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Sábado, 10 de Maio de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 23/07/2023

16º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: Sb 12,13.16-19 Salmo: Sl 86(85) - Porque tu és meu Senhor, disposto a perdoar. 2ª Leitura: Rm 8,26-27
evangelho
Quem tiver ouvidos, ouça - Mt 13,24-43

Propôs-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus se assemelha a um homem que semeou boa semente em seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi-se embora. Quando o trigo cresceu e formou a espiga, apareceu também o joio. Os servos do proprietário foram lhe dizer: ‘Senhor, não semeaste boa semente em teu campo? Donde, então, veio o joio?’ Ele lhes disse: ‘Um inimigo fez isso’. Os servos lhe perguntaram: ‘Queres que vamos removê-lo?’ Mas ele respondeu: ‘Não; não aconteça que, ao removerdes o joio, arranqueis também o trigo. Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros: removei primeiro o joio e atai-o em feixes para queimá-lo; quanto ao trigo, recolhei em meu celeiro’ ”. Propôs-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou em seu campo. É a menor das sementes, mas quando cresce fica maior que as hortaliças e torna- -se uma árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se em seus ramos”. Propôs-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha até que tudo ficasse fermentado”. Jesus disse tudo isso em parábolas às multidões. Somente lhes falava por intermédio de parábolas, para que se cumprisse o que anunciara o profeta: “Abrirei minha boca em parábolas, proclamarei coisas escondidas desde a fundação do mundo”. Então, tendo despedido as multidões, foi para casa. Seus discípulos se aproximaram, dizendo: “Explica-nos a parábola do joio no campo”. Ele lhes respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do Maligno; o inimigo que o semeia é o Diabo; a colheita é o fim dos tempos; e os ceifeiros são os anjos. Portanto, assim como o joio é removido e queimado no fogo, assim sucederá no fim dos tempos; o Filho do Homem enviará seus anjos, removerão de seu reino todos os escândalos e os que praticam a injustiça e os lançarão na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no reino de seu Pai. Quem tiver ouvidos, ouça”.

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
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Oração Inicial

16º Domingo Comum. No Evangelho de hoje voltamos a encontrar Jesus falando em parábolas sobre o Reino dos Céus . Ensina-nos a importância do discernimento diante da complexidade do contexto humano e como o Reino está misteriosamente presente nele. Recomenda-nos a tolerância, o respeito pelas individualidades e a paciência histórica diante desta dualidade inerente ao ser humano.


Abramo-nos à ação do Espírito Santo que reza em nós, dizendo: “Ó divino Espírito, ensina-me tudo quanto Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites. Amém.”

Leitura (Verdade)

Escutemos este Evangelho sentados aos pés do Mestre e com os 'ouvidos do coração' atentos aos seus ensinamentos.

Evangelho: Mt 13,24-43 Propôs-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus se assemelha a um homem que semeou boa semente em seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi-se embora. Quando o trigo cresceu e formou a espiga, apareceu também o joio. Os servos do proprietário foram lhe dizer: ‘Senhor, não semeaste boa semente em teu campo? Donde, então, veio o joio?’ Ele lhes disse: ‘Um inimigo fez isso’. Os servos lhe perguntaram: ‘Queres que vamos removê-lo?’ Mas ele respondeu: ‘Não; não aconteça que, ao removerdes o joio, arranqueis também o trigo. Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros: removei primeiro o joio e atai-o em feixes para queimá-lo; quanto ao trigo, recolhei em meu celeiro’ ”. Propôs-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou em seu campo. É a menor das sementes, mas quando cresce fica maior que as hortaliças e torna- -se uma árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se em seus ramos”. Propôs-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha até que tudo ficasse fermentado”. Jesus disse tudo isso em parábolas às multidões. Somente lhes falava por intermédio de parábolas, para que se cumprisse o que anunciara o profeta: “Abrirei minha boca em parábolas, proclamarei coisas escondidas desde a fundação do mundo”. Então, tendo despedido as multidões, foi para casa. Seus discípulos se aproximaram, dizendo: “Explica-nos a parábola do joio no campo”. Ele lhes respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do Maligno; o inimigo que o semeia é o Diabo; a colheita é o fim dos tempos; e os ceifeiros são os anjos. Portanto, assim como o joio é removido e queimado no fogo, assim sucederá no fim dos tempos; o Filho do Homem enviará seus anjos, removerão de seu reino todos os escândalos e os que praticam a injustiça e os lançarão na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no reino de seu Pai. Quem tiver ouvidos, ouça”.

“A pedagogia de Jesus alcança os letrados e os iletrados, isto é, todos os níveis da população. Ele deseja se comunicar com todos, por isso presta atenção na realidade e na capacidade de seus seguidores, e utiliza-se de exemplos práticos. Jesus quer falar e detalhar o Reino de Deus, que é pequeno, praticamente invisível, mas que possui uma força extraordinária. Independentemente da vontade humana, o Reino de Deus está acontecendo, basta perceber os sinais do bem que são encontrados em todos os lugares. A adesão humana ao projeto do Reino permite a ampliação da justiça e da solidariedade, que geram a paz. Sejamos trigo em meio ao joio das injustiças e da maldade. A vitória sempre será do bem.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

“O Evangelho apresenta duas formas de agir e de habitar a história: por um lado, o olhar do dono, que vê além; por outro, o olhar dos servos, que veem o problema. Os servos preocupam-se com um campo sem ervas daninhas, o dono preocupa-se com o trigo bom. O Senhor convida-nos a ter o seu olhar, que se fixa no trigo bom, que sabe conservá-lo até no meio das ervas daninhas. Não coopera com Deus quem procura os limites e defeitos dos outros, mas, ao contrário, quem sabe reconhecer o bem que cresce silenciosamente no campo da Igreja e da história, cultivando-o até ao amadurecimento. E então será Deus, e só Ele, que recompensará os bons e castigará os ímpios.”
À luz deste Evangelho, como você se situa dentro da realidade atual ?
Quais são seus critérios para distinguir o bem do mal?
Você se arroga o direito de fazer a triagem do bem e do mal nos outros?

Oração (Vida)

Tomemos consciência de que Deus é Pai misericordioso que nos acolhe em seus braços como filhos. Ele nos dá a sabedoria para discernir o bem do mal, mesmo que convivam na mesma realidade. É no coração de cada pessoa que se faz este discernimento, porque Deus nos deu o livre arbítrio e nos deixa livres para acolher o bem e segui-lo no caminho do amor.

De coração sincero fale com Deus sobre tudo...suas dúvidas, conflitos, desafios, tentações, medos, desejos e sonhos etc.
Peça também a graça de não julgar o que só a Deus pertence: o coração do outro.
Confie. Ele lhe dará a sabedoria em suas escolhas.

Contemplação (Vida e Missão)

“Jesus Mestre, agradeço-vos as luzes que me destes nesta meditação. Perdoai-me pelos limites que me impediram de fazê-la melhor. Ofereço-vos a resolução que tomei, e que espero viver, pela vossa graça. Amém.”

Bênção

O Senhor Jesus Cristo esteja ao meu lado para me sustentar,
Dentro de mim para me encorajar,
Diante de mim para me orientar,
Atrás de mim para me proteger,
Acima de mim para me abençoar.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.
Que a bênção de Deus Pai de amor e bondade desça sobre mim e sobre toda a humanidade, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

Ir. Carmen Maria Pulga

Neste domingo, Jesus continua o Discurso em Parábolas. Hoje, ele nos oferece a parábola do joio e sua explicação, as parábolas da semente de mostarda e do fermento, além de uma breve observação sobre o uso de parábolas. As parábolas têm uma função profética, pois revelam o fechamento da humanidade ao projeto de Deus ou a nossa abertura à mensagem evangélica para viver segundo essa palavra. O que está em jogo é a cegueira, o endurecimento e a obstinação de quem não quer acolher Jesus como Messias e Salvador. No fundo, aparecem três verdades fundamentais: a presença do mal, da ambiguidade, do joio em meio à boa semente do Reino que é plantada; o contraste entre a pequenez da semente e a grandeza da árvore; e a força imperceptível do fermento que leveda toda a massa. Isso é fonte de paciência e de um alegre otimismo. O Reino é discreto, mas é forte e fecundo. Há poderes contrários ao Reino de Deus agindo dentro da comunidade e em cada um de nós. O joio deve ser enfrentado com paciência, como é próprio da pedagogia e da misericórdia de Deus. Há perigo de, ao arrancá-lo, arrancar também o trigo. Nós gostaríamos que nós e nossas comunidades fôssemos perfeitos, mas o mistério da ambiguidade reside em nós. No dinamismo da pregação evangélica, percebemos que a pequenina semente semeada torna-se uma árvore frondosa. Como na imagem de Ezequiel (17,23), a sementinha torna-se árvore acolhedora de todos os povos. Essa é uma profecia messiânica e fonte da alegria do Evangelho e do nosso entusiasmo. O ocultamento do Evangelho na massa é fruto de um trabalho pequeno, persistente, perseverante. O fermento do Evangelho é misterioso, imperceptível, mas fermenta tudo, transforma o mundo. O provérbio africano já nos advertiu: “Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, consegue mudanças extraordinárias”. Jesus é Mestre sábio e manso, mas exige uma decisão por ele e pelo Reino. Quem quiser entender, entenda! É preciso capacidade de abertura para acolher a revelação de Deus oferecida a todos. A eficácia de Deus, na verdade, é fecundidade escondida e misteriosa. O texto do Livro da Sabedoria, nascido na comunidade de Alexandria, trata da ação justa de Deus. Como ele é pai de todos, é também misericordioso para com todos. Clemência, compaixão e justiça: esse é o ideal do humanismo judaico, base da esperança para todos os fiéis. Paulo, por seu lado, sintetiza o otimismo cristão na força e ação do Espírito Santo, que intercede por nós e conosco junto ao Pai.