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Sexta-feira, 18 de Julho de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 30/07/2020

17ª Semana do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: Jr 18,1-6 Salmo: Sl 146(145) - Louvarei o Senhor!
evangelho
O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todo tipo - Mt 13,47-53

“O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todo tipo. Quando ficou cheia, os pescadores puxaram a rede para a praia, sentaram-se, recolheram os peixes bons em cestos e jogaram fora os que não prestavam. Assim acontecerá no fim do mundo: os anjos virão para separar os maus dos justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isso?” – “Sim”, responderam eles. Então ele acrescentou: “Assim, pois, todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é como um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
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Oração Inicial

Jesus costumava ensinar o povo por meio de parábolas, e nós tivemos contato com muitas delas ao longo da semana. Também hoje a liturgia nos traz uma parábola sobre o Reino dos Céus. O Reino agora é comparado a uma rede que foi lançada ao mar e pegou peixes de todos os tipos.


Peçamos ao Espírito Santo que nos oriente para bem compreendermos os ensinamentos de Jesus. Rezemos: “Senhor Jesus Cristo, envia sobre nós, como prometeste, teu Espírito Santo. Que Ele nos conceda a vida e nos ensine a plenitude da verdade. Que nele encontremos a salvação, felicidade e plenitude de amor. Amém.”

Leitura (Verdade)

O que diz o texto? Com que imagens Jesus compara o Reino dos Céus? O que representa a separação dos peixes bons e dos que não prestavam, dos maus e dos justos, das coisas novas e das velhas tiradas do baú? Em que momento se dará essa separação?
“Nem tudo o que é novo é bom, nem tudo o que é velho é condenável. O juízo de valor nos ensina a distinguir o tesouro das coisas novas e velhas. Nossa fé se alimenta de certezas, e estas não mudam. Acostumados a conviver com verdades eternas, por vezes, temos dificuldades de abrir mão de costumes que envelhecem. Para os israelitas, o lago da Galileia era o mar. E no mar de proporções infinitas, uma grande rede recolhe peixes de todo tipo. A comunidade cristã é santa e pecadora. É uma comunidade a caminho e não compete a nós excluir ninguém. Nem mesmo temos a missão de julgar os demais, mesmo porque não possuímos o conhecimento do íntimo da pessoa e da misericórdia do Pai.” (Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

“Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado” (Papa Francisco, Misericordiae Vultus).

Oração (Vida)

O Senhor Deus é justo, clemente e misericordioso. Agradeçamos seu amor, que nos concede a vida renovada. Agradeçamos a Palavra deste dia e seus ensinamentos.
Rezemos em comunhão com todos cristãos: "Pai nosso que estais no céu. ..."

Contemplação (Vida e Missão)

Sintetize, em poucas palavras, o apelo que você sentiu, para colocá-lo em prática durante o dia. O que você se propõe a viver? Como pretende atingir esse propósito?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Jesus termina o sermão das parábolas contando que o Reino dos Céus se parece com a rede de pesca que pega todo tipo de peixe. Depois é feita a separação. Os peixes bons são recolhidos, os que não prestam são jogados fora. No juízo final vai acontecer a mesma coisa, os maus serão separados dos justos e lançados na fornalha de fogo, onde haverá choro e ranger de dentes. Vem, em seguida, uma consideração sobre o “escriba que se torna discípulo do Reino”. Ele é parecido com o pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas. O escriba, mestre e intérprete da lei mosaica, se torna aluno do Reino dos Céus. Passou da primeira Aliança para a Aliança definitiva, sem abandonar o que se tornou velho por ter abraçado o novo. Certamente Mateus está falando de si mesmo. Na aplicação da parábola ao juízo final, o evangelista usa as imagens de uma fornalha de fogo, de choro e de dentes que rangem para colocar o leitor diante de uma situação-limite. Assim acontecerá com os maus deste mundo. Que o leitor cristão não seja mau e, se for, que se converta enquanto há tempo!

Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2020’, Paulinas.