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Sábado, 19 de Abril de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 17/04/2025

Ceia do Senhor -Semana Santa - Ano C - Branca
1ª Leitura: Ex 12,1-8.11-14 Salmo: Sl 115(116B) - Levantarei uma taça de salvações. 2ª Leitura: 1Cor 11,23-26
evangelho
Se eu, senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros - Jo 13,1-15

Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara sua hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Durante uma ceia – o Diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o desígnio de entregá-lo –, sabendo que o Pai tudo dera em suas mãos e que de junto de Deus ele saíra e que para Deus voltava, levantou-se de seu lugar na ceia, tirou o manto e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, colocou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com a qual estava cingido. Veio, então, a Simão Pedro, que lhe disse: “Senhor, tu, lavar-me os pés?” Respondeu-lhe Jesus: “O que eu estou fazendo não o sabes agora; passadas estas coisas, porém, tu o compreenderás”. Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés”. Respondeu-lhe Jesus: “Se não te lavar, não terás parte comigo”. Disse-lhe Simão Pedro: “Senhor, não somente meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. Disse-lhe Jesus: “Quem já se banhou não tem necessidade senão de lavar os pés, pois já está todo puro. Vós também estais puros, mas não todos”. Ele sabia quem o estava entregando, por isso disse: “Nem todos estais puros”. Quando terminou de lavar-lhes os pés, retomou seu manto, voltou para seu lugar na ceia e disse-lhes: “Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais de mestre e senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Se eu, senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Eu vos dei um exemplo para que, como eu vos fiz, também vós façais.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Conforme a concepção judaica, os dias de festa iniciam sempre na tarde do dia anterior. A liturgia cristã segue a mesma compreensão. Por isso, a tardinha da Quinta-feira Santa já faz parte do Tríduo Pascal.
A liturgia de hoje é marcada sobretudo pela comemoração da última ceia e a instituição da Eucaristia, com a cerimônia do lava-pés, que nos ensina que o discípulo que deseja seguir ao mestre Jesus Cristo, deve pôr-se a serviço do próximo.



Oração: “Senhor Jesus, dá-me um coração simples para compreender a riqueza de ensinamentos escondida em Tua Palavra. Envia Teu Espírito Santo para que eu não tenha medo de escutá-la e vivê-la conforme a Tua vontade. Que a Palavra transforme o meu coração através da fé e confiança que eu deposito em Ti. Amém.”

Leitura (Verdade)

A Palavra faz ressoar na Igreja e em cada coração, a verdade do amor, manifestado na solidariedade e na entrega da vida.

Evangelho: Jo 13,1-15 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara sua hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou‑os até o fim. Durante a ceia – o Diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o desígnio de entregá‑lo –, sabendo que o Pai tudo dera em suas mãos e que de junto de Deus ele saíra e que para Deus voltava, levantou‑se de seu lugar na ceia, tirou o manto e, tomando uma toalha, cingiu‑se com ela. Depois, colocou água em uma bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxuga‑los com a toalha com a qual estava cingido. Veio, então, a Simão Pedro, que lhe disse: “Senhor, tu, lavar‑me os pés?” Respondeu‑lhe Jesus: “O que eu estou fazendo não o sabes agora; passadas estas coisas, porém, tu o compreenderás”. Disse‑lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés”. Respondeu‑lhe Jesus: “Se não te lavar, não terás parte comigo”. Disse‑lhe Simão Pedro: “Senhor, não somente meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. Disse‑lhe Jesus: “Quem já se banhou não tem necessidade senão de lavar os pés, pois já está todo puro. Vós também estais puros, mas não todos”. Ele sabia quem iria entrega‑lo, por isso disse: “Nem todos estais puros”. Quando terminou de lavar‑lhes os pés, retomou seu manto, voltou para seu lugar na ceia e disse‑lhes: “Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais de mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Se eu, Senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Eu vos dei um exemplo para que, como eu vos fiz, também vós façais. Jesus: “O que eu estou fazendo não o sabes agora; passadas estas coisas, porém, tu o compreenderás”.

“A Quinta-feira Santa é o início do Tríduo da Páscoa, quando a Igreja, com ritos, gestos, símbolos, cânticos e leituras bíblicas, revive o memorial do Mistério Pascal do Senhor. Conforme o Evangelho desta noite, Jesus, no Cenáculo, se revela aos amigos como Mestre e diz o que é preciso fazer para entrar em seu discipulado: “Vós me chamais de mestre e senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Se eu, senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros”. Eram os servos ou escravos que se ajoelhavam no chão para retirar as sandálias e, depois, para lavar e secar os pés dos senhores. Jesus se faz servo e propõe aos discípulos a prática do amor serviçal. Só repete esse gesto livremente quem tem grandeza interior como Jesus.” (Viver a Palavra – 2025. Ir. Maria Inês Carniato, fsp - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Tome consciência do movimento interno que a palavra suscitou em você, preste atenção aos seus pensamentos, sentimentos, iluminação, inspiração, apelos...
O rito do lava-pés é um gesto carregado de amor, misericórdia e doação total. O Mestre dos mestres se curva para lavar os pés, abaixa-se para servir o ser humano. Com esse gesto, Jesus desconcerta seus discípulos, invertendo a lógica social comum. Jesus se abaixa em atitude de serviço e doação mesmo diante daquele que, em seguida, o trairá.
A pergunta é: Como nós, cristãos, tratamos os que nos traem, abandonam, decepcionam e nos ferem?

Oração (Vida)

Este é o momento de permanecer em profunda contemplação e gratidão pelo grande dom da Eucaristia e do sacerdócio...
Se desejar pode concluir com esta prece do beato Tiago Alberione:
“Ó Jesus Divino Mestre, dou graças e bendigo ao vosso amorosíssimo Coração pelo grande dom da Eucaristia. Vosso amor vos leva a habitar no santo tabernáculo, e renovar vossa Paixão na Santa Missa, a dar-vos em alimento de nossas almas na comunhão.
Que eu vos conheça ó Deus escondido. Que eu beba das águas salutares na fonte de vosso amor. Concedei-me a graça de compreender e participar ativamente da missa, de comungar frequentemente com as devidas disposições.”

Contemplação (Vida e Missão)

Contemple a presença de Deus iluminando, trazendo paz, apontando sentido para algum serviço que vossa possa realizar ao próximo.

Bênção

Benção especial da Quaresma
- Deus Pai de misericórdia, conceda a todos, como concedeu ao filho pródigo, a alegria do retorno a casa. Amém.
- O Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, nos guie nesta jornada quaresmal a uma verdadeira conversão. Amém.
- O Espírito de sabedoria e fortaleza nos sustente na luta contra o mal, para podermos com Cristo celebrar a vitória da Páscoa. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Chegamos ao Tríduo Pascal. Depois da missa dos Santos Óleos, onde serão abençoados os óleos dos catecúmenos, dos enfermos e do crisma, na manhã de hoje, celebramos à noite a missa da Ceia do Senhor ou a Instituição da Eucaristia. Também popularmente conhecida como missa do “Lava-pés”, é ocasião para se mergulhar no chamado a amar e servir os irmãos. Finalmente é chegada a hora em que Jesus irá ser glorificado. O texto já prefigura todo o mistério pascal. No gesto de se dispor do manto, cingir-se com a toalha e lavar os pés dos discípulos, o Mestre se rebaixa por amor e, na condição de servo, dá o exemplo aos discípulos. Pedro se opõe ao gesto; não o compreende. Se o apóstolo não obedecê-lo, não terá parte com ele, ou seja, não terá comunhão plena com o Mestre. A lógica de Jesus é paradoxal para este mundo. Não há lugar para poder, prestígio e opressão. A marca do discípulo é o amor que transborda no serviço; este, por sua vez, gera amor, porque vê no outro a gratidão de ser servido. Amor e serviço se alimentam e contagiam aqueles que se deixam tocar pela graça de Deus.

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.