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Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 05/07/2024

13ª Semana do Tempo Comum - Ano B - Verde
1ª Leitura: Am 8,4-6.9-12 Salmo: Sl 119(118) - O homem não vive somente de pão.
evangelho
De fato, não vim chamar justos, mas pecadores - Mt 9,9-13

Passando adiante dali, Jesus viu um homem sentado na coletoria de impostos, chamado Mateus, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele, tendo-se levantado, o seguiu. Aconteceu que, estando ele em casa reclinado à mesa, muitos coletores de impostos e pecadores vieram e reclinaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. Tendo visto aquilo, os fariseus diziam a seus discípulos: “Por que vosso mestre come com os coletores de impostos e pecadores?” Tendo ouvido, ele disse: “Os que estão fortes não têm necessidade de médico, mas sim os que estão acometidos por algum mal. Ide antes aprender o que significa: ‘Misericórdia quero e não sacrifício’! De fato, não vim chamar justos, mas pecadores”.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
Clique nos títulos para ler o conteúdo.
Oração Inicial

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

“Senhor, nosso Deus, que pela luz do Espírito Santo instruístes o coração dos vossos fiéis, fazei-nos dóceis ao mesmo Espírito, para apreciarmos o que é justo e nos alegrarmos sempre com a sua presença. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.”

Jesus continua convidando homens e mulheres para segui-lo nos caminhos do Reino do Pai. Ele nos convida enquanto estamos orando, dormindo, trabalhando..., sempre que estivermos comprometidos com os caminhos do bem, da fraternidade, da justiça e do amor.

Leitura (Verdade)

Faça a leitura do Evangelho pausadamente, quantas vezes julgar necessário e verbalize os personagens, o que acontece, as reações dos fariseus, a resposta de Jesus, etc

Evangelho: Mt 9,9-13 Passando adiante dali, Jesus viu um homem sentado na coletoria de impostos, chamado Mateus, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele, tendo-se levantado, o seguiu. Aconteceu que, estando ele em casa reclinado à mesa, muitos coletores de impostos e pecadores vieram e reclinaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. Tendo visto aquilo, os fariseus diziam a seus discípulos: “Por que vosso mestre come com os coletores de impostos e pecadores?” Tendo ouvido, ele disse: “Os que estão fortes não têm necessidade de médico, mas sim os que estão acometidos por algum mal. Ide antes aprender o que significa: ‘Misericórdia quero e não sacrifício’! De fato, não vim chamar justos, mas pecadores”.

“É o próprio Mateus quem narra o instante em que Jesus olha para ele e o convida para o seguimento. Mateus pertencia à classe dos cobradores de impostos a serviço dos dominadores romanos – uma classe de profissionais sobre os quais pairava dúvidas quanto a sua honestidade. Mateus acolhe o convite, abandona a mesa coletora e convida Jesus para ir a sua casa. Sob o olhar de Jesus ele muda de foco e atitude. Troca de lugar social: da mesa dos impostos para a mesa da fraternidade, da misericórdia, o que incomoda às lideranças políticas e religiosas. Ao colocar-se na mesa da misericórdia, Mateus vê o mundo com os olhos de Deus. A misericórdia nos faz mudar de olhar e de posição.” (Viver a Palavra – 2024. Ir. Carmen Maria Pulga- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Jesus, que vê o intimo do coração, chama Mateus - um pecador público, indivíduo de péssima reputação no mundo israelita-, pousa sobre ele o seu olhar, chama-o a viver em sua intimidade e a tomar parte no grupo dos doze apóstolos.
Deixe-se olhar por Jesus neste momento..., não se incomode com o silêncio, espere de coração aberto e escute os convites que o Senhor lhe faz.

Depois, faça como Mateus. Convide Jesus para cear com você, em sua casa. Então, na mesa com o Mestre coloque-se à disposição de seu Projeto.

Oração (Vida)

Pai coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para ser cativado/a por sua presença amorosa. Que seu olhar pouse sobre mim e me torne discípulo/a de seu Reino. Permaneça em oração com o Senhor...

Se desejar conclua com a oração ao Espírito Santo, do papa Paulo VI: “Ó Espírito Santo! Dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da Santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus. Um coração grande e forte, para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos. Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda ofensa, toda desilusão. Um coração grande e forte e constante até o sacrifício, quando for necessário. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir humilde e fielmente a vontade do Pai. Amém.”

Contemplação (Vida e Missão)

Como “cristão/ã” que me declaro, como quero agir depois de orar com este relato do Evangelho de hoje? Preciso mudar o lugar social, mudar a mesa onde me encontro sentado/a, mudar de foco e atitude? Como? De que forma comprometo-me com o Senhor que me chamou a esta oração?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

O chamado de Mateus, a presença de Jesus no meio de publicanos e pecadores, querer misericórdia e não sacrifícios, chamar os pecadores e não os justos, tudo isso parece indicar que o modo comum de proceder na relação “crime e castigo” pode ser diferente do que habitualmente se faz. Querer a punição pela punição é satisfazer o desejo de vingança. Não é, porém, a vingança a dominar a cena, e sim a misericórdia. O pecador precisa deixar de ser pecador e não ser apenas punido. Isso vale para todos os tipos de relacionamentos entre os seres humanos, dos pais para os filhos, da sociedade para os infratores. Esgotados todos os recursos da misericórdia, então, sim, entram os sacrifícios. Não é preciso imolar o pecador irredutível. Basta fazê-lo produzir para a sociedade, sobretudo a sociedade carente. A ociosidade é a mãe de todos os vícios. Alguém inventou a expressão “terapiedade” para falar da terapia da bondade e da caridade. Essa se aplica aos que erram por fraqueza. Não identificá-los com os que erram por princípio.

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.