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Domingo, 19 de Maio de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 16/09/2023

São Cornélio, Papa e São Cipriano, Bispo, Mártires - Ano A - Vermelha
1ª Leitura: 1Tm 1,15-17 Salmo: Sl 113(112) - Bendito seja o nome do Senhor.
evangelho
Cada árvore é conhecida por seu fruto - Lc 6,43-49

Certamente não há árvore boa que produza fruto ruim, nem árvore ruim que produza fruto bom. Cada árvore é conhecida por seu fruto: não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas da sarça! O homem bom, do tesouro bom de seu coração, tira o bem; enquanto o malvado, do tesouro mau, tira o mal, pois sua boca fala o que transborda do coração. Por que me chamais ‘Senhor! Senhor!’, e não fazeis o que digo? Mostrar-vos-ei a que se assemelha todo aquele que se aproxima de mim, escuta minhas palavras e as põe em prática. Assemelha-se a um homem que, ao edificar uma casa, cavou pro- fundo e assentou os alicerces na rocha. Quando veio uma enchente, a enxurrada arremeteu contra aquela casa, mas não pôde sacudi-la porque estava bem edificada. Aquele, porém, que as escutou e não as pôs em prática se assemelha a um homem que edificou uma casa sobre a terra, sem nenhum alicerce; arremeteu contra ela a enxurrada, e logo desmoronou; e a ruína dessa casa foi grande!

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
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Oração Inicial

No encontro com o Senhor, por meio da leitura orante, queremos entregar-lhe tudo o que iremos viver neste dia e pedir-lhe as luzes e graças necessárias para compreender sua Palavra.
Silenciando seu coração, repita algumas vezes, pausadamente, esta oração: “Espírito Santo, necessitamos de vossa ajuda para conhecer o caminho que devemos seguir”.



“Senhor, sei que estás aqui comigo, ajuda-me a permanecer na tua presença”.

Leitura (Verdade)

Observe a psicologia simples, mas profunda que Jesus usa para com seus seguidores.

Evangelho: Lc 6,43-49 Certamente não há árvore boa que produza fruto ruim, nem árvore ruim que produza fruto bom. Cada árvore é conhecida por seu fruto: não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas da sarça! O homem bom, do tesouro bom de seu coração, tira o bem; enquanto o malvado, do tesouro mau, tira o mal, pois sua boca fala o que transborda do coração. Por que me chamais ‘Senhor! Senhor!’, e não fazeis o que digo? Mostrar-vos-ei a que se assemelha todo aquele que se aproxima de mim, escuta minhas palavras e as põe em prática. Assemelha-se a um homem que, ao edificar uma casa, cavou pro- fundo e assentou os alicerces na rocha. Quando veio uma enchente, a enxurrada arremeteu contra aquela casa, mas não pôde sacudi-la porque estava bem edificada. Aquele, porém, que as escutou e não as pôs em prática se assemelha a um homem que edificou uma casa sobre a terra, sem nenhum alicerce; arremeteu contra ela a enxurrada, e logo desmoronou; e a ruína dessa casa foi grande!

“Jesus convida à revisão dos fundamentos da fé, quando relata os feitos de dois construtores: um construiu sobre a rocha e o outro, sobre a areia. Como tudo na vida, a fé precisa de um fundamento sólido, capaz de suportar as diferentes adversidades e contrariedades. Não basta saber a Palavra de Deus, é necessário colocá-la em prática. Assim como a árvore é conhecida por seus frutos, os seguidores de Jesus são identificados com o que realizam. É interessante observar que Jesus não realiza nenhuma prova oral, mas observa o modo de ser e de viver. O cristão é chamado a dar frutos. Para tanto, deve ter um fundamento sólido, uma fé capaz de suportar os diferentes e incontáveis obstáculos do cotidiano.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

No Evangelho Jesus nos recorda: “Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. Cada árvore se reconhece pelo seu fruto.” É por dentro das coisas que elas são. Abra os olhos dentro de Deus e dentro de você, entre em sintonia para meditar:
O que essas parábolas falam para mim?
Qual minha coerência entre a palavra e a ação?
Quais os fundamentos de minha conduta cristã?

Oração (Vida)

Deus não nos impulsiona apenas, Ele nos protege! O Espírito Santo nos cobre e ajuda-nos a tomarmos as melhores decisões. Confie em Deus, esteja sensível ao Espírito Santo e encha o seu coração de força e fé! Apresente suas preces, sua oração.
Reze pelas realidades e necessidades do povo de Deus, pelos jovens, famílias, comunidades...
Reze pelos que governam: todas as lideranças religiosas, políticas e econômicas.
Entregue tudo o que está em seu coração ao coração do Pai.

Contemplação (Vida e Missão)

Contemplando o poder da presença de Deus em nós, como quero estar junto dele neste dia e deixar que Ele me torne uma pessoa firme sobre a rocha da fé, uma árvore boa dando frutos de esperança e paz aos que me cercam.

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Jesus é apresentado, no texto do Evangelho de hoje, como aquele que é capaz de discernir os sinais de Deus. Ele usa três metáforas: a árvore, o tesouro e a casa. Pelos frutos se conhece a árvore, pois não é possível colher figos de espinheiros. O ser humano age a partir daquilo que retira do tesouro do seu coração. O coração não é, em primeiro lugar, a sede dos sentimentos. É a sede dos pensamentos, dos projetos, das decisões. A liturgia deve ser a expressão dessa coerência: não adianta clamar: “Senhor, Senhor”, e não praticar a justiça do Reino de Deus. O percurso prático que Jesus oferece é simples: construir a casa da própria existência ou um projeto comunitário sobre a rocha firme, colocar o alicerce sobre a rocha. Isso acontece com quem ouve e pratica a Palavra de Deus. A rocha não é outro: é o próprio Cristo, sua Boa-Nova. Ao enfrentar as chuvas e enxurradas, a casa não cai, porque é fruto de um coração prudente e sensato, que fez os discernimentos e as escolhas adequadas. A pessoa estúpida constrói a casa da vida sobre a areia, falta-lhe profundidade, pois ela não acolhe e pratica a Palavra de Deus.

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.