Em novembro de 1907, o Brasil e o Japão firmaram um contrato de imigração, em São Paulo, mas a imigração japonesa só teve início em 18 de junho de 1908. O vapor Kasato Maru, que ancorou no Porto de Santos, trouxe 781 imigrantes, que se dirigiram a São Paulo, capital, para pousar na Hospedaria dos Imigrantes, atual Museu do Imigrante. Depois, seguiram para as fazendas de café localizadas no interior do estado de São Paulo e em outros estados.
A imigração japonesa ao Brasil foi suspensa em 1941, em razão da Segunda Guerra Mundial, mas reiniciou em 1952. A maioria dos imigrantes pós-guerra desembarcou no Brasil em 1959.
Na década de 1960, o Japão iniciou uma fase de grande prosperidade e rápido crescimento econômico; o mesmo ocorreu com a economia do Brasil, que não precisava mais de agricultores estrangeiros. Em virtude disso, as relações nipo-brasileiras, nesse período, passaram do predomínio da imigração para o intercâmbio econômico. Houve, pois, aumento do comércio, do número de investimentos e das cooperações econômicas e técnicas entre os dois países.
Depois desse período, o Brasil estabeleceu que só receberia os imigrantes que viessem com capital financeiro para investir em empreendimentos agrícolas ou profissionais qualificados no setor industrial. Alguns milhares de japoneses que se achavam nessas condições se radicaram no País.
No final da década de 1970, a colônia japonesa já era conhecida por seu poder aquisitivo elevado e por sua posição social bem destacada.
Entretanto, o percurso foi longo, repleto de dificuldades e dramas, apesar do progresso. Esses imigrantes não esmoreceram diante do árduo trabalho e da grande diversidade de clima, idioma, costumes e cultura. Muitos morreram vitimados por doenças.
Em prol da família, porém, os imigrantes japoneses se dedicaram à agricultura, empenhados em um objetivo: educar os filhos e proporcionar-lhes uma boa formação escolar.
Hoje, o rosto oriental é encontrado não só na área agrícola, mas também nas mais diversas áreas: política, médica, tecnológica, empresarial, judicial, universitária e em outras profissões, pois a colônia japonesa continua contribuindo para o crescimento e para a formação da nação brasileira.
O Dia da Imigração Japonesa foi criado pela lei n. 11.142, de 14/7/2005.