A arte da culinária é exigente. Requer muita inspiração, criatividade, versatilidade, dedicação e amor à profissão. Por isso, a primeira coisa que vem à nossa lembrança é o Chef de cuzine francês.

Eles só ganharam a notoriedade e a respeitabilidade que ainda possuem a partir de 1533, quando Catarina de Médici tirou a cozinha francesa do primitivismo da Idade Média e a fez ingressar no esplendor da renascença.

Nascida em Florença, essa italiana desembarcou em Marselha com um dote que incluía preciosos livros de receitas e um séquito de cozinheiros florentinos. Com eles, os cozinheiros franceses aprenderam a lidar com o açúcar, um ingrediente que ignoravam. Passaram a usar o garfo, a degustar o licor e a fazer de cada refeição um verdadeiro banquete. Por coincidência ou não, a partir de Catarina de Médici, a cozinha francesa se transformou, e pode-se dizer que cozinheiro passou a ser uma profissão.

Atualmente, o cozinheiro é o profissional que organiza, coordena e controla todas as atividades que se desenrolam em uma cozinha. Ele tem de planejar e organizar a produção de refeições diárias ou de eventos especiais, como banquetes ou semanas gastronômicas, elaborar cardápios, planejar a aquisição dos produtos alimentares necessários em função do número de refeições a serem produzidas e controlar os estoques existentes.

O chefe de cozinha é um administrador, e dele depende a organização de toda atividade realizada na cozinha, desde sua preparação para a realização do trabalho diário até sua limpeza ao fim do dia. Como bom gestor, coordena as equipes que estão sob seu comando, a partir do treinamento e da integração dos novos auxiliares.

Por ser uma profissão rigorosa e de grande responsabilidade, é necessário que o cozinheiro se identifique com os objetivos e a cultura da empresa para a qual trabalha. Precisa ser criativo e dinâmico na elaboração de novas receitas da cozinha trivial ou da sofisticada e na forma de apresentação de pratos salgados e doces. Tem de conseguir trabalhar em equipe, aceitar novas ideias e saber integrá-las, ao mesmo tempo em que lidera as pessoas que estão sob suas ordens.

Para ter boa posição no mercado de trabalho, é necessário que tenha um bom domínio sociocultural, ou seja, conhecimentos básicos dos idiomas inglês e francês no contexto da atividade profissional, iniciação à informática e escolaridade de nível técnico em culinária. Hoje há uma exigência da legislação para o conhecimento técnico das normas de saúde, higiene e manipulação de alimentos e da segurança do trabalho.