e toda graça.

Contemplação (Vida e Missão)

Qual novo olhar nasceu em você a partir da Palavra? Quais apelos o Senhor lhe faz hoje? Quais compromissos você deseja assumir em sua vida?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Epifania é conhecida nos meios populares como a Festa dos Reis Magos. Formou-se rico folclore em torno deles, com festas tradicionais e até os quantificaram e os nomearam. Dizem que eram três reis: Gaspar, Baltazar e Melquior. Um era africano, outro asiático e o último, europeu. Mas isso é folclore. Mateus não diz que eram três, nem que eram reis, tampouco os nomeia. Ele fala em magos. Epifania quer dizer “manifestação do Senhor ao mundo inteiro”, simbolizada na visita dos magos. Ou seja, Mateus, de forma pedagógica, faz com que os primeiros visitantes sejam pessoas estrangeiras. Com isso mostra que Jesus veio para todos os seres humanos de boa vontade. As três leituras, à sua maneira, apontam para uma nova realidade, cheia de luz, de alegria e de universalismo. O texto de Is 60,1-6 reflete a volta do Exílio e a reconstrução de Jerusalém. O profeta quer incutir esperança no povo. Para tanto, usa a figura da luz que brilha na escuridão. Assim acontece a confluência dos povos, a volta dos filhos e das filhas, bem como das riquezas, antes levadas pelos babilônios. É tempo de esperança. Tudo é alegria. No Novo Testamento, Mateus se vale desse cenário para fazer seu relato da visita dos magos. O relato de Ef 3,2-3a.5-6 traz uma ideia que, à época, era altamente estranha: a luz e a promessa de Jesus são para todos os povos. Antes de Paulo, os judaizantes, inclusive muitos apóstolos, queriam anunciar o evangelho apenas aos judeus. Paulo, ou um discípulo seu, que escreveu Efésios, diz que a mensagem salvífica do evangelho é para todos os povos. A perícope de Mt 2,1-12 mostra muita coisa. Podem-se destacar algumas ideias principais: 1) A universalização da mensagem de Jesus. Ele veio para todos, pois os magos vêm do oriente, isto é, são estrangeiros; 2) Ninguém é privilegiado. Aqueles que deveriam ter sido os primeiros a receber o novo rei que acabara de nascer, não se deram conta de nada. Eles conheciam as Escrituras, sabiam que o Cristo nasceria em Belém (cf. Mq 5,1), mas ficaram indiferentes. Cristo veio para todos, mas é preciso acolhê-lo. Conhecendo as Escrituras, sendo descendentes de Abraão, mas fechados à novidade do menino que nasce, passa-se ao lado e não se recebe a graça. Ele vem da periferia, não do centro do poder (Jerusalém), onde estão os poderosos que se julgam os donos da verdade. 3) O Cristo nasce em Belém, na periferia, não no palácio do rei, em Jerusalém. A salvação não vem do poder nem da violência. 4) Os magos vêm adorar o menino (Mt 2,2.11). Os evangelhos sinóticos nunca dizem diretamente que Jesus é Deus, mas o deixam entrever. Adorar um menino é reconhecer sua divindade.

Frei Bruno Godofredo Glaab, ‘A Bíblia dia a dia 2022’, Paulinas.