Fundo
Domingo, 20 de Abril de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 20/04/2025

Ressurreição do Senhor – Ofício Solene - Ano C - Branca
1ª Leitura: At 10,34a.37-43 Salmo: Sl 117(118) - Regozijemo-nos e alegremo-nos nele. 2ª Leitura: Cl 3,1-4 ou 1Cor 5,6b-8 Evangelho Opcional: (M. vésp. Lc 24,13-35)
evangelho
Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. - Jo 20,1-9

No primeiro dia da semana, Maria de Mágdala foi ao sepulcro bem cedo, quando ainda estava escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Foi, então, correndo até Simão Pedro e até o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse-lhes: “Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram”. Saiu, então, Pedro e, com ele, o outro discípulo, e foram ao sepulcro. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo depressa passou à frente de Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo-se inclinado, viu os panos de linho depostos. Ele, todavia, não entrou. Chegou, então, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro. Também ele viu os panos de linho depostos, e o sudário, que tinha estado na cabeça de Jesus, o qual não estava com os panos de linho, mas dobrado e deposto em um lugar à parte. Então aquele outro discípulo que tinha chegado primeiro também entrou no sepulcro. Ele viu e acreditou. De fato, ainda não tinham compreendido a Escritura: que era preciso que ele ressuscitasse dos mortos. Então os discípulos voltaram para onde estavam.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
Clique nos títulos para ler o conteúdo.
Oração Inicial

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

No domingo de Páscoa, refulge o mistério da Ressurreição do Senhor. E seu anuncio se encontra principalmente no texto evangélico, que, neste dia, é apresentado de modo jubiloso e solene pelas Igreja.
Radiantes porque Cristo ressuscitou, proclamemos hoje a nossa fé pascal com a mesma solenidade com a qual a primeira Igreja, que nascia no cenáculo de Jerusalém, também a proclamou e celebrou.



Oremos: “Ó Deus, no dia de hoje, por vosso Filho, vencedor da morte, nos abristes as portas da vida eterna. Concedei que, celebrando a solenidade da ressurreição renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos para a luz da vida. Amém.”

Leitura (Verdade)

No Evangelho de hoje encontramos um itinerário de fé que vai se processando por etapas. Leia-o com atenção, atento/a a firmeza com que Jesus fala de sua identidade. Se possível, faça a leitura em voz alta, refletindo sobre o sentido de cada frase. Repita as frases ou as palavras que mais lhe tocaram.

Evangelho: Jo 20,1-9 “No primeiro dia da semana, Maria de Mágdala foi ao sepulcro bem cedo, quando ainda estava escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Foi, então, correndo até Simão Pedro e até o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse-lhes: “Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram”. Saiu, então, Pedro e, com ele, o outro discípulo, e foram ao sepulcro. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo depressa passou à frente de Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo-se inclinado, viu os panos de linho depostos. Ele, todavia, não entrou. Chegou, então, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro. Também ele viu os panos de linho depostos, e o sudário, que tinha estado na cabeça de Jesus, o qual não estava com os panos de linho, mas dobrado e deposto em um lugar à parte. Então aquele outro discípulo que tinha chegado primeiro também entrou no sepulcro. Ele viu e acreditou. De fato, ainda não tinham compreendido a Escritura: que era preciso que ele ressuscitasse dos mortos. Então os discípulos voltaram para onde estavam”.

“Conforme contam os Evangelhos, a primeira pessoa a receber a comunicação de Cristo ressuscitado foi Maria de Mágdala, a discípula que mais o amou. Antes, no Calvário, quase todos fugiram e deixaram Jesus e sua mãe, sozinhos, na agonia da morte. Rodeada de grosserias contra Jesus, sua mãe correu o risco de ser também presa, torturada e morta por ser a genitora daquele que fora condenado, pelas autoridades, como traidor e agitador do povo. Contudo, a discípula amada, Maria de Mágdala, não abandonou a mãe de Jesus. Talvez por isso tenha sido a primeira a ver o Mestre vivo à sua frente, como prêmio da prova de amor que dera a ele no Calvário. O nome dela foi o primeiro que ele chamou com sua voz ressuscitada (Jo 20,16)”. (Viver a Palavra – 2025. Ir. Maria Inês Carniato, fsp - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

O Evangelho nos apresentou a pressa do amor, porque o amor é pressuroso e tem necessidade de anunciar, de se comunicar.
Quais são as necessidades que seu amor a Deus o leva a atender, com a pressa do seu amor?
Mas, há também os que voltam para sua vida desanimados e descrentes. Os projetos de Deus são tão diferentes dos nossos que até os discípulos mais próximos de Jesus, por vezes, tem necessidade de ver para crer. E, até hoje, quantas vezes nós temos dificuldade para crer que o Senhor está conosco, no meio de nós?
Em qual caminho você se encontra?
A alegria da Páscoa só amadurece num terreno em que se plantou um amor fiel e comprometido com o Senhor Jesus. Avalie sua vida à luz desta verdade.
Recusar a fé na ressurreição é perder a própria vida. “Minha vida está escondida com Cristo em Deus”; sinto em mim o pulsar de sua vida ressuscitada?
Tenho medo de ressuscitar ou não ressuscitar?
Como está minha fé na ressurreição?

Oração (Vida)

Salmo 117 (118)
Refrão: Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria.
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel: é eterna a sua misericórdia.
A mão do Senhor fez prodígios, a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei de viver, para anunciar as obras do Senhor.
A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor: é admirável aos nossos olhos.

Contemplação (Vida e Missão)

O que o Evangelho o/a leva a experimentar?
Você tem procurado Jesus? Como você quer proclamar que Ele está vivo?

Bênção

Páscoa! Mergulhada no coração da nossa fé! Mergulhada nas fontes do nosso Batismo! Hoje, a Ressurreição de Cristo é para nós algo mais que um vago sentimento. A Ressurreição de Cristo é o "dínamo" das nossas vidas de batizados. A Ressurreição de Cristo é a energia que nos envia a testemunhar: "Cristo está vivo! Nós o encontramos!

Ir. Carmen Maria Pulga

A Semana Santa é coroada com a maior solenidade da fé cristã: a ressurreição do Senhor. Surge um novo dia. As lágrimas e a dor da perda do Mestre se transformam em espanto e alegria. A morte foi vencida! Essa Boa-Nova deve ser anunciada para além dos limites de Israel. A salvação atinge sua plenitude e transborda para o mundo. A pregação dos apóstolos chega a Cesareia (primeira leitura). Pedro prega na casa de Cornélio, um centurião romano, e toda sua família adere à fé cristã. Seu discurso sintetiza a vida e a obra salvífica de Cristo: batizado e sob a ação do Espírito, anuncia o Reino com autoridade, realizando diversos prodígios; morre na cruz, mas ressuscita, enviando os discípulos para anunciar a salvação e o perdão dos pecados a todos. O poder da ressurreição também é experimentado por Paulo (segunda leitura). Ela faz novas todas as criaturas, provocando a conversão para uma vida que aspire às “coisas do alto”. Morrendo para uma vida velha e ressurgindo junto a Cristo, seremos revestidos pela graça batismal e pela glória futura. Os discípulos experimentam algo inédito. A morte cruenta na cruz deixa-os paralisados. Não estiveram junto ao Mestre em seu pior momento. A esperança do novo Reino anunciado por ele chegou ao fracasso. A angústia, o sofrimento e o medo de também terem o mesmo fim de Jesus marcam o tempo de escuridão. Depois de três dias, uma notícia impactante é anunciada por Maria de Mágdala: a pedra foi retirada e o túmulo está vazio. Mais que constatar o fato, é preciso ir até lá para experimentar o novo que está por vir. A letargia de outrora é contrastada pela corrida de agora em busca do Mestre. Pedro, que negou três vezes Jesus, e o discípulo amado, que esteve, fiel, junto a Maria aos pés da cruz, encontram as faixas de linho dobradas no chão. O discípulo amado espera Pedro entrar para constatar aquilo que ele já havia visto. O texto não fala de sua reação. O líder dos apóstolos ainda precisa ter um encontro pessoal com o Ressuscitado para experimentar a graça da reconciliação. O segundo já consegue ver e acreditar. Mas ainda paira incompreensão. É preciso reler as Escrituras sob o olhar da ressurreição. Que essa experiência nos faça compreender e testemunhar a fé no Cristo ressuscitado em nosso dia a dia!

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.