Evangelho do dia 01/05/2022
3º Domingo da Páscoa - Ano C - Branca

Sim, Senhor, tu sabes que te amo - Jo 21,1-19
Depois disso, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Gêmeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos dele. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Nós vamos contigo”. Saíram, entraram no barco, mas não pescaram nada naquela noite. Já de manhã, Jesus estava aí na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Ele perguntou: “Filhinhos, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. Ele lhes disse: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Eles lançaram a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então, o discípulo que Jesus mais amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu e arregaçou a túnica (pois estava nu) e lançou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com o barco, arrastando as redes com os peixes. Na realidade, não estavam longe da terra, mas somente uns cem metros. Quando chegaram à terra, viram umas brasas preparadas, com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. Então, Simão Pedro subiu e arrastou a rede para terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rasgou. Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atreveu a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Cuida dos meus cordeiros”. E disse-lhe, pela segunda vez: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que sou teu amigo”. Jesus lhe disse: “Sê pastor das minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu és meu amigo?” Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”. Jesus disse-lhe: “Cuida das minhas ovelhas. Em verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem, tu mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro vai te amarrar e te levará para onde não queres ir”. (Disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus.) E acrescentou: “Segue-me”.
Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.Oração Inicial
Hoje é dia do trabalho, e na liturgia fazemos memória de São José Operário.
A Liturgia do 3º domingo da Páscoa vem nos mostrando que Jesus ressuscitado se manifestou aos seus discípulos de muitas maneiras. Hoje, faremos a leitura orante do encontro de Jesus com os discípulos à beira do Mar de Tiberíades. É na proximidade com a Palavra de Deus que também nós encontraremos o Senhor, ouviremos a sua Palavra e acolheremos a vida que Ele nos oferece.
Ó Deus, criador do universo, que destes aos seres humanos, a lei do trabalho, concedei-nos, pelo exemplo e proteção de São José, cumprir as nossas tarefas e alcançar a alegria dos justos. Amém.
Leitura (Verdade)
Leia o texto de Jo 21,1-19. Depois, releia-o e procure recontar a narrativa. Em que contexto Jesus aparece aos discípulos? Por meio de qual gesto os discípulos o reconhecem?
Evangelho: Jo 21,1-19 Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Gêmeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos dele. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Nós vamos contigo”. Saíram, entraram no barco, mas não pescaram nada naquela noite. Já de manhã, Jesus estava aí na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Ele perguntou: “Filhinhos, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. Ele lhes disse: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Eles lançaram a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então, o discípulo que Jesus mais amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu e arregaçou a túnica (pois estava nu) e lançou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com o barco, arrastando as redes com os peixes. Na realidade, não estavam longe da terra, mas somente uns cem metros. Quando chegaram à terra, viram umas brasas preparadas, com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. Então, Simão Pedro subiu e arrastou a rede para terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rasgou. Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com o peixe.
Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Cuida dos meus cordeiros”. E disse-lhe, pela segunda vez: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se o amava. E respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”. Jesus disse-lhe: “Cuida das minhas ovelhas. Em verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem, tu mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te amarrará pela cintura e te levará para onde não queres ir”. (Disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus.) E acrescentou: Segue-me”.
“O Evangelho de João nos conta a terceira aparição de Jesus Ressuscitado. Jesus está na praia e aguarda Pedro e seus colegas que voltam da pescaria. Não tinham conseguido nada naquela noite. Da praia, Jesus dá uma orientação: lançar a rede à direita da barca. Com dificuldade, arrastaram as redes, com 153 grandes peixes. Com peixe no braseiro, Jesus os chama para comer. A presença de Jesus Ressuscitado na comunidade, depois de sua morte, manifesta-se na direção da ação dos discípulos (lancem as redes daquele lado), na eficácia da missão (a grande quantidade de peixes), na unidade da comunidade em expansão (a rede não se rasgou) e na Eucaristia que alimenta e fortalece os missionários (refeição de pão e peixe). (Viver a Palavra – 2022. Pe. João Carlos Ribeiro - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
Na Palavra deste domingo pascal, a comunidade de Jerusalém testemunha Jesus ressuscitado, mesmo diante da opressão, da perseguição, do sofrimento.
Reconheço Jesus como centro de minha vida e de minha missão como cristão?
Sou agradecido(a) pelo trabalho e pelas obras da sociedade, fruto do trabalho de meus irmãos?
Oração (Vida)
“Senhor, que dissestes: "Comerás o pão com o suor de teu rosto", eu sei que o trabalho é digno e abençoado para sustentar a vida, mas Senhor, apesar da boa vontade de trabalhar, há tanto desemprego! E por isso Senhor, o desemprego está causando problemas na família e na vida pessoal. Senhor, olhai pelos desempregados. Por isso hoje estamos rezando por estes, cujos nomes apresentamos agora: (Diga os nomes das pessoas que estão precisando da graça de um bom emprego) Senhor, por intercessão de São José Operário, fazei com que estas pessoas consigam um trabalho decente para sustentar a vida. Senhor, quando estivestes neste mundo, fostes humilde carpinteiro. Tende piedade e compaixão dos desempregados que querem trabalhar, que precisam trabalhar. Iluminai o caminho para que possam encontrar o que há tanto tempo estão procurando. Nós cremos, Senhor, naquela vossa Palavra: "Batei e a porta vos será aberta". Iluminai os desempregados para baterem na porta certa. Que não recebam um não ou o descaso, mas consigam a graça de um trabalho. Dai ânimo, Senhor, aos desempregados. Abri as portas de um emprego para estas pessoas: (Diga mais uma vez os nomes das pessoas) São José Operário, intercedei pelos desempregados. Senhor, eu confio na vossa graça. Senhor, eu confio no vosso poder.”
Contemplação (Vida e Missão)
Assumir com responsabilidade o tempo que Deus nos dá é nosso dever de filhos de Deus. Hoje, como quero assumir o desafio de viver segundo o projeto do Pai?
Bênção
Deus, Pai de bondade, criador de todas as coisa e santificador de todas as criaturas: suplicamos a tua bênção e proteção sobre este local de trabalho. Que a graça de teu Espírito Santo habite dentro destas paredes, para que não haja contenda nem desunião. Afasta deste lugar toda inveja! Que teus anjos de Deus acampem ao redor deste estabelecimento, e somente a paz e a prosperidade habitem este local. Concede aos que aqui trabalham um coração justo e generoso, para que o dom da partilha aconteça e as tuas bênçãos sejam abundantes. Dá saúde aos que retiram deste lugar o sustento da família, para que saibam sempre cantar louvores a ti. Por Cristo Jesus, amém!
Podem-se destacar dois grandes temas: o Cordeiro glorioso, ressuscitado com atributos divinos, e a vocação de Pedro. Ele, e não o discípulo amado, é chamado a apascentar o rebanho. At 5,27b-32.40b-41 retrata que, diante das dificuldades, Pedro e os demais apóstolos dão testemunho da paixão e da ressurreição, e apresentam o Ressuscitado como o Salvador. Esse testemunho é dado no Espírito Santo. Alegram-se por poder sofrer pelo nome de Jesus, conforme a última Bem-aventurança (Mt 5,11s; Lc 6,22s). Em Ap 5,11-14, o Cordeiro (o Ressuscitado) recebe os atributos divinos: tudo, no céu, adora ao Pai e ao Cordeiro. O capítulo 21 do quarto evangelho, apresentado na leitura de hoje (Jo 21,1-19), é acréscimo posterior e, embora tenha proximidade com Jo 1–20, reflete os evangelhos sinóticos. É também conhecido como Atos dos Apóstolos de João. Os apóstolos que abandonaram tudo (Mc 10,28), agora, voltaram a pescar na Galileia. Mas o texto é simbólico. A pesca é figura da Igreja na árdua tarefa de evangelizar. Sete pescadores representam a missão universal. Todos estão agindo sob a chefia de Pedro. Aqui se realiza o que Jesus prometeu: “Vos farei pescadores de homens” (Mc 1,17; Lc 5,10). O número de peixes que abarrota as redes demonstra a missão universal: todos os povos fazem parte da Igreja e ela se mantém una, não rompe. A Igreja deve acolher judeus e gregos, escravos e livres, homens e mulheres (Gl 3,28). A missão é estéril, pois passam a noite sem pescar nada. Sem a presença do Ressuscitado, os apóstolos não podem nada. Clareando o dia, vem a Luz. Ele é a alma da evangelização. Agora a pesca é garantida. O discípulo amado reconhece o Senhor. Esse é o motivo da abundância. O sucesso da missão depende da experiência do Ressuscitado e da obediência a sua palavra. Trata-se de uma cena de refeição da Igreja primitiva (cf. At 2,42ss). A pesca serviria como preparação dessa refeição; porém, antes de os discípulos terem conseguido o alimento, Jesus já preparou pão e peixe assados sobre um braseiro. Agora eles a completam com o produto de seu trabalho. Pedro, aquele que traiu Jesus três vezes, agora chamado a liderar a Igreja, deve ressarcir suas traições pela tríplice profissão de amor. Essa é a versão joanina de Mt 16,16ss. Pedro e o discípulo amado representam carismas diferentes. Este último reconheceu o Ressuscitado antes de Pedro, mas Pedro, embora mais lento, é chamado a apascentar o rebanho de Jesus. Para continuar essa obra, ele deve estar disposto a morrer por amor. A referência de que Pedro, quando fosse velho, estenderia as mãos e outro o conduziria relaciona-se ao rito de crucificação. O condenado abria as mãos para carregar a cruz, algum soldado o cingia e o levava para onde ele não queria ir. A tríplice prova de amor é a superação da ambição de Pedro. Ele, que não queria ter seus pés lavados, pois achava que o superior deve ser servido, um dia, como coordenador, saberá dar a vida e não se fazer servir. Sem o amor isso é impossível.
Frei Bruno Godofredo Glaab, ‘A Bíblia dia a dia 2022’, Paulinas.Evangelho do dia 01/05/2022
3º Domingo da Páscoa - Ano C - Branca

Sim, Senhor, tu sabes que te amo - Jo 21,1-19
Depois disso, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Gêmeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos dele. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Nós vamos contigo”. Saíram, entraram no barco, mas não pescaram nada naquela noite. Já de manhã, Jesus estava aí na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Ele perguntou: “Filhinhos, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. Ele lhes disse: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Eles lançaram a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então, o discípulo que Jesus mais amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu e arregaçou a túnica (pois estava nu) e lançou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com o barco, arrastando as redes com os peixes. Na realidade, não estavam longe da terra, mas somente uns cem metros. Quando chegaram à terra, viram umas brasas preparadas, com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. Então, Simão Pedro subiu e arrastou a rede para terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rasgou. Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atreveu a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Cuida dos meus cordeiros”. E disse-lhe, pela segunda vez: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que sou teu amigo”. Jesus lhe disse: “Sê pastor das minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu és meu amigo?” Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”. Jesus disse-lhe: “Cuida das minhas ovelhas. Em verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem, tu mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro vai te amarrar e te levará para onde não queres ir”. (Disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus.) E acrescentou: “Segue-me”.
Oração Inicial
Hoje é dia do trabalho, e na liturgia fazemos memória de São José Operário.
A Liturgia do 3º domingo da Páscoa vem nos mostrando que Jesus ressuscitado se manifestou aos seus discípulos de muitas maneiras. Hoje, faremos a leitura orante do encontro de Jesus com os discípulos à beira do Mar de Tiberíades. É na proximidade com a Palavra de Deus que também nós encontraremos o Senhor, ouviremos a sua Palavra e acolheremos a vida que Ele nos oferece.
Ó Deus, criador do universo, que destes aos seres humanos, a lei do trabalho, concedei-nos, pelo exemplo e proteção de São José, cumprir as nossas tarefas e alcançar a alegria dos justos. Amém.
Leitura (Verdade)
Leia o texto de Jo 21,1-19. Depois, releia-o e procure recontar a narrativa. Em que contexto Jesus aparece aos discípulos? Por meio de qual gesto os discípulos o reconhecem?
Evangelho: Jo 21,1-19 Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Gêmeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos dele. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Nós vamos contigo”. Saíram, entraram no barco, mas não pescaram nada naquela noite. Já de manhã, Jesus estava aí na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Ele perguntou: “Filhinhos, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. Ele lhes disse: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Eles lançaram a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então, o discípulo que Jesus mais amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu e arregaçou a túnica (pois estava nu) e lançou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com o barco, arrastando as redes com os peixes. Na realidade, não estavam longe da terra, mas somente uns cem metros. Quando chegaram à terra, viram umas brasas preparadas, com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. Então, Simão Pedro subiu e arrastou a rede para terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rasgou. Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com o peixe.
Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Cuida dos meus cordeiros”. E disse-lhe, pela segunda vez: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se o amava. E respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”. Jesus disse-lhe: “Cuida das minhas ovelhas. Em verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem, tu mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te amarrará pela cintura e te levará para onde não queres ir”. (Disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus.) E acrescentou: Segue-me”.
“O Evangelho de João nos conta a terceira aparição de Jesus Ressuscitado. Jesus está na praia e aguarda Pedro e seus colegas que voltam da pescaria. Não tinham conseguido nada naquela noite. Da praia, Jesus dá uma orientação: lançar a rede à direita da barca. Com dificuldade, arrastaram as redes, com 153 grandes peixes. Com peixe no braseiro, Jesus os chama para comer. A presença de Jesus Ressuscitado na comunidade, depois de sua morte, manifesta-se na direção da ação dos discípulos (lancem as redes daquele lado), na eficácia da missão (a grande quantidade de peixes), na unidade da comunidade em expansão (a rede não se rasgou) e na Eucaristia que alimenta e fortalece os missionários (refeição de pão e peixe). (Viver a Palavra – 2022. Pe. João Carlos Ribeiro - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
Na Palavra deste domingo pascal, a comunidade de Jerusalém testemunha Jesus ressuscitado, mesmo diante da opressão, da perseguição, do sofrimento.
Reconheço Jesus como centro de minha vida e de minha missão como cristão?
Sou agradecido(a) pelo trabalho e pelas obras da sociedade, fruto do trabalho de meus irmãos?
Oração (Vida)
“Senhor, que dissestes: "Comerás o pão com o suor de teu rosto", eu sei que o trabalho é digno e abençoado para sustentar a vida, mas Senhor, apesar da boa vontade de trabalhar, há tanto desemprego! E por isso Senhor, o desemprego está causando problemas na família e na vida pessoal. Senhor, olhai pelos desempregados. Por isso hoje estamos rezando por estes, cujos nomes apresentamos agora: (Diga os nomes das pessoas que estão precisando da graça de um bom emprego) Senhor, por intercessão de São José Operário, fazei com que estas pessoas consigam um trabalho decente para sustentar a vida. Senhor, quando estivestes neste mundo, fostes humilde carpinteiro. Tende piedade e compaixão dos desempregados que querem trabalhar, que precisam trabalhar. Iluminai o caminho para que possam encontrar o que há tanto tempo estão procurando. Nós cremos, Senhor, naquela vossa Palavra: "Batei e a porta vos será aberta". Iluminai os desempregados para baterem na porta certa. Que não recebam um não ou o descaso, mas consigam a graça de um trabalho. Dai ânimo, Senhor, aos desempregados. Abri as portas de um emprego para estas pessoas: (Diga mais uma vez os nomes das pessoas) São José Operário, intercedei pelos desempregados. Senhor, eu confio na vossa graça. Senhor, eu confio no vosso poder.”
Contemplação (Vida e Missão)
Assumir com responsabilidade o tempo que Deus nos dá é nosso dever de filhos de Deus. Hoje, como quero assumir o desafio de viver segundo o projeto do Pai?
Bênção
Deus, Pai de bondade, criador de todas as coisa e santificador de todas as criaturas: suplicamos a tua bênção e proteção sobre este local de trabalho. Que a graça de teu Espírito Santo habite dentro destas paredes, para que não haja contenda nem desunião. Afasta deste lugar toda inveja! Que teus anjos de Deus acampem ao redor deste estabelecimento, e somente a paz e a prosperidade habitem este local. Concede aos que aqui trabalham um coração justo e generoso, para que o dom da partilha aconteça e as tuas bênçãos sejam abundantes. Dá saúde aos que retiram deste lugar o sustento da família, para que saibam sempre cantar louvores a ti. Por Cristo Jesus, amém!
Podem-se destacar dois grandes temas: o Cordeiro glorioso, ressuscitado com atributos divinos, e a vocação de Pedro. Ele, e não o discípulo amado, é chamado a apascentar o rebanho. At 5,27b-32.40b-41 retrata que, diante das dificuldades, Pedro e os demais apóstolos dão testemunho da paixão e da ressurreição, e apresentam o Ressuscitado como o Salvador. Esse testemunho é dado no Espírito Santo. Alegram-se por poder sofrer pelo nome de Jesus, conforme a última Bem-aventurança (Mt 5,11s; Lc 6,22s). Em Ap 5,11-14, o Cordeiro (o Ressuscitado) recebe os atributos divinos: tudo, no céu, adora ao Pai e ao Cordeiro. O capítulo 21 do quarto evangelho, apresentado na leitura de hoje (Jo 21,1-19), é acréscimo posterior e, embora tenha proximidade com Jo 1–20, reflete os evangelhos sinóticos. É também conhecido como Atos dos Apóstolos de João. Os apóstolos que abandonaram tudo (Mc 10,28), agora, voltaram a pescar na Galileia. Mas o texto é simbólico. A pesca é figura da Igreja na árdua tarefa de evangelizar. Sete pescadores representam a missão universal. Todos estão agindo sob a chefia de Pedro. Aqui se realiza o que Jesus prometeu: “Vos farei pescadores de homens” (Mc 1,17; Lc 5,10). O número de peixes que abarrota as redes demonstra a missão universal: todos os povos fazem parte da Igreja e ela se mantém una, não rompe. A Igreja deve acolher judeus e gregos, escravos e livres, homens e mulheres (Gl 3,28). A missão é estéril, pois passam a noite sem pescar nada. Sem a presença do Ressuscitado, os apóstolos não podem nada. Clareando o dia, vem a Luz. Ele é a alma da evangelização. Agora a pesca é garantida. O discípulo amado reconhece o Senhor. Esse é o motivo da abundância. O sucesso da missão depende da experiência do Ressuscitado e da obediência a sua palavra. Trata-se de uma cena de refeição da Igreja primitiva (cf. At 2,42ss). A pesca serviria como preparação dessa refeição; porém, antes de os discípulos terem conseguido o alimento, Jesus já preparou pão e peixe assados sobre um braseiro. Agora eles a completam com o produto de seu trabalho. Pedro, aquele que traiu Jesus três vezes, agora chamado a liderar a Igreja, deve ressarcir suas traições pela tríplice profissão de amor. Essa é a versão joanina de Mt 16,16ss. Pedro e o discípulo amado representam carismas diferentes. Este último reconheceu o Ressuscitado antes de Pedro, mas Pedro, embora mais lento, é chamado a apascentar o rebanho de Jesus. Para continuar essa obra, ele deve estar disposto a morrer por amor. A referência de que Pedro, quando fosse velho, estenderia as mãos e outro o conduziria relaciona-se ao rito de crucificação. O condenado abria as mãos para carregar a cruz, algum soldado o cingia e o levava para onde ele não queria ir. A tríplice prova de amor é a superação da ambição de Pedro. Ele, que não queria ter seus pés lavados, pois achava que o superior deve ser servido, um dia, como coordenador, saberá dar a vida e não se fazer servir. Sem o amor isso é impossível.
Frei Bruno Godofredo Glaab, ‘A Bíblia dia a dia 2022’, Paulinas.