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Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 15/12/2024

3º Domingo do Advento - Ano C - Roxa
1ª Leitura: Sf 3,14-18a Salmo: (Sl)Is 12,2-6 - O Senhor é minha salvação. 2ª Leitura: Fl 4,4-7
evangelho
A pregação de João Batista - Lc 3,10-18

As multidões lhe perguntavam: “Então o que devemos fazer?” Ele lhes respondia: “Quem tiver duas túnicas compartilhe com aquele que não tem; quem tiver o que comer faça o mesmo!” Também alguns coletores de impostos foram para ser batizados e lhe perguntaram: “Mestre, que devemos fazer?” Ele lhes disse: “Não cobreis mais do que vos foi estabelecido!” Alguns soldados também o interrogaram: “E nós, que devemos fazer?” Ele lhes disse: “Não chantageeis ninguém, não façais falsas acusações e contentai-vos com vosso salário!” O povo estava na expectativa, e todos perguntavam em seus corações a respeito de João: “Não seria ele o Cristo?” Tomando a palavra, João disse a todos: “Eu vos batizo com água, mas vem o mais forte que eu, de quem não estou à altura de desatar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará com Espírito Santo e fogo. O forcado está em sua mão para limpar sua eira e recolher o trigo em seu celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível”. Assim, e com muitas outras exortações, ele anunciava o evangelho ao povo.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

3º Domingo do Advento. Neste tempo de preparação para o Natal, a liturgia nos apresenta a figura de João Batista , o percursor de Jesus na vida pública. Ele apresenta Jesus e nos conclama: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas estradas”.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
“Senhor Deus, João Batista apontava a presença de vosso Filho Salvador entre nós. Que nossas vidas, crescendo no amor a vós e aos irmãos, sejam como velas acesas a testemunhar a vinda crescente de vosso Reino ao coração do mundo.”




Oremos: “Pai, que a presença de teu Filho Jesus, na história, leve à plenitude a obra de tua criação, fazendo desabrochar, em cada coração humano, o amor para o qual foi criado. Amém.”

Leitura (Verdade)

A exemplo de João Batista e de Maria somos convidados e enviados para aplainar os caminhos, preparando o coração das pessoas para o nascimento de uma nova vida na qual reine a justiça e a paz.

Evangelho: Lc 3,10-18 “As multidões lhe perguntavam: “Então o que devemos fazer?” Ele lhes respondia: “Quem tiver duas túnicas compartilhe com aquele que não tem; quem tiver o que comer faça o mesmo!” Também alguns coletores de impostos foram para ser batizados e lhe perguntaram: “Mestre, que devemos fazer?” Ele lhes disse: “Não cobreis mais do que vos foi estabelecido!” Alguns soldados também o interrogaram: “E nós, que devemos fazer?” Ele lhes disse: “Não chantageeis ninguém, não façais falsas acusações e contentai-vos com vosso salário!” O povo estava na expectativa, e todos perguntavam em seus corações a respeito de João: “Não seria ele o Cristo?” Tomando a palavra, João disse a todos: “Eu vos batizo com água, mas vem o mais forte que eu, de quem não estou à altura de desatar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará com Espírito Santo e fogo. O forcado está em sua mão para limpar sua eira e recolher o trigo em seu celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível”. Assim, e com muitas outras exortações, ele anunciava o evangelho ao povo.”

“Dentre as multidões que acorriam ao batismo de João, destacam-se três grupos de pessoas: os fariseus, os publicanos e os soldados. A todos o profeta pede a decisão de mudar de rumo. Aponta um caminho de interiorização pelo amor e pela prática da justiça, na solidariedade com os mais fracos e empobrecidos. É o ponto de partida de todo processo de conversão. João aponta o caminho, Jesus ensina como caminhar. Advento é momento de acolher o apelo do Batista, que nos faz refletir como concretamente viver a conversão, que, por sua vez, vai se construindo à medida que respondemos a pergunta: “E nós, o que devemos fazer?”. A resposta é sempre nova para o cristão comprometido com a proposta do Evangelho.” (Viver a Palavra – 2024. Ir. Carmen Maria Pulga - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

O que é tortuoso precisa ser endireitado; o áspero, aplainado, alisado.
Como está meu caminho para o Senhor, Ele que vem através dos acontecimentos da história e das relações humanas?
João é transparente, vai ao cerne da questão, sem se perder em ninharias e futilidades. “Eu não sou o Messias.” “Quem tiver duas túnicas...”. Tenho o coração aberto e solidário?
No Espírito Santo temos tudo para continuar a missão de João e a de Jesus? Você está disposto/a?

Oração (Vida)

Aproxime-se do Senhor, Deus de amor e bondade, e faça a sua oração. Vamos pedir a Deus que continue insistindo conosco mesmo quando resistimos, somos lentos ou indiferentes em responder aos seus apelos e convites. Apresente suas intenções e preocupações ao Senhor...
“Ó Deus de bondade, te agradecemos por nos ter dado teu Filho Jesus como nosso Salvador. Ele é para nós o Caminho, a Verdade e a Vida. Nele encontramos a esperança, a alegria e a paz. Fortaleça-nos na caminhada rumo ao Natal do Senhor, que alegres e vigilantes aguardamos. Amém.”

Contemplação (Vida e Missão)

Qual novo olhar nasceu em você, a partir da palavra? Quais compromissos você deseja concretizar em sua vida?

Bênção

Sejas bendito, Príncipe da Paz, Senhor sempre fiel às tuas promessas e a aliança de amor, porque em Cristo, teu Filho, iluminastes a nossa vida com o esplendor da tua presença. Concede-nos acolher a tua luz e tornar essa celebração de Natal uma aproximação de tua paz e de teu amor em nossas vidas.

Ir. Carmen Maria Pulga

A Palavra do Senhor foi dirigida a São João Batista no deserto, e ele clamou: “Preparem o caminho do Senhor. Todos verão a salvação de Deus”. No rio Jordão, ele batizava um batismo de conversão para o perdão dos pecados. Muita gente vinha até ele e perguntava o que fazer. As respostas eram diretas, e valem também para nós, se quisermos preparar o caminho do Senhor que vem no fim dos tempos, que vem no Natal, que vem diariamente na Eucaristia. Para que a Eucaristia não seja apenas rito, o que devemos fazer? Para todos ele dizia: “Partilhe o que você tem com quem não tem. Tem duas túnicas? Dê uma. Tem comida? Faça o mesmo”. Nenhuma dificuldade para nós, que conhecemos as perguntas que Jesus nos fará no dia do julgamento, como lemos em São Mateus: “Eu tive fome e você me deu de comer, eu tive sede e você me deu de beber, eu estava nu e você me vestiu”. Ouvimos agora a mesma coisa da boca de São João Batista. Os publicanos, cobradores de impostos, também estavam por lá. A eles, dizia o Batista, “não cobrem mais do que foi estabelecido. Não roubem, não desviem dinheiro que não é seu”. Bastaria isso entre nós: que os que roubam entrassem nas águas e saíssem convertidos. Roubam os grandes, roubam os pequenos, e roubar torna-se uma cultura. Só não rouba quem não é esperto, e quando alguém devolve o que não é seu, sai no noticiário como algo extraordinário. Vieram também os soldados e ouviram de João que não deviam maltratar ninguém, que não deviam tomar dinheiro à força, nem fazer denúncias falsas e contentar-se com o próprio salário, esperando que o salário fosse justo. Acontecia o que supomos que aconteça em nossas pias batismais, que quem se faz batizar esteja disposto a mudar de vida. Muitos pensavam que João fosse o Messias, mas não era. Ele mesmo anunciou que depois dele viria aquele que iria batizar com o Espírito Santo e com fogo. O Espírito Santo, o Amor na Trindade, se tornaria a vida de quem foi batizado; e o fogo purificaria a intenções e queimaria a palha. Este terceiro domingo do Advento é chamado na liturgia de Domingo da Alegria, porque a festa do Natal se aproxima. O profeta Sofonias convida a filha de Sião, o povo de Israel e todos nós, a cantar de alegria, porque o Senhor está entre nós, afastou os inimigos e aboliu a sentença de condenação que pesava contra nós. Já não precisamos mais ter medo. O Senhor está ao nosso lado como valente libertador. E também a Carta aos Filipenses nos chama à alegria. Alegrem-se no Senhor, alegrem- -se. O Senhor está próximo, que todos possam conhecer a nossa bondade. A paz de Deus guardará os nossos corações e os nossos pensamentos no Cristo Jesus que vem. Ouvimos de João Batista que é preciso preparar o caminho do Senhor, removendo obstáculos para que ele possa passar quando vier ao nosso encontro, e ouvimos que a conversão se vê na remoção dos obstáculos que se encontram em nossas atitudes. Para que tais atos não sejam remendo novo em pano velho, o que há de vir nos batizará no Espírito Santo e no fogo, colocando-nos em um novo estado de vida. Não saímos das águas do batismo com remendos novos em nossa velha criatura. Saímos nova criatura. Realidade que supera todo entendimento!

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.