A profissão de guia de turismo está regulamentada pela Lei n. 8.623, de 28 de janeiro de 1993. Esse profissional vem se destacando no cenário turístico brasileiro, mas enfrenta alguns problemas relacionados à falta de fiscalização. Muitas pessoas que não possuem o curso de Guia de Turismo acabam tomando o lugar de guias especializados. O pior é que algumas agências de turismo contratam essas pessoas, oferecendo um pagamento inferior ao estipulado pela tabela do sindicato, que varia de acordo com as horas de serviço, número de turistas atendidos e idiomas utilizados. Algumas agências chegam a contratar motoristas que trabalham, também, como guias e até recreadores. Eles se ocupam apenas do entretenimento e esquecem um item fundamental, que é a explicação turística do passeio.
Para combater esse tipo de procedimento, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), está enviando às escolas e ao público consumidor, de uma maneira geral, textos com informações sobre os passeios que realizam com pessoas físicas. A ABAV orienta as instituições a realizar excursões somente através de agências de turismo inscritas na Embratur, evitando qualquer responsabilidade jurídica por parte da escola em um eventual problema.
Para quem está começando agora, consolidar o nome no mercado é uma tarefa difícil e exige muita disposição. Acordar cedo, manter sempre o bom humor e conhecer a história de cada pedacinho da cidade, sabendo passar as informações de forma interessante, são apenas algumas das características que um bom guia de turismo deve apresentar.
Os preparativos para os passeios, geralmente, são realizados de manhã cedo, a começar pela revisão do roteiro, checagem de passageiros e outros detalhes junto à agência. Com grupos de crianças, de adolescentes ou da terceira idade, brasileiros ou estrangeiros, o guia deve estar preparado para imprevistos no percurso. Para driblar as situações difíceis, deve recorrer a muita diplomacia e ter “jogo de cintura”. É necessário sempre analisar o perfil de cada grupo e trabalhar de acordo com ele, respeitando seus gostos e aprofundando-se em temas que são de interesse geral.
Um bom guia de turismo tem que ter facilidade de comunicação e formação geral em Geografia e procurar estar bem informado sobre os assuntos ligados à história e às manifestações artísticas do local em que vai trabalhar. Essa atitude faz com que se torne um profissional respeitado no setor.
Apesar de a profissão ter sido oficializada, muitos itens da lei são burlados com frequência, devendo ser conferidos pelos clientes, como, por exemplo, o uso obrigatório e visível da carteira de identificação da Embratur.