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Sábado, 27 de Julho de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 19/05/2024

Pentecostes, Solenidade - Ano B - Vermelha
1ª Leitura: At 2,1-11 Salmo: Sl 104(103) - Mandas teu espírito e assim renovas a face da terra. 2ª Leitura: 1Cor 12,3b-7.12-13 ou Gl 5,16-25 Evangelho Opcional: Jo 15,26-27; 16,12-15
evangelho
Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, eles lhes estão perdoados. Aqueles a quem retiverdes, estão retidos. - Jo 20,19-23

Chegando a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e estando as portas trancadas do lugar onde estavam os discípulos por medo dos judeus, veio Jesus e colocou‑se de pé no meio deles e disse‑lhes: “Paz a vós”. E, tendo dito isso, mostrou‑lhes as mãos e o lado. Então, tendo visto o Senhor, os discípulos se alegraram. Disse‑lhes, novamente, Jesus: “Paz a vós. Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, tendo dito isso, soprou sobre eles e disse‑lhes: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, eles lhes estão perdoados. Aqueles a quem retiverdes, estão retidos”.

A Bíblia: Tradução da editora Paulinas, 2023.
Clique nos títulos para ler o conteúdo.
Oração Inicial

Solenidade de Pentecostes. Celebramos a vinda do Espírito Santo prometido por Jesus. É o amor vivo de Deus, é a vida em abundância, a divina e infinita misericórdia.


Oremos: “Divino Espírito Santo, amor eterno do Pai e do Filho, desperta meus ouvidos para que eu possa escutar como discípulo/a a Palavra de Deus. Dá-me vida pela tua Palavra. Que o meu coração seja uma terra boa para que tua palavra seja semeada e possa dar muitos frutos bons. Amém!”

Leitura (Verdade)

Leia pausadamente e com profunda atenção este Evangelho. É impossível separar aqueles que são um só AMOR: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Evangelho: Jo 20,19-23 ou Jo 15,26-27; 16,12-15 Estando as portas trancadas do lugar onde estavam os discípulos por medo dos judeus, veio Jesus e colocou-se de pé no meio deles e disse-lhes: “Paz a vós”. E, tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então, tendo visto o Senhor, os discípulos se alegraram. Disse-lhes, novamente, Jesus: “Paz a vós. Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, tendo dito isso, soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, eles lhes estão perdoados. Aqueles a quem retiverdes, estão retidos”.

“O Espírito Santo é o defensor que o Pai nos enviou, a força que levou os apóstolos a proclamar que Jesus Cristo é o nosso Salvador; a razão de ser de nossa esperança. Espírito que nos conduz no caminho da verdade e lança por terra os enganos e as falácias de nossas narrativas puramente humanas. Ele também nos dá a sabedoria do coração para interpretar os acontecimentos da vida. Celebremos o Pentecostes na alegria de sermos chamados a testemunhar, isto é, doar a vida em coerência com a fé que professamos. Rezemos com a Igreja: “Ó Deus, derramai por toda a extensão do mundo os dons do Espírito Santo e realizai agora no coração dos fiéis as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho.” (Viver a Palavra – 2024. Ir. Carmen Maria Pulga- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Agora, vamos trazer a reflexão da Palavra para a vida. O que o texto diz para mim?

Jesus nos deixa a sua paz, a paz que vem do amor divino e se estende à sua criação, de modo particular a humanidade.
A presença de Jesus ressuscitado, a voz do Espírito Santo, gera alegria em minha caminhada?
Todo o batizado/a recebe os dons do Espírito santo para evangelizar e continuar a missão de Jesus. Como você vive esse compromisso batismal?

Oração (Vida)

Reze com todo o coração e com toda a alma esta oração de São João Crisóstomo:
“Ó Senhor Jesus Cristo, abre os olhos do meu coração para que eu possa ouvir a tua Palavra, que eu entenda e faça a tua vontade, pois sou um peregrino na Terra. Não escondas de mim os teus mandamentos, mas abre meus olhos, para que eu possa perceber as maravilhas da tua lei. Fala para mim as coisas ocultas e secretas da tua sabedoria. Em ti coloco minha esperança, ó meu Deus, de iluminar minha mente e meu entendimento com a luz do teu conhecimento; não apenas para valorizar as coisas que estão escritas, mas para realizá-las, pois tu és a luz para aqueles que jazem nas trevas, e de ti vem toda boa ação e toda graça. Amém.”

Contemplação (Vida e Missão)

Contemple as Palavras de Jesus: “Recebei o Espírito Santo...”.
Qual sua atitude a partir da escuta atenta deste relato do Pentecostes?

Bênção

“A Deus, o único sábio, por meio de Jesus Cristo, seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (Rm 16,27). - Que Deus Pai, todo amoroso e misericordioso, nos abençoe e nos faça felizes e fortes em todas as circunstâncias. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Passado o sábado, no primeiro dia da semana, Jesus ressuscitou. Naquele mesmo dia, ao anoitecer, ele entrou no lugar onde os discípulos estavam reunidos e se pôs no meio deles. Estavam no Cenáculo, de portas fechadas, com medo. É natural que tivessem medo. Jesus tinha sido preso, condenado à morte de cruz, tinha morrido e estava sepultado. O que poderia agora acontecer com os seus seguidores? E se também viessem prendê-los? Naquele momento, porém, a paz entrou onde eles estavam e a alegria afugentou o medo. “Shalom”, ouviram. “A paz esteja com vocês!” Jesus mostrou-lhes as chagas e de novo lhes desejou a paz. E então soprou sobre eles e lhes disse: “Recebam o Espírito Santo”. Da boca daquele que é a Palavra do Pai saiu um Sopro Divino, que é o Espírito Santo. Receberam o Espírito Santo, foram enviados em missão para introduzir o perdão em um mundo de vinganças e revanche. Vão perdoar. Se não perdoarem, o pecado ficará. Aquele que veio tirar o pecado do mundo transmite aos seus a mesma tarefa com a luz e a força do Espírito Santo. Tudo estava realizado. Jesus ressuscitado podia partir. Jesus podia partir, mas ficou de alguma maneira. Muitos irmãos e irmãs o viram até a sua Ascensão. No quinquagésimo dia da Páscoa, o Espírito Santo de Deus se manifestou. Estavam eles com Maria no Cenáculo, quando um vento forte passou por cima da casa. Línguas de fogo pairaram sobre a cabeça de cada um deles. Ficaram cheios do Espírito Santo e puderam se expressar em línguas como sinal da presença do Espírito. Saíram da casa e começaram a anunciar as maravilhas de Deus. Jerusalém estava cheia de peregrinos para a festa das Semanas, Shavuot, e muita gente se reuniu onde estavam os discípulos, porque tinham ouvido o ruído do vento forte que passara pela casa. Vinham de muitos lugares fora da Terra Santa e cada um entendia na sua língua o que o apóstolo e o discípulo falavam. Eles não balbuciavam sons estranhos nem falavam ao mesmo tempo várias línguas. Falavam a própria língua e cada um os entendia como se estivessem falando a sua língua materna. O Espírito estava presente na comunidade primitiva e se fazia sentir na diversidade dos dons e dos ministérios. Sua presença produzia fenômenos de êxtase a qualquer momento e de forma espontânea. O Espírito levava o cristão a se expressar em língua. O cristão não tomava a iniciativa, nem falava quando queria, nem ensinava ninguém a falar em língua, porque o dom não era dele. Era do Espírito. Todo dom e toda manifestação do Espírito, ensina São Paulo, são dados para a utilidade comum, para o bem de todos. Não é algo pessoal e menos ainda teatral. A mais genuína manifestação do Espírito Santo acontece na caridade praticada em silêncio. Vinde, Santo Espírito, e enviai do céu um raio da vossa luz!

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.