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Quinta-feira, 09 de Maio de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 16/02/2024

Sexta-feira depois das cinzas - Ano B - Roxa
1ª Leitura: Is 58,1-9a Salmo: Sl 51(50) - Purifica-me de meu pecado.
evangelho
Mas dias virão em que o noivo lhes será tirado; então jejuarão - Mt 9,14-15

Aproximaram‑se, então, os discípulos de João e disseram: “Por que nós e os fariseus jejuamos frequentemente, mas teus discípulos não jejuam?” Jesus lhes respondeu: “Acaso podem ficar de luto os convidados para o casamento enquanto o noivo está com eles? Mas dias virão em que o noivo lhes será tirado; então jejuarão.

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
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Oração Inicial

Senhor Jesus Cristo, envia sobre nós, como prometeste, teu Espírito Santo. Que Ele nos conceda a vida e nos ensine a plenitude da verdade. Que nele encontremos a salvação, felicidade e plenitude de amor.


Na escuta, meditação e contemplação da Palavra de Deus, acolhamos o Senhor, que fala ao nosso coração. Jesus ensinou seus discípulos a praticarem o amor, o perdão e a misericórdia, muito mais do práticas exteriores, muitas fezes praticadas por obrigação, por medo ou por vaidade.
Rezemos: “Espírito Divino, luz de Deus, vinde nos iluminar, para que possamos compreender o sentido profundo da Palavra de Deus. Fazei-nos discípulos missionários de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, transformando nosso coração em terra boa, onde a Palavra produza frutos abundantes. Amém.”

Leitura (Verdade)

O que diz o texto bíblico?
Como entendo as palavras que Jesus diz aos seus discípulos? O ensinamento de Jesus muda meu modo de pensar?

Evangelho: Mt 9,14-15 Aproximaram-se, então, os discípulos de João e disseram: “Por que nós e os fariseus jejuamos frequentemente, mas teus discípulos não jejuam?” Jesus lhes respondeu: “Acaso podem ficar de luto os convidados para o casamento enquanto o noivo está com eles? Mas dias virão em que o noivo lhes será tirado; então jejuarão.

“O texto associa os discípulos de João aos fariseus no que diz respeito à prática do jejum. Os judeus observavam os dias de jejum previstos na Lei de Moisés e os discípulos de João estavam dentro dessa observância. Hoje, o jejum prescrito se restringe à Quarta-feira de Cinzas e à Sexta-feira Santa (cf. Direito Canônico, n. 1.251). E nos perguntamos: por que jejuar? Para os cristãos de hoje, essa prática ganha sentido somente se estiver em relação à pessoa de Jesus Cristo. Oração, esmola e jejum são práticas salutares que ganham valor se nos fortalecem no caminho da fé. Tomar essa decisão por amor e não por mera observância. A Quaresma nos motiva também à solidariedade”. (Viver a Palavra – 2024 - Ir. Carmen Maria Pulga - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Se você está fazendo esta Leitura orante (LO) certamente já vive o discipulado de Jesus.
Como você se propôs viver o jejum neste tempo de Quaresma?
Você está em sintonia com o que acaba de meditar?
Que sentimentos lhe trazem as decisões de seguir o caminho de Jesus? Alegria, coragem? Tristeza, desanimo?

Oração (Vida)

O que você quer dizer a Deus nesta oração?
Faça uma oração intima, mas em sintonia com a humanidade tão necessitada.
Entregue a Deus suas súplicas e as dores de tantos irmãos, irmãs em sofrimento: jovens desorientados, pais angustiados, nações em guerra, doentes, desempregados, excluídos e também os que se esforçam por construir um mundo melhor.
Unamos nossas preces pela paz e dignidade humana. Façamos tudo em favor da vida.

Contemplação (Vida e Missão)

Em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2024 cujo tema é: “Fraternidade e Amizade social” e como lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8). , qual é seu engajamento? Determine alguma ação prática.

Bênção

- Deus pai de misericórdia, conceda a todos nós, como concedeu ao filho prodigo a alegria do retorno a casa.
- O senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, nos guie nesta caminhada quaresmal a uma verdadeira conversão.
- O espirito de sabedoria e fortaleza nos sustente na luta contra o mal, para podermos com Cristo, celebrar a vitória da pascoa.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

A Quaresma foi um tempo penitencial marcado pelo jejum. Hoje, as penitências foram deixadas à espontaneidade dos fiéis que, livremente, escolhem a mortificação que lhes convém neste tempo de conversão. O jejum prescrito se restringe à Quarta-feira de Cinzas e à Sexta-feira Santa. Os judeus observavam os dias de jejum previstos na Lei de Moisés, e em um desses dias os discípulos de João Batista, que também jejuavam, questionaram Jesus quando viram que os discípulos dele não estavam jejuando. Jesus responde perguntando se os convidados de um casamento podem estar de luto enquanto o noivo está com eles. Ele não fala em jejum, fala em luto, porque naquele tempo o jejum acompanhava os dias de luto. O verdadeiro jejum, porém, é a ausência de Cristo. Quando ele não está, estamos jejuando. Quando estamos longe dele, estamos em jejum. Mas é bom jejuar. Jejuamos para ficar mais fortes. O jejum nos deixa mais leves, mais espertos e mais despertos. Jejum de alimentos, jejum de coisas, jejum de apegos, para subirmos livremente à colina do Calvário e com Jesus entregar nossa vida ao Pai. Unidos a ele, sentimo-nos saciados e então podemos exercitar-nos com práticas de penitência para o fortalecimento da nossa vontade. O que não pode acontecer é que o jejum se torne “expressão de uma religiosidade afetada pela mortificação do corpo, mas não tem valor algum senão para satisfação da carne”, como se lê na Carta aos Colossenses.

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.