Evangelho do dia 05/07/2020
14º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde

Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso - Mt 11,25-30
Naquela ocasião, Jesus pronunciou estas palavras: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.Oração Inicial
Liturgia do 14º domingo do Tempo Comum. Em sua oração dirigida ao Pai, Jesus expressa o louvor pelos pequenos, que foram capazes de acolhê-lo como dom do Pai e de reconhecer a relação filial que o une ao Pai. Que possamos, ao longo do dia, acolher o Senhor e entoar o nosso louvor pela sua presença em nossa vida.
“Divino Espírito Santo, necessitamos muito de vossa ajuda para conhecer o caminho que devemos seguir. Temos necessidade de Vós, para que o nosso coração, inundado pela vossa consolação, se abra e que, muito além das palavras e dos conceitos, possamos perceber a vossa presença. Iluminai a nossa mente, movei o nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.”
Leitura (Verdade)
O que diz o texto? Detenha-se na oração de Jesus e destaque as palavras que mais lhe chamaram atenção. Qual é o motivo do louvor expresso na oração? Como é a relação entre Jesus e o Pai revelado no texto?
“A história do cristianismo está repleta de teólogos, sábios e santos. Deus não ocultou a eles sua sabedoria, pelo contrário, receberam a luz do alto. Jesus não se referia a eles quando fala dos “sábios e entendidos”, mas de indivíduos que não puderam captar o sentido das obras de Jesus, uma vez que a falta de sinceridade deles inutiliza seus conhecimentos. Segundo Jesus, eles, tendo olhos, não enxergam e, tendo ouvidos, não ouvem. O texto fala de um conhecido nosso, o sofrimento, que se revela de muitas maneiras. Por vezes, o peso parece insuportável. É o momento que Jesus oferece seus ombros, acostumados a carregar a cruz. Porque é amor, o jugo do Senhor é leve.” (Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim hoje? A partir deste Evangelho que ensinamento de Jesus eu acolho para minha vida? Por quais motivos faço hoje meu hino de louvor a Deus? De que modo esse relato evangélico fortalece a sua caminhada de fé?
Oração (Vida)
“Aleluia! Louvem a Deus no seu templo, louvem a Ele no seu poderoso firmamento! Louvem a Deus por suas façanhas, louvem a Ele por sua imensa grandeza! Louvem a Deus tocando trombetas, louvem a Ele com a cítara e harpa! Louvem a Deus com dança e tambor, louvem a Ele com cordas e flauta! Louvem a Deus com címbalos sonoros, louvem a ele com címbalos vibrantes. Todo ser que respira louve a Javé! Aleluia!” (Tradução livre do Salmo 150, do livro “Orações e devoções para todos os momentos”, da Paulinas Editora).
Contemplação (Vida e Missão)
Como você deseja viver concretamente, durante o dia, os apelos que o Senhor lhe fez?
Bênção
- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém..
Na profecia de Zacarias, Deus convida a filha de Sião a se alegrar: “Pule de alegria, grite, filha de Sião, filha de Jerusalém”. Quem é esta filha de Sião? Quem é a filha de Jerusalém? Quem é a filha de Jerusalém convidada a se alegrar? A filha de Sião é “a parturiente, que grita e geme e estende as mãos diante dos assassinos”. É a mulher pobre, que perdeu toda a sua formosura. “Quem te poderá salvar e te consolar, virgem, filha de Sião? Quem vai te curar?” Alegrar-se por que, se a formosura se foi, se as feridas se expõem, se a dor predomina? Alegrar-se porque o vencedor está chegando. Nem se percebe. Não vem num carro de guerra nem sobre luxuosa montaria. Vem montado num jumento. Que poder tem quem vem montado num jumento? No entanto, é ele quem acaba com as armas de guerra, estabelece a paz e estende seu reinado por toda a terra.
Os sábios e os inteligentes deste mundo parecem que não entendem, ou não querem entender, que tudo pode ser diferente. O pequeno entende, assim como entende a filha de Sião e sabe como diminuir a dor e curar as feridas. Sabe, mas nem sempre consegue. “Eu sabia o que tinha que fazer, mas não tinha os recursos”, dizia a velha senhora no fim de sua vida. Agora, porém, chega quem tem os recursos e os distribui com justiça; aquele cujo jugo é suave e a carga, leve. “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. […] sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração”.
Será que aprendem? Nós que vivemos a liberdade do Espírito e já não somos dominados pela matéria, que temos o Espírito de Cristo e nada devemos à carne, será que aprendemos daquele que é manso e humilde de coração, ou estamos também fazendo guerra uns contra os outros? O mundo que massacra a filha de Sião, com quem poderia aprender que tudo pode ser diferente? Certamente com aqueles que seguem o Rei montado no jumentinho, e não com os que seguem os reis deste mundo e querem imitá-los e a eles se submetem. Por vezes nossa formação espiritual se revela pobre e o cultivo das virtudes, mínimo. Desde cedo disputamos cargos e honrarias, para mais tarde, na velhice, afirmar com categoria a nossa autoridade, que precisa ser afirmada quando não se tem.
Ao longo da história, a sociedade civil muitas vezes se espelhou na sociedade “eclesiástica”. Seria bom que se espelhasse também na sociedade “eclesial”, que produz homens e mulheres de virtudes heroicas. Chamamos de herói e heroína quem viveu de verdade as virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade, e as virtudes cardiais da prudência, da justiça, da fortaleza e da temperança. Estes aprenderam a mansidão e a humildade do Rei que vem montado no jumentinho.
“Cada um tem sua cidade de nascimento”, diz o salmista. “Um nasceu aqui, outro ali; todos, porém, nasceram em Sião.” Mais do que um lugar, Sião é um estado de espírito. O que se faz quando a alma é pequena e o ministério, medíocre? Que resposta se dá quando o profeta pergunta de Jerusalém se “é esta a cidade chamada a mais bela, a alegria de toda a terra?”. Já ouvimos de Fernando Pessoa que: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”, e por experiência sabemos que, para ministério medíocre, ministros medíocres bastam!
Os filhos e as filhas de Sião somos nós, nem sábios nem entendidos, mas pequeninos, com estado de espírito elevado, que dispensam carros e cavalos e seguem o Rei manso e pobre montado num burrico. Nossos corpos mortais, que se cansam e se arrastam sob o peso que carregam, elevam-se no voo do Espírito que habita em nós e nos dá vida.
Evangelho do dia 05/07/2020
14º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde

Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso - Mt 11,25-30
Naquela ocasião, Jesus pronunciou estas palavras: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
Oração Inicial
Liturgia do 14º domingo do Tempo Comum. Em sua oração dirigida ao Pai, Jesus expressa o louvor pelos pequenos, que foram capazes de acolhê-lo como dom do Pai e de reconhecer a relação filial que o une ao Pai. Que possamos, ao longo do dia, acolher o Senhor e entoar o nosso louvor pela sua presença em nossa vida.
“Divino Espírito Santo, necessitamos muito de vossa ajuda para conhecer o caminho que devemos seguir. Temos necessidade de Vós, para que o nosso coração, inundado pela vossa consolação, se abra e que, muito além das palavras e dos conceitos, possamos perceber a vossa presença. Iluminai a nossa mente, movei o nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.”
Leitura (Verdade)
O que diz o texto? Detenha-se na oração de Jesus e destaque as palavras que mais lhe chamaram atenção. Qual é o motivo do louvor expresso na oração? Como é a relação entre Jesus e o Pai revelado no texto?
“A história do cristianismo está repleta de teólogos, sábios e santos. Deus não ocultou a eles sua sabedoria, pelo contrário, receberam a luz do alto. Jesus não se referia a eles quando fala dos “sábios e entendidos”, mas de indivíduos que não puderam captar o sentido das obras de Jesus, uma vez que a falta de sinceridade deles inutiliza seus conhecimentos. Segundo Jesus, eles, tendo olhos, não enxergam e, tendo ouvidos, não ouvem. O texto fala de um conhecido nosso, o sofrimento, que se revela de muitas maneiras. Por vezes, o peso parece insuportável. É o momento que Jesus oferece seus ombros, acostumados a carregar a cruz. Porque é amor, o jugo do Senhor é leve.” (Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim hoje? A partir deste Evangelho que ensinamento de Jesus eu acolho para minha vida? Por quais motivos faço hoje meu hino de louvor a Deus? De que modo esse relato evangélico fortalece a sua caminhada de fé?
Oração (Vida)
“Aleluia! Louvem a Deus no seu templo, louvem a Ele no seu poderoso firmamento! Louvem a Deus por suas façanhas, louvem a Ele por sua imensa grandeza! Louvem a Deus tocando trombetas, louvem a Ele com a cítara e harpa! Louvem a Deus com dança e tambor, louvem a Ele com cordas e flauta! Louvem a Deus com címbalos sonoros, louvem a ele com címbalos vibrantes. Todo ser que respira louve a Javé! Aleluia!” (Tradução livre do Salmo 150, do livro “Orações e devoções para todos os momentos”, da Paulinas Editora).
Contemplação (Vida e Missão)
Como você deseja viver concretamente, durante o dia, os apelos que o Senhor lhe fez?
Bênção
- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém..
Na profecia de Zacarias, Deus convida a filha de Sião a se alegrar: “Pule de alegria, grite, filha de Sião, filha de Jerusalém”. Quem é esta filha de Sião? Quem é a filha de Jerusalém? Quem é a filha de Jerusalém convidada a se alegrar? A filha de Sião é “a parturiente, que grita e geme e estende as mãos diante dos assassinos”. É a mulher pobre, que perdeu toda a sua formosura. “Quem te poderá salvar e te consolar, virgem, filha de Sião? Quem vai te curar?” Alegrar-se por que, se a formosura se foi, se as feridas se expõem, se a dor predomina? Alegrar-se porque o vencedor está chegando. Nem se percebe. Não vem num carro de guerra nem sobre luxuosa montaria. Vem montado num jumento. Que poder tem quem vem montado num jumento? No entanto, é ele quem acaba com as armas de guerra, estabelece a paz e estende seu reinado por toda a terra.
Os sábios e os inteligentes deste mundo parecem que não entendem, ou não querem entender, que tudo pode ser diferente. O pequeno entende, assim como entende a filha de Sião e sabe como diminuir a dor e curar as feridas. Sabe, mas nem sempre consegue. “Eu sabia o que tinha que fazer, mas não tinha os recursos”, dizia a velha senhora no fim de sua vida. Agora, porém, chega quem tem os recursos e os distribui com justiça; aquele cujo jugo é suave e a carga, leve. “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. […] sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração”.
Será que aprendem? Nós que vivemos a liberdade do Espírito e já não somos dominados pela matéria, que temos o Espírito de Cristo e nada devemos à carne, será que aprendemos daquele que é manso e humilde de coração, ou estamos também fazendo guerra uns contra os outros? O mundo que massacra a filha de Sião, com quem poderia aprender que tudo pode ser diferente? Certamente com aqueles que seguem o Rei montado no jumentinho, e não com os que seguem os reis deste mundo e querem imitá-los e a eles se submetem. Por vezes nossa formação espiritual se revela pobre e o cultivo das virtudes, mínimo. Desde cedo disputamos cargos e honrarias, para mais tarde, na velhice, afirmar com categoria a nossa autoridade, que precisa ser afirmada quando não se tem.
Ao longo da história, a sociedade civil muitas vezes se espelhou na sociedade “eclesiástica”. Seria bom que se espelhasse também na sociedade “eclesial”, que produz homens e mulheres de virtudes heroicas. Chamamos de herói e heroína quem viveu de verdade as virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade, e as virtudes cardiais da prudência, da justiça, da fortaleza e da temperança. Estes aprenderam a mansidão e a humildade do Rei que vem montado no jumentinho.
“Cada um tem sua cidade de nascimento”, diz o salmista. “Um nasceu aqui, outro ali; todos, porém, nasceram em Sião.” Mais do que um lugar, Sião é um estado de espírito. O que se faz quando a alma é pequena e o ministério, medíocre? Que resposta se dá quando o profeta pergunta de Jerusalém se “é esta a cidade chamada a mais bela, a alegria de toda a terra?”. Já ouvimos de Fernando Pessoa que: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”, e por experiência sabemos que, para ministério medíocre, ministros medíocres bastam!
Os filhos e as filhas de Sião somos nós, nem sábios nem entendidos, mas pequeninos, com estado de espírito elevado, que dispensam carros e cavalos e seguem o Rei manso e pobre montado num burrico. Nossos corpos mortais, que se cansam e se arrastam sob o peso que carregam, elevam-se no voo do Espírito que habita em nós e nos dá vida.