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Sábado, 21 de Dezembro de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 25/08/2024

21º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Verde
1ª Leitura: Js 24,1-2a.15-17.18b Salmo: Sl 34(33) - Eu me glorio no Senhor. 2ª Leitura: Ef 5,21-32
evangelho
Senhor, a quem iremos. Tu tens palavras de vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus - Jo 6,60-69

Então muitos de seus discípulos, tendo ouvido essas coisas, disseram: Dura é esta palavra. Quem pode ouvi-la? Jesus, porém, sabendo por si mesmo que seus discípulos murmuravam por causa disso, disse-lhes: “Isto vos escandaliza? E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? O espírito é que vivifica, a carne nada alcança. As palavras que eu vos disse são espírito e vida. Mas há, entre vós, alguns que não creem”. Desde o princípio, Jesus sabia quem eram aqueles que não acreditavam e quem era aquele que o entregaria. E dizia: “Por isso eu vos disse: ‘Ninguém pode vir a mim se isso não lhe for dado pelo Pai’ A partir daí, muitos de seus discípulos retiraram-se e não mais andavam com ele. Disse, então, Jesus aos Doze: “Acaso vós também não quereis ir? Respondeu-lhe Simão Pedro: “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus”.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

21º Domingo do Tempo Comum. Dia Nacional do Catequista.

A leitura orante é uma maneira de dialogar com Deus, que fala conosco por meio de sua Palavra. Nesse diálogo, aos poucos vamos conhecendo o mistério de Cristo e o coração de Deus. São Gregório Magno lembrava: “Conheço o coração de Deus por meio das Palavras de Deus”. Também nós, por meio da leitura, da escuta e da contemplação da Palavra, queremos conhecer o mistério de Cristo e o coração de Deus.

“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”. Estas palavras de Pedro nos convidam a ir ao encontro do Senhor para ouvir suas palavras de vida e manifestar nossa fé nele.



Rezemos, pedindo a abertura de nosso coração: “Ó Espírito Santo, dai-nos um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana. Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus!”

Leitura (Verdade)

O que diz o texto? A quem Jesus está instruindo? Para onde o Evangelho nos conduz? Qual é o tema central deste relato?

Evangelho: Jo 6,60-69 Então muitos de seus discípulos, tendo ouvido essas coisas, disseram: Dura é esta palavra. Quem pode ouvi-la? Jesus, porém, sabendo por si mesmo que seus discípulos murmuravam por causa disso, disse-lhes: “Isto vos escandaliza? E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? O espírito é que vivifica, a carne nada alcança. As palavras que eu vos disse são espírito e vida. Mas há, entre vós, alguns que não creem”. Desde o princípio, Jesus sabia quem eram aqueles que não acreditavam e quem era aquele que o entregaria. E dizia: “Por isso eu vos disse: ‘Ninguém pode vir a mim se isso não lhe for dado pelo Pai’. A partir daí, muitos de seus discípulos retiraram-se e não mais andavam com ele. Disse, então, Jesus aos Doze: “Acaso vós também não quereis ir? Respondeu-lhe Simão Pedro: “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus”.

“Este Evangelho faz parte do discurso no qual Jesus se apresenta como “Pão da Vida”. Ele havia dito às multidões que o pão material que abençoara era um sinal do Pão Vivo que desceu do céu para a vida eterna. Agora, escandaliza os seus discípulos ao confirmar: “Se não comerdes a minha carne e não beberdes o meu sangue, não tereis a vida em vós”. Nós também nos escandalizamos com os mistérios de Deus, porque a nossa fé é pequena e não compreendemos que as palavras de Jesus são espírito e verdade. A razão humana não tem como compreender estas palavras. Só pelo Espírito de Deus é possível. E o Espírito é dado em abundância a quem reconhece que só Jesus tem as palavras de vida eterna.” (Viver a Palavra – 2024. Ir. Carmen Maria Pulga - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

“Acaso vós também não quereis ir?” Jesus quer nossa adesão consciente e livre à sua mensagem. Não compra prosélitos com palavras fáceis. Quer discípulos/as comprometidos com o Reino.
Qual é sua resposta?
Onde você busca o sentido para sua vida, o alimento para seu espírito?

Oração (Vida)

Agradeça tudo o que a Palavra lhe permitiu compreender e vivenciar do mistério de Cristo. Apresente ainda ao Senhor a oração que brotou em seu coração durante a leitura orante.
Se desejar conclua com esta “Oração de Santo Agostinho ao Espírito Santo.

Espírito Santo, amor do pai e do Filho, inspirai-me sempre o que devo pensar, o que devo dizer, o que hei de calar, o que ei de escrever, o que hei de fazer, como hei de fazer, para a vossa glória, para o bem das almas e a minha santificação.
Ó meu bom Jesus, em vós ponho toda a minha confiança.
Ó Espírito Santo, respirai em mim para que seja santo o meu pensar.
Impeli-me ó Espirito santo, para que seja santo o meu agir.
Atraí-me, ó Espirito Santo, para que eu ame o que é santo.
Fortalecei-me, ó Espirito Santo, para que eu proteja o que é santo.
Protegei-me, ó Espírito Santo, para que jamais eu perca o que é santo. Amém”

Contemplação (Vida e Missão)

De que forma a Palavra de Deus estará presente neste seu dia? O que você deseja colocar em prática, segundo os ensinamentos de Jesus?

Bênção

Deus Pai do céu me abençoe e me cuide
Esteja à minha frente para me mostrar o caminho correto.
Atrás de mim para me sustentar em todas as dificuldades e desafios
Acima de mim para me proteger contra os perigos que vem do alto
Que Deus esteja em meu coração como chama ardente, e que a luz dele ilumine minha vida e aqueça meus bons desejos e fortaleça minha vontade para a virtude.

Ir. Carmen Maria Pulga

A crise se instala e se propaga. Não apenas os judeus se afastam de Jesus como também muitos discípulos deixaram de andar com ele. Esta palavra é dura, quem consegue escutá-la”, diziam eles. De fato, Jesus tinha explicado com toda clareza que sua carne é comida e seu sangue é bebida. No início falava do pão, que ele era o pão descido do céu e que era preciso comer desse pão. Agora ele fala que é preciso comer a sua carne e beber o seu sangue para ter a vida eterna e para ressuscitar no último dia. A murmuração inicial se torna crise. Se não era aceitável que Jesus fosse o pão que desceu do céu, menos aceitável era ter que comer sua carne e beber o seu sangue. “Esta palavra é dura, quem consegue escutá-la, disseram, então, não mais os judeus, e sim os discípulos. Vendo que até os seus discípulos começavam a abandoná-lo, Jesus poderia explicar-lhes tudo de novo, modificar alguma coisa que não tivesse ficado clara, impedir que partissem por mal-entendidos. Mas não! Não fez nada disso. Ao contrário, perguntou aos Doze se eles também queriam ir embora. Pedro responde por todos: “A quem iremos, Senhor? Ele não estava dizendo que entendeu tudo o que Jesus tinha dito e que por isso ia ficar com ele. Os outros também não entenderam nada, mas ficaram porque tinham aceitado a pessoa de Jesus. “Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus.” Cremos no Senhor e, portanto, cremos nas suas palavras. Acreditamos que sua carne é comida e seu sangue é bebida porque ele disse! O pão da última ceia, que é o pão da Missa, é o próprio Cristo Jesus. Sua presença não é física, porque não ocupa lugar. Por isso dizemos que se trata de uma presença “sacramental”. O mesmo dizemos do vinho. Como essa presença acontece, é um mistério da fé. Usamos palavras humanas para dizer que a substância do pão deixa de existir e fica a substância do corpo de Cristo, permanecendo as aparências do pão e do vinho.

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.