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Sábado, 05 de Julho de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 01/01/2023

Santa Maria, Mãe de Deus, Solenidade - Ano A - Branca
1ª Leitura: Nm 6,22-27 Salmo: Sl 67(66) - Que Deus seja misericordioso conosco. 2ª Leitura: Gl 4,4-7
evangelho
Maria conservava tudo em seu coração - Lc 2,16-21

Foram às pressas e encontraram Maria, José e o recém‑nascido deitado na manjedoura. Eles o viram e contaram o que lhes fora dito a respeito do menino. Todos os que ouviram ficaram maravilhados com o que lhes era dito pelos pastores. Maria, por sua vez, conservava tudo isso, meditando‑o em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, conforme lhes fora dito. Quando se completaram os oito dias para circuncidá‑lo, foi‑lhe dado o nome de Jesus, o nome dado pelo anjo antes de ele ter sido concebido.

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
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Oração Inicial

Festa litúrgica de Santa Maria, Mãe de Deus. Na escuta, meditação e contemplação da Palavra de Deus, acolhamos o Deus Menino em nosso coração e dos braços de Maria e José. O Filho de Deus, nascido de Maria, é nosso exemplo de fraternidade e a plenitude da paz.


Leitura (Verdade)

O que diz o texto? Maria Guardava em seu coração as palavras e fatos a respeito de seu filho. Leia o Evangelho com o coração aberto para guardar os apelos que a palavra de Deus lhe faz, neste momento de oração.

Evangelho: Lc 2,16-21 Foram às pressas e encontraram Maria, José e o recém-nascido deitado na manjedoura. Eles o viram e contaram o que lhes fora dito a respeito do menino. Todos os que ouviram ficaram maravilhados com o que lhes era dito pelos pastores. Maria, por sua vez, conservava tudo isso, meditando-o em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, conforme lhes fora dito. Quando se completaram os oito dias para circuncidá-lo, foi-lhe dado o nome de Jesus, o nome dado pelo anjo antes de ele ter sido concebido.

“A esperança e o desejo de paz tornam festivo o primeiro dia de 2023. É motivo de alegria receber gratuitamente um novo ano, em que todos são contemplados com igual quantidade de minutos e segundos. Neste Dia Mundial da Paz, a Igreja apresenta Maria, a Mãe de Deus, a intercessora que cria as condições para que a paz aconteça. Que a humildade dos pastores, que foram à gruta de Belém, possa estar presente nos lares, proporcionando a acolhida da paz como um presente de Deus, um presente de Ano-Novo. Inspirados pela Mãe de Deus, sejamos multiplicadores da paz e construtores do bem, não permitindo, dessa forma, que os dias se afastem da esperança e da alegria de viver. Feliz 2023.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Como foi meu ano que encerrou? Fui onde estava Maria e José? Encontrei o Caminho, a Verdade, a Vida?
Os pastores admirados glorificavam e louvavam a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto. Como eu anunciou a manifestação de Deus e o glorifico por seus feitos?

Oração (Vida)

“Senhor Deus, dono do tempo e da serenidade, teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro. Ao iniciar mais um ano, coloco minha vida diante do teu calendário, que começa e te apresento estes 365 dias, que somente tu sabes se chegarei a vivê-los. Hoje, te peço para mim e para todos os meus parentes e amigos, a paz e a alegria, a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria.,br> Quero viver cada dia com otimismo e bondade, levando por toda parte um coração cheio de compreensão e paz. Que o meu espírito seja repleto somente de bênçãos, para que as derrame por onde eu passar.
Enche-me de bondade e alegria, para que todas as pessoas que eu encontrar no meu caminho possam descobrir em mim um pouquinho de ti. Dá-me um ano feliz e ensina-me a repartir felicidade. Amém!”

Contemplação (Vida e Missão)

Assumir com responsabilidade o tempo que Deus nos dá é nosso dever de filhos de Deus. Hoje, como quero assumir o desafio de viver segundo o projeto do Pai?

Bênção

Concedei, ó Deus, a vossos filhos a benção desejada, para que nutridos por vosso amor produzam frutos de paz e de justiça. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

A Igreja celebra hoje a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, e o Dia Mundial da Paz. Começa um novo ano. Renovamos nossos sonhos e propósitos. Olhamos para o ano que findou, olhamos para nós mesmos e decidimos ser melhores: amar mais, escutar mais, sermos mais compassivos, dar mais atenção aos filhos ou pais, aos idosos, comprometer-nos com algum tipo de voluntariado… Há, no coração de todo ser humano sadio, um desejo de vida, de bondade. No início do Ano-Novo de Israel, o sacerdote abençoava a comunidade reunida com a bênção de Aarão. Abençoar significa “dizer o bem a alguém”. E a maior de todas as bênçãos é estar diante da face luminosa de Deus e desfrutar de sua presença, de sua companhia, de sua paz, de seu favor e de toda prosperidade. O nome do Senhor, invocado sobre a humanidade, é a fonte de toda bênção, da felicidade que não tem fim. A criatura humana que mais expressou esse sonho de uma humanidade nova e feliz foi Maria, a virgem de Nazaré, a “amada de Deus”. Pelo seu sim, desfrutamos a plenitude dos tempos. Pela encarnação do Verbo, o divino se faz humano, o eterno se faz história. Assim, o ser humano é chamado à condição de eternidade. Ao dizer que Jesus é nascido de mulher, São Paulo nos diz que ele assumiu verdadeiramente a história, assumiu plenamente a finitude e a caducidade para nos libertar delas. Tudo o que Jesus Cristo assumiu, ele redimiu. Por isso, resgatados do poder da Lei e da morte, tornamo-nos filhos de Deus e herdeiros de sua promessa. Pelo Mistério da Encarnação, temos acesso ao Pai, tornando-nos filhos no Filho. A ele gritamos: “Abbá”, como crianças que se lançam nos braços do pai. Deus se fez próximo, Deus se fez um de nós. Mãe de Deus: é isto que a Igreja afirma sobre Maria, já que Jesus é plenamente humano e plenamente divino. O Deus que se faz próximo é um menino que nasce no ambiente dos animais e, envolto em faixas, provavelmente treme de frio, deitado no cocho em que os animais se alimentam. José e Maria, ao redor dele, têm os olhos fixos na sua singeleza. O texto do Evangelho narra a visita de alguns pastores. A eles, o anjo do Senhor transmite a grande notícia: “Não temais! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor” (cf. Lc 2,8-12). A glória de Deus e a alegria do povo são os dois temas que perpassam a narrativa inteira. Os pastores eram pessoas marginalizadas e consideradas impuras, especialmente porque têm contato com os pagãos, ao levarem os seus rebanhos mais e mais distante, à procura de água e pastagem. Eles não conseguem cumprir as minúcias da Lei mosaica. Os humildes da terra são os primeiros que se tornam testemunhas do nascimento do Messias. Os pobres visitam aquele que se fez pobre. Os pastores transmitem a José e Maria aquilo que o anjo do Senhor lhes havia dito sobre o menino. A atitude de Maria é a mesma de Jacó, no episódio do conflito entre José e seus irmãos (cf. Gn 37,11): como discípula perfeita, ela guarda tudo no seu coração e medita sobre o seu significado. Ela tudo interpreta à luz do desígnio de Deus para o futuro do seu filho, de sua família e do seu povo. Ao oitavo dia, fazia-se a circuncisão do menino e impunha-se o nome. Como Jesus nasce sujeito à Lei, por meio da circuncisão, ele participa plenamente da aliança de Israel, é inserido nessa comunidade humana, histórica. Na Lei, contudo, não está a salvação. Jesus é Yeshua: Deus salva. O nome, para o povo de Deus, é a própria vida da pessoa que o carrega. Este é o seu nome; esta é a sua missão: Deus salvando. Toda a sua existência foi uma perene ação salvífica de Deus.

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.