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Sábado, 22 de Junho de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida
Santo do dia 31 de março
Santo Amós
Profeta (século VIII a.C.)
Santo Amós
Rebeca Venturini / FC

Entre os grandes profetas de Deus, Amós foi o primeiro a deixar suas mensagens por escrito, encabeçando uma lista na qual se sucedem: Oseias, Isaías, Jeremias e outros. Com o desenvolvimento e a popularização da escrita, no século VIII a.C., as profecias passaram a ser registradas e distribuídas com mais rapidez e eficiência do que com o método oral, expandindo a comunicação da Palavra do Criador.

Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus. Por isso, são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade do Senhor para aquele momento histórico, denunciando tudo aquilo que fere a vontade de Deus.

Assim aconteceu com o profeta Amós, cujas profecias ficaram para a posteridade, embora pouco tenha sobrevivido de sua história pessoal. Sabe-se ainda que, antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, mas não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções. Um pequeno sítio, talvez, com condições razoáveis para garantir-lhe o sustento, onde permaneceu muito tempo, pois nem pertencia à corporação oficial dos profetas.

Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior. Pregou depois durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 783 e 743 antes de Cristo.

Julgam os historiadores que Amós era ainda muito jovem quando recebeu um chamado irresistível de Deus para proclamar suas mensagens. Os Escritos registram também que seu trabalho espiritual abriu uma esperança para o povo, que sentia o peso do Senhor sobre certos habitantes.

Seu ministério profético teve início quando o povo de Israel vivia a divisão entre norte e sul. Amós, embora originário do sul, profetizou no norte, que viveu períodos de instabilidade econômica alternados com anos de prosperidade, apesar de desigual: de um lado, havia luxo e fartura; de outro, empobrecimento e miséria.

E Amós deixa claro que junto a tudo isso vem a decomposição social, a corrupção religiosa e a falsidade no culto. O culto em sua falsidade encobria um grande pecado: a injustiça social.

Texto: Paulinas Internet