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Sábado, 21 de Dezembro de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 11/08/2024

19º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Verde
1ª Leitura: 1Rs 19,4-8 Salmo: Sl 34(33) - Feliz o homem que se abriga no Senhor. 2ª Leitura: Ef 4,30–5,2
evangelho
Sou eu o pão descido do céu - Jo 6,41-51

Murmuravam, então, os judeus a respeito dele, porque dissera: “Sou eu o pão descido do céu”. Eles diziam: “Este não é Jesus, o filho de José, de quem conhecemos o pai e a mãe? Como é que agora diz: ‘Desci do céu’?” Respondeu-lhes Jesus: “Não murmureis entre vós! Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair, e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: Serão todos instruídos por Deus. Todo aquele que ouve o Pai e aprende vem a mim. Não que alguém tenha visto o Pai, a não ser aquele que vem de junto de Deus: este viu o Pai. Amém, amém, eu vos digo: quem crê tem a vida eterna. Sou eu o Pão da Vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão que desce do céu para que aquele que dele comer não morra. Sou eu o Pão Vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre, e o pão que eu darei para a vida do mundo é minha carne”.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

19º Domingo do Tempo Comum. Já há três domingos, Jesus vem nos falando sobre o “Pão da Vida”. O Pão, que nos fortalece e nos abre a porta para o banquete do Reino de Deus.

Disponha seu ser para acolher a Pessoa de Jesus que vem a nós como alimento, como guia e sustento em nossa caminhada para a Vida em plenitude. Aproxime-se do Senhor com desejo e fome deste “Pão do Céu”.



“Senhor Jesus, dá-me um coração simples para compreender a riqueza de ensinamentos escondida em tua Palavra. Envia teu Espírito Santo para que eu não tenha medo de escutá-la e vivê-la conforme a tua vontade. Que a Palavra transforme o meu coração através da fé e confiança que eu deposito em ti. Amém.”

Leitura (Verdade)

Colocar-se nesta cena, perceber a atitude e reclamações dos incrédulos e a paciente catequese de Jesus.


Evangelho: Jo 6,41-51 “Murmuravam, então, os judeus a respeito dele, porque dissera: “Sou eu o pão descido do céu”. Eles diziam: “Este não é Jesus, o filho de José, de quem conhecemos o pai e a mãe? Como é que agora diz: ‘Desci do céu’?” Respondeu-lhes Jesus: “Não murmureis entre vós! Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair, e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: Serão todos instruídos por Deus. Todo aquele que ouve o Pai e aprende vem a mim. Não que alguém tenha visto o Pai, a não ser aquele que vem de junto de Deus: este viu o Pai. Amém, amém, eu vos digo: quem crê tem a vida eterna. Sou eu o Pão da Vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão que desce do céu para que aquele que dele comer não morra. Sou eu o Pão Vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre, e o pão que eu darei para a vida do mundo é minha carne”.

“Este não é Jesus, filho de José, de quem conhecemos o pai e a mãe?” Os judeus têm razão em colocar essa pergunta. Eles conhecem Jesus, apenas, na figura humana. Para conhecer o mistério que envolve a pessoa de Jesus é preciso o dom da fé. A fé é um diálogo entre Deus, que nos atrai a Jesus Cristo, e nós, que nos dispomos a ouvir e a praticar a sua palavra. Quando se realiza esse diálogo, vemos já no tempo presente a face do Pai a nos ensinar a sua vontade, a qual nos garante a vida eterna. A vida em plenitude que Jesus oferece com sua Ressurreição e Ascenção é a prova maior de que ele veio do céu e que para lá voltou, deixando-nos a sua Palavra e o memorial da sua paixão como alimento.” (Viver a Palavra – 2024. Ir. Carmen Maria Pulga - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Embora não seja fácil aplicar a Jesus a imagem de um pão que se come e dá a vida eterna, pode-se entender que a imagem se aplica à aceitação da pessoa de Jesus e de seus ensinamentos.
Você tem ‘murmurações’ em seu coração ou você crê na palavra de Jesus: “Eu sou o Pão vivo que desceu do céu?
A Eucaristia é o alimento que nos nutre no “Corpo Místico de Cristo”. Como você busca esse alimento?
O alimento é a força que nos impulsiona para a missão. Como está esta força em você? A Eucaristia o/a leva ao serviço de amor e de justiça entre os irmãos?

Oração (Vida)

Agradeçamos ao Senhor seu amor e sua misericórdia para conosco e por ter se dado em alimento para nossa caminhada. É seu amor que nutre nosso espírito cristão. Faça um momento de louvor e ação de graças por este indescritível dom, que é o “Pão do céu”.

“Jesus, divino Mestre, nós vos adoramos, Filho unigênito de Deus, vindo ao mundo para dar às pessoas a vida em plenitude. Nós vos louvamos e agradecemos, porque morrestes na cruz para obter-nos a vida divina que nos comunicais no Batismo e alimentais com a Eucaristia e os outros sacramentos. Vivei em nós, Jesus, pelo vosso Espírito, para que vos amemos com todo o nosso ser e amemos o próximo como a nós mesmos no vosso amor. Fazei crescer em nós esse amor, para que um dia, ressuscitados, partilhemos convosco a alegria do Reino dos céus. Amém.”

Contemplação (Vida e Missão)

Ir ao encontro de alguém necessitado para oferecer-lhe nosso apoio, tornando-nos também alimento=força na caminhada. Reflita e verbalize este propósito.

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Continuamos a leitura do capítulo sexto do Evangelho de João. Jesus multiplicou os pães e deu início ao discurso sobre o “pão da vida”. Ele mesmo é o “pão da vida”. Os ouvintes não percebem que o pão que comemos cada dia é necessário, mas não é suficiente para nos alimentar inteiramente. Precisamos de algo mais, ou de alguém mais. Jesus começa então a falar dele mesmo. Ele é o Pão que desceu do céu para dar vida ao mundo. As pessoas não entendem o que Jesus está dizendo e começam a murmurar. A murmuração crescerá e se transformará em crise. Como Jesus pode ser o pão que desceu do céu, se ele nasceu por aqui, é filho de José e sua mãe é conhecida? Como é que ele desceu do céu? Esta conversa está acontecendo na sinagoga de Cafarnaum. Os judeus estão murmurando e Jesus tenta explicar-lhes que aceitá-lo, crer nele, ouvir e entender seus ensinamentos é uma graça de Deus Pai. Aqueles que vão até Jesus são levados pelo Pai. Ninguém nunca viu o Pai, mas Jesus, sim. A conversa se intensifica e a compreensão vai se tornando difícil. No deserto, o povo comeu o maná, mas um dia morreu. Jesus oferece agora outro pão, que desce do céu. Quem dele comer, nunca morrerá. Este pão descido do céu é Jesus mesmo, e quem comer desse pão viverá eternamente. Embora não seja fácil aplicar a Jesus a imagem de um pão que se come e dá a vida eterna, pode-se entender que a imagem se aplica à aceitação da pessoa de Jesus e de seus ensinamentos. Jesus, porém, vai adiante e afirma que o pão que ele vai dar é a sua carne para a vida do mundo. A murmuração inicial se transforma agora em crise. Teremos que comer a carne de Jesus? Um sinal do significado deste pão que alimenta para a vida eterna nos é dado no primeiro livro dos Reis, quando o profeta Elias, cansado e desanimado, desejando a morte no meio do deserto, é tocado por um anjo que lhe oferece o que comer. “Levanta-te e come que o caminho é longo”. Assim aconteceu duas vezes e, com a força daquele alimento, ele caminhou quarenta dias e quarenta noites até o monte de Deus, Horeb. Lembramos que foi no monte que Jesus começou o discurso do “pão da vida” multiplicando pães e peixes, e voltou para o monte quando quiseram fazê-lo rei. O pão que ele dará é sua carne para a vida do mundo. Jesus está falando da entrega que ele fará de si mesmo na cruz para a salvação do mundo; entrega que ele fará também na última ceia, quando disser que o pão que ele tem nas mãos é o seu corpo. Na união da ceia com a cruz, em um único ato, Jesus perpetua entre nós a sua presença salvadora. “Reunido com os apóstolos na última ceia, para que a memória da cruz salvadora permanecesse para sempre, ele se ofereceu ‘ao Pai’ como Cordeiro sem mancha e foi aceito como sacrifício de perfeito louvor.” Jesus encontrou um meio de permanecer entre nós de forma sensível. Por isso, todas as vezes que comemos do Pão e bebemos do Cálice, anunciamos a morte do Senhor, até que ele venha.

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.