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Quarta-feira, 20 de Agosto de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 20/08/2025

São Bernardo, abade e doutor da Igreja - Ano C - Branca
1ª Leitura: Jz 9,6-15 Salmo: Sl 20(21) - Senhor, o rei se alegra com tua força.
evangelho
Os últimos serão primeiros, e os primeiros, últimos - Mt 20,1-16a

“Com efeito, o Reino dos Céus é semelhante a um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para sua vinha. Depois de combinar com os trabalhadores um denário pelo dia, enviou-os para sua vinha. Tendo saído pela hora terceira, viu na praça outros que estavam sem trabalho e lhes disse: ‘Ide também vós para a vinha, e vos pagarei o que for justo!’ E eles foram. Voltou a sair pela hora sexta e pela hora nona, e fez o mesmo. Tendo saído pela hora undécima, encontrou outros parados e lhes disse: ‘Por que estiveram parados aqui o dia inteiro sem trabalhar?’ Responderam-lhe: ‘Porque ninguém nos contratou’. Ele lhes disse: ‘Ide também vós para a vinha!’

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Quando a Palavra toca nossa vida, nos transforma verdadeiramente; quem é humilde a acolhe e se esforça em vivê-la.
Em silêncio, busque estar com Deus, permita que Ele habite seu ser. Reze: “Jesus Mestre, creio que estás aqui comigo, ajuda-me a permanecer na tua presença e torna-me dócil aos teus ensinamentos”.




“Senhor Jesus, concede-me crer firmemente no amor que Tu me revelaste e que doaste no teu Evangelho. Faze que eu ouça cada dia a tua voz que me chama a seguir-te para sentir sempre em mim os benefícios da tua redenção. Amém.”

Leitura (Verdade)

A parábola de Jesus que vamos meditar e orar com ela, retrata o coração de Deus, que, em diferentes momentos, chama diversas pessoas para seu Reino e lhes dá a mesma oportunidade. E nos faz compreender que “Os pensamentos do Senhor não são os nossos pensamentos, nem seus caminhos são os nossos caminhos”(cf Is 58,8).

Evangelho: Mt 20,1-16a “Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: "O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, e lhes disse: 'Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo'. E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: 'Por que estais aí o dia inteiro desocupados?' Eles responderam: ' Porque ninguém nos contratou'. O patrão lhes disse: ' Ide vós também para a minha vinha'. Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ' Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!' Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: ' Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro'. Então o patrão disse a um deles: ' Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?' Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos".

“É fácil achar injusto o dono da vinha e apoiar os primeiros diaristas, mas é preciso olhar além da cena. A praça é o ponto da contratação, e quem mora perto chega mais cedo. Os que possuem casa distante da praça e vivem na periferia demoram mais para chegar; já os excluídos de tudo refugiam- -se nos campos, bem longe da vila ou da cidade, e podem gastar horas para caminhar até a praça. É a estes que o proprietário da vinha direciona o senso de justiça, não apenas por aquele breve tempo de trabalho, mas pelo abandono e falta de chance em que vivem sempre. Jesus faz questão de frisar que o justo senhor foi à praça e convidou pessoalmente os últimos que ali estavam. Clara referência a Deus Pai!” (Viver a Palavra – 2025. Ir. Maria Inês Carniato, fsp (Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

A forma como o proprietário agiu me incomoda?
Sou capaz de mudar meu pensamento e atitudes se a Palavra de Jesus traz novidades que saem do corretamente político?
Os outros são medida para mim?
Qual palavra do Evangelho encontra sintonia com minha vida, com minhas atitudes?
Quais sentimentos o texto despertou em mim?

Oração (Vida)

Ó Jesus, verdadeira luz que ilumina a humanidade, viestes do Pai para ser nosso mestre e nos ensinar seu caminho na verdade: vida e espírito são as “palavras” que nos destes.
Concedei-nos conhecer os mistérios de Deus e suas incompreensíveis riquezas.
Mostrai-nos todos os tesouros da sabedoria e da ciência de Deus, que em vós estão guardados.>br> Fazei com que a palavra habite nossa vida e ilumine nossos passos.
Fazei com que a palavra se espalhe rapidamente e chegue até os confins da Terra.
Maria Rainha dos Apóstolos e os santos Pedro e Paulo sejam nosso exemplo, inspiração e guia. Amém. (oração livremente inspirada nos textos de Pe. Alberione).

Contemplação (Vida e Missão)

Jesus sempre dá atenção e prioridade aos últimos da sociedade. Ele veio para os famintos e necessitados. Como você pretende viver concretamente durante o dia os apelos que o senhor lhe revelou?

Bênção

Deus Pai do céu te abençoe e te cuide
Que Ele esteja na tua frente para te mostrar o caminho correto.
Atrás de ti para te sustentar em todos os desafios
Acima de ti para te proteger contra os perigos que vem do alto
Que Deus esteja em teu coração como chama ardente, e que a luz dele ilumine tua vida e te aqueça para a virtude.
Que Ele te cerque por todos os lados e não permita que te afastes dele. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Jesus conta uma parábola ligada à inversão de valores entre primeiros e últimos, e à herança do Reino dos Céus. Um proprietário, que representa Deus, convoca, ao longo do dia, trabalhadores para trabalhar na vinha, símbolo do povo de Deus. O combinado é receberem um denário, valor de um dia de trabalho. O proprietário não se cansa de chamar operários e, inclusive, quase uma hora antes do pôr do sol, quando os trabalhos cessavam, chama aqueles que estavam parados porque ninguém os tinha contratado. Tratava-se dos rejeitados da sociedade, que aceitaram o convite para colaborar na vinha do Senhor. Ao final do pagamento, no juízo final, eles foram colocados em pé de igualdade com os primeiros, os líderes de Israel. Esses reivindicam supremacia em relação aos últimos por terem trabalhado mais. Não compreendem a bondade de Deus, que gratuitamente recompensa a todos com o Reino. Na lógica de Jesus, os últimos, pecadores e excluídos, são os primeiros, pois estão abertos à sua Boa-Nova. Já os primeiros, doutores da Lei, pela dureza de coração, se tornam os últimos.

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.