Evangelho do dia 31/03/2024
Domingo da Páscoa da Ressureição do Senhor - Ano B - Branca
Ele viu e acreditou - Jo 20,1-9
No primeiro dia da semana, Maria de Mágdala foi ao sepulcro bem cedo, quando ainda estava escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Foi, então, correndo até Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse‑lhes: “Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram”. Saiu, então, Pedro e, com ele, o outro discípulo, e foram ao sepulcro. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo depressa passou à frente de Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo‑se inclinado, viu os panos de linho depostos. Ele, todavia, não entrou. Chegou, então, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro. Também ele viu os panos de linho depostos, e o sudário, que tinha estado na cabeça de Jesus, o qual não estava com os panos de linho, mas dobrado e deposto em um lugar à parte. Então aquele outro discípulo que tinha chegado primeiro também entrou no sepulcro. Ele viu e acreditou. De fato, ainda não tinham compreendido a Escritura: que era preciso que ele ressuscitasse.
A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.Oração Inicial
No domingo de Páscoa, refulge o mistério da Ressurreição do Senhor. Radiantes porque Cristo ressuscitou, proclamemos hoje a nossa fé pascal com a mesma solenidade com a qual a primeira Igreja, que nascia no cenáculo de Jerusalém, também a proclamou e celebrou.
Oremos: “Ó Deus, no dia de hoje, por vosso Filho, vencedor da morte, nos abristes as portas da vida eterna. Concedei que, celebrando a solenidade da ressurreição renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos para a luz da vida. Amém.”
Leitura (Verdade)
No Evangelho de hoje encontramos um itinerário de fé que vai se processando por etapas. Leia-o com atenção
Evangelho: Jo 20,1-9 (M. vésp. Lc 24,13-35 No primeiro dia da semana, Maria de Mágdala foi ao sepulcro bem cedo, quando ainda estava escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Foi, então, correndo até Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse‑lhes: “Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram”. Saiu, então, Pedro e, com ele, o outro discípulo, e foram ao sepulcro. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo depressa passou à frente de Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo‑se inclinado, viu os panos de linho depostos. Ele, todavia, não entrou. Chegou, então, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro. Também ele viu os panos de linho depostos, e o sudário, que tinha estado na cabeça de Jesus, o qual não estava com os panos de linho, mas dobrado e deposto em um lugar à parte. Então aquele outro discípulo que tinha chegado primeiro também entrou no sepulcro. Ele viu e acreditou. De fato, ainda não tinham compreendido a Escritura: que era preciso que ele ressuscitasse.
“Páscoa é o início da nova realidade em Cristo. A ressurreição de Jesus é a vitória do bem sobre o mal, da vida sobre a morte. Os discípulos ainda não tinham compreendido a Escritura. Depois compreenderam. O caminho da comunidade foi o da fé. Essa verdade chega à plenitude com as aparições do Ressuscitado e com a descida do Espírito Santo. Quem é discípulo, vê o tempo todo com os olhos da fé. Madalena, Maria e os discípulos que viram e testemunharam a presença de Cristo ressuscitado são os nossos modelos de fé cristã. Graças ao testemunho deles, podemos compreender e sobretudo crer. Ele está vivo e está no meio de nós. O dia da ressurreição é o dia do túmulo vazio, que nos leva a uma visão de fé.” (Viver a Palavra – 2024 - Ir. Carmen Maria Pulga - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O que o texto diz a você? Leia novamente o Evangelho e permita que a Palavra o/a toque.
Os projetos de Deus são tão diferentes dos nossos que até os discípulos mais próximos de Jesus, por vezes, tem necessidade de ver para crer. E, até hoje, quantas vezes nós temos dificuldade para crer que o Senhor está conosco, no meio de nós?
A alegria da Páscoa só amadurece num terreno em que se plantou um amor fiel e comprometido com o Senhor Jesus. Avalie sua vida à luz desta verdade....
Recusar a fé na ressurreição é perder a própria vida. “Minha vida está escondida com Cristo em Deus” ( Col. 3,3); sinto em mim o pulsar de sua vida ressuscitada?
Tenho medo de ressuscitar ou não ressuscitar?
Como está minha fé na ressurreição?
Oração (Vida)
Salmo 117 (118)
Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria.
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel: é eterna a sua misericórdia.
A mão do Senhor fez prodígios, a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei de viver, para anunciar as obras do Senhor.
A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor: é admirável aos nossos olhos
Contemplação (Vida e Missão)
O que o Evangelho o/a leva a experimentar?
Você tem procurado Jesus? Como você quer proclamar que Ele está vivo?
Bênção
Páscoa! Mergulhada no coração da nossa fé! Mergulhada nas fontes do nosso Batismo! Hoje, a Ressurreição de Cristo é para nós algo mais que um vago sentimento. A Ressurreição de Cristo é o "dínamo" das nossas vidas de batizados. A Ressurreição de Cristo é a energia que nos envia a testemunhar: "Cristo está vivo! Nós o encontramos!
No centro da nossa fé está a ressurreição de Cristo. Se Cristo não ressuscitou, a Igreja não tem sentido, a vida humana não tem sentido. Pior. Começa a ter sentido o que já cantamos sobre o desencanto da vida, que foi uma longa noite de fracassos, que nos deixou descrentes, cheios de cansaço, “cansaço da vida, cansaço de mim, velhice chegando e eu chegando ao fim”. Um fim melancólico, que leva ao nada da terra fria. A poetisa argentina Maria Elena Walsh, independentemente da fé que possa ter tido, ao considerar a vida à luz da ressurreição, ou ao colocar a verdade da ressurreição dentro do dia a dia da nossa vida, dizia, de forma poética, que muitas vezes a mataram, muitas vezes ela morreu e, no entanto, “aqui estou ressuscitando”. E assim é de fato. Desde a ressurreição de Jesus, caminhamos não de fracasso em fracasso, e sim ressuscitando e cantando. Muitos nos matam durante esta vida, enquanto não chega a morte que nos faz passar da esperança à realidade. A poetisa contempla a cigarra que surge depois de um ano debaixo da terra como uma sobrevivente de guerra: “Tantas vezes te mataram, tantas ressuscitarás, quantas noites passarás desesperando, mas alguém te resgatará na hora do naufrágio para ir cantando”. Alguma coisa aconteceu e os evangelistas contam o ocorrido, com a transmissão oral da lembrança do que houve. Ele morreu crucificado, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Ressuscitou e foi visto. Este é o núcleo da nossa fé. Jesus está vivo e se deixa ver por algumas testemunhas que nos transmitem sua experiência com o Ressuscitado. A fé primitiva relata o acontecimento em quatro etapas bem determinadas: Jesus morreu, foi sepultado, ressuscitou e foi visto. Foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitou para a nossa salvação. Mais tarde os cristãos falarão do túmulo vazio. Maria Madalena vai ao túmulo, vê que a pedra que o fechava tinha sido retirada, corre ao encontro de Pedro e do Discípulo Amado e lhes diz que o corpo do Senhor tinha sido retirado do túmulo e não sabia onde estava. O túmulo vazio não é indício da ressurreição. O corpo podia ter sido tirado e colocado em outro lugar. Os dois discípulos correm até o túmulo. O Discípulo Amado chega primeiro, vê as faixas de linho no chão, mas não entra. Pedro chega, entra, vê as faixas no chão e o sudário dobrado em um lugar à parte. Entra então o Discípulo Amado. Ele vê o túmulo vazio e acredita que Jesus ressuscitou. O evangelista destaca a fé do discípulo para toda a comunidade dos seguidores de Jesus: discípulo é aquele que crê. Embora soubessem pela doutrina comum dos judeus que há uma ressurreição dos mortos, não tinham ideia do que isso pudesse significar. A sensibilidade de discípulo fez com que o Discípulo Amado percebesse que o corpo não tinha sido tirado. Algo mais tinha acontecido. O quê, de fato? Temos que esperar o testemunho dos que o viram.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.Evangelho do dia 31/03/2024
Domingo da Páscoa da Ressureição do Senhor - Ano B - Branca
Ele viu e acreditou - Jo 20,1-9
No primeiro dia da semana, Maria de Mágdala foi ao sepulcro bem cedo, quando ainda estava escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Foi, então, correndo até Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse‑lhes: “Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram”. Saiu, então, Pedro e, com ele, o outro discípulo, e foram ao sepulcro. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo depressa passou à frente de Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo‑se inclinado, viu os panos de linho depostos. Ele, todavia, não entrou. Chegou, então, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro. Também ele viu os panos de linho depostos, e o sudário, que tinha estado na cabeça de Jesus, o qual não estava com os panos de linho, mas dobrado e deposto em um lugar à parte. Então aquele outro discípulo que tinha chegado primeiro também entrou no sepulcro. Ele viu e acreditou. De fato, ainda não tinham compreendido a Escritura: que era preciso que ele ressuscitasse.
Oração Inicial
No domingo de Páscoa, refulge o mistério da Ressurreição do Senhor. Radiantes porque Cristo ressuscitou, proclamemos hoje a nossa fé pascal com a mesma solenidade com a qual a primeira Igreja, que nascia no cenáculo de Jerusalém, também a proclamou e celebrou.
Oremos: “Ó Deus, no dia de hoje, por vosso Filho, vencedor da morte, nos abristes as portas da vida eterna. Concedei que, celebrando a solenidade da ressurreição renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos para a luz da vida. Amém.”
Leitura (Verdade)
No Evangelho de hoje encontramos um itinerário de fé que vai se processando por etapas. Leia-o com atenção
Evangelho: Jo 20,1-9 (M. vésp. Lc 24,13-35 No primeiro dia da semana, Maria de Mágdala foi ao sepulcro bem cedo, quando ainda estava escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Foi, então, correndo até Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse‑lhes: “Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram”. Saiu, então, Pedro e, com ele, o outro discípulo, e foram ao sepulcro. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo depressa passou à frente de Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo‑se inclinado, viu os panos de linho depostos. Ele, todavia, não entrou. Chegou, então, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro. Também ele viu os panos de linho depostos, e o sudário, que tinha estado na cabeça de Jesus, o qual não estava com os panos de linho, mas dobrado e deposto em um lugar à parte. Então aquele outro discípulo que tinha chegado primeiro também entrou no sepulcro. Ele viu e acreditou. De fato, ainda não tinham compreendido a Escritura: que era preciso que ele ressuscitasse.
“Páscoa é o início da nova realidade em Cristo. A ressurreição de Jesus é a vitória do bem sobre o mal, da vida sobre a morte. Os discípulos ainda não tinham compreendido a Escritura. Depois compreenderam. O caminho da comunidade foi o da fé. Essa verdade chega à plenitude com as aparições do Ressuscitado e com a descida do Espírito Santo. Quem é discípulo, vê o tempo todo com os olhos da fé. Madalena, Maria e os discípulos que viram e testemunharam a presença de Cristo ressuscitado são os nossos modelos de fé cristã. Graças ao testemunho deles, podemos compreender e sobretudo crer. Ele está vivo e está no meio de nós. O dia da ressurreição é o dia do túmulo vazio, que nos leva a uma visão de fé.” (Viver a Palavra – 2024 - Ir. Carmen Maria Pulga - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O que o texto diz a você? Leia novamente o Evangelho e permita que a Palavra o/a toque.
Os projetos de Deus são tão diferentes dos nossos que até os discípulos mais próximos de Jesus, por vezes, tem necessidade de ver para crer. E, até hoje, quantas vezes nós temos dificuldade para crer que o Senhor está conosco, no meio de nós?
A alegria da Páscoa só amadurece num terreno em que se plantou um amor fiel e comprometido com o Senhor Jesus. Avalie sua vida à luz desta verdade....
Recusar a fé na ressurreição é perder a própria vida. “Minha vida está escondida com Cristo em Deus” ( Col. 3,3); sinto em mim o pulsar de sua vida ressuscitada?
Tenho medo de ressuscitar ou não ressuscitar?
Como está minha fé na ressurreição?
Oração (Vida)
Salmo 117 (118)
Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria.
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel: é eterna a sua misericórdia.
A mão do Senhor fez prodígios, a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei de viver, para anunciar as obras do Senhor.
A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor: é admirável aos nossos olhos
Contemplação (Vida e Missão)
O que o Evangelho o/a leva a experimentar?
Você tem procurado Jesus? Como você quer proclamar que Ele está vivo?
Bênção
Páscoa! Mergulhada no coração da nossa fé! Mergulhada nas fontes do nosso Batismo! Hoje, a Ressurreição de Cristo é para nós algo mais que um vago sentimento. A Ressurreição de Cristo é o "dínamo" das nossas vidas de batizados. A Ressurreição de Cristo é a energia que nos envia a testemunhar: "Cristo está vivo! Nós o encontramos!
No centro da nossa fé está a ressurreição de Cristo. Se Cristo não ressuscitou, a Igreja não tem sentido, a vida humana não tem sentido. Pior. Começa a ter sentido o que já cantamos sobre o desencanto da vida, que foi uma longa noite de fracassos, que nos deixou descrentes, cheios de cansaço, “cansaço da vida, cansaço de mim, velhice chegando e eu chegando ao fim”. Um fim melancólico, que leva ao nada da terra fria. A poetisa argentina Maria Elena Walsh, independentemente da fé que possa ter tido, ao considerar a vida à luz da ressurreição, ou ao colocar a verdade da ressurreição dentro do dia a dia da nossa vida, dizia, de forma poética, que muitas vezes a mataram, muitas vezes ela morreu e, no entanto, “aqui estou ressuscitando”. E assim é de fato. Desde a ressurreição de Jesus, caminhamos não de fracasso em fracasso, e sim ressuscitando e cantando. Muitos nos matam durante esta vida, enquanto não chega a morte que nos faz passar da esperança à realidade. A poetisa contempla a cigarra que surge depois de um ano debaixo da terra como uma sobrevivente de guerra: “Tantas vezes te mataram, tantas ressuscitarás, quantas noites passarás desesperando, mas alguém te resgatará na hora do naufrágio para ir cantando”. Alguma coisa aconteceu e os evangelistas contam o ocorrido, com a transmissão oral da lembrança do que houve. Ele morreu crucificado, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Ressuscitou e foi visto. Este é o núcleo da nossa fé. Jesus está vivo e se deixa ver por algumas testemunhas que nos transmitem sua experiência com o Ressuscitado. A fé primitiva relata o acontecimento em quatro etapas bem determinadas: Jesus morreu, foi sepultado, ressuscitou e foi visto. Foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitou para a nossa salvação. Mais tarde os cristãos falarão do túmulo vazio. Maria Madalena vai ao túmulo, vê que a pedra que o fechava tinha sido retirada, corre ao encontro de Pedro e do Discípulo Amado e lhes diz que o corpo do Senhor tinha sido retirado do túmulo e não sabia onde estava. O túmulo vazio não é indício da ressurreição. O corpo podia ter sido tirado e colocado em outro lugar. Os dois discípulos correm até o túmulo. O Discípulo Amado chega primeiro, vê as faixas de linho no chão, mas não entra. Pedro chega, entra, vê as faixas no chão e o sudário dobrado em um lugar à parte. Entra então o Discípulo Amado. Ele vê o túmulo vazio e acredita que Jesus ressuscitou. O evangelista destaca a fé do discípulo para toda a comunidade dos seguidores de Jesus: discípulo é aquele que crê. Embora soubessem pela doutrina comum dos judeus que há uma ressurreição dos mortos, não tinham ideia do que isso pudesse significar. A sensibilidade de discípulo fez com que o Discípulo Amado percebesse que o corpo não tinha sido tirado. Algo mais tinha acontecido. O quê, de fato? Temos que esperar o testemunho dos que o viram.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.