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Quarta-feira, 08 de Janeiro de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 07/01/2025

S. Raimundo de Penyafort - Ano C - Branca
1ª Leitura: 1Jo 4,7-10 Salmo: Sl 71(72) - Que todas as nações lhe sirvam.
evangelho
“Dai-lhes vós mesmos de comer!” - Mc 6,34-44

Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e foi tomado de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor, e começou a ensinar-lhes muitas coisas. Sendo já a hora muito avançada, seus discípulos aproximaram-se dele e diziam: “O lugar é deserto, e a hora já muito avançada. Despede-os, para que, indo aos campos e povoados em torno, comprem para si o que comer!” Ele, porém, respondeu-lhes: “Dai-lhes vós mesmos de comer!” Disseram-lhe: “Saindo, compraríamos duzentos denários de pão e lhes daríamos de comer?” Ele lhes disse: “Quantos pães tendes? Ide ver!” Tendo verificado, disseram: “Cinco, e dois peixes”. E ordenou-lhes que se recostassem todos, em turmas de convivas, sobre a relva verde. Sentaram-se em grupos de cem e de cinquenta. Então tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou o olhar ao céu, bendisse e partiu os pães, e dava a seus discípulos para que os distribuíssem, e os dois peixes dividiu entre todos. Todos comeram e ficaram saciados. E recolheram as sobras: doze cestos cheios, também com os peixes. 44 E os que comeram os pães eram cinco mil homens.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

Em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo. Amém.
Jesus revela ao povo o amor de Pai que Deus tem por seus filhos. Além de providenciar o alimento lhes ensina muitas coisas. A Palavra de Jesus satisfaz a multidão abandonada e desorganizada por falta de pastores. E após saciar o povo com a palavra, ele oferece também o pão da vida.




Vinde, Espírito Santo, e dai-nos o dom da sabedoria, para que possamos avaliar todas as coisas à luz do Evangelho e ler nos acontecimentos da vida os projetos de amor do Pai.

Leitura (Verdade)

Destaque os verbos de ação que estão neste texto. Qual é o olhar de Jesus diante da multidão? Qual o olhar dos discípulos? Qual o seu olhar sobre este relato do Evangelho?

Evangelho: Mc 6,34-44 “Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e foi tomado de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor, e começou a ensinar-lhes muitas coisas. Sendo já a hora muito avançada, seus discípulos aproximaram-se dele e diziam: “O lugar é deserto, e a hora já muito avançada. Despede-os, para que, indo aos campos e povoados em torno, comprem para si o que comer!” Ele, porém, respondeu-lhes: “Dai-lhes vós mesmos de comer!” Disseram-lhe: “Saindo, compraríamos duzentos denários de pão e lhes daríamos de comer?” Ele lhes disse: “Quantos pães tendes? Ide ver!” Tendo verificado, disseram: “Cinco, e dois peixes”. E ordenou-lhes que se recostassem todos, em turmas de convivas, sobre a relva verde. Sentaram-se em grupos de cem e de cinquenta. Então tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou o olhar ao céu, bendisse e partiu os pães, e dava a seus discípulos para que os distribuíssem, e os dois peixes dividiu entre todos. Todos comeram e ficaram saciados. E recolheram as sobras: doze cestos cheios, também com os peixes. 44 E os que comeram os pães eram cinco mil homens.”

Ter compaixão quer dizer sofrer junto com alguém, ser sensível e ajudar no que estiver ao nosso alcance. Ao ouvir a palavra “paixão”, logo pensamos em um amor intenso, amor que dói muito quando o ser amado está ausente. Nesta narrativa do Evangelho, vemos que Jesus é tomado de compaixão pela fome que atormentava a multidão de adultos e crianças naquele lugar deserto. Entra em cena, então, o outro lado da paixão, o amor que move a agir e a aliviar a aflição de quem sofre. Ao aconselhar os discípulos a partilharem o pouco que havia para comer, Jesus multiplica o dom da vida e da felicidade que vem de Deus Pai por meio da partilha, até todos ficarem saciados. (Viver a Palavra – 2025 - Ir. Maria Inês Carniato, fsp- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

TEM GOSTO DE DEUS (Pe. Zezinho, scj)
“Tem gosto de Deus o pão que a gente parte e reparte.
Tem gosto de céu o pão que se ganhou com suor.
Tem gosto de paz o pão que o povo não desperdiçou. “

Que gosto tem seus gestos de partilha? É o gosto do Deus da gratuidade ou gosto de egoísmo?
“Dai-lhes vós mesmos de comer”. Qual sua resposta diante deste convite do Senhor?

Oração (Vida)

“Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado no sentido da santa Igreja. Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus. Um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos. Um coração grande e forte para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa. Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir, humilde e fielmente, a vontade do Pai. Amém” (Paulo VI).

Contemplação (Vida e Missão)

Sintetize em poucas palavras o apelo que você sentiu em seu coração, para colocá-lo em prática durante o dia. O que você se propõe a viver hoje?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém

Ir. Carmen Maria Pulga

A multiplicação dos pães aparece nos quatro evangelhos. A multidão faminta desperta a compaixão de Jesus, que age em favor dela. A cena faz lembrar a Deus, que vê a aflição do povo faminto no deserto, sente compaixão e age, enviando o maná para saciá-lo. Os discípulos também estão incomodados, mas sua reação é diferente: despedir todos para que cada um encontre algo para comer. Jesus convida-os a compartilhar sua compaixão e toma para si a ação de alimentá-los. Eles se veem limitados para dar de comer a tanta gente. O que lhes resta é oferecer o que têm e obedecer ao Mestre. Jesus abençoa os cinco pães e os dois peixes e os dá aos seus discípulos para distribuírem entre a multidão. Essa sequência de ações lembra a última ceia (Mc 14,22) e aponta para o banquete eucarístico, sinal de saciedade e de abundância. Assim deve acontecer no banquete messiânico no final dos tempos. Logo, quem experimenta a abundância desse banquete é chamado a exercer a misericórdia, a exemplo do Mestre, e a transbordar na partilha com os irmãos.

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.