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Segunda-feira, 02 de Junho de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 10/08/2020

São Lourenço Diácono, festa - Ano A - Vermelha
1ª Leitura: 2Cor 9,6-10 Salmo: Sl 112(111) - Feliz quem é compassivo.
evangelho
Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. - Jo 12,24-26

“Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto. Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida eterna. Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estiver, estará também aquele que me serve. Se alguém me serve, meu Pai o honrará.”

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
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Oração Inicial

A dinâmica do Reino de Deus acontece de forma silenciosa, escondida e invisível, como o fermento na massa e como o pequeno grão de mostarda, que cresce e se torna uma grande árvore.
Ao Senhor entregamos nosso dia e pedimos que o Espírito Santo nos conceda a graça do discernimento para buscarmos a Verdade, que deve orientar a nossa vida, nosso agir e nossas decisões.
Peçamos: “Jesus Mestre, cremos com viva fé que estais aqui presente, para indicar-nos o caminho que leva ao Pai. Iluminai nossa mente, movei nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.”

Leitura (Verdade)

O que diz o texto? A quem Jesus está instruindo? Do que nos lembra a imagem do grão de trigo que morre para produzir frutos? Qual é a condição para que a semente possa germinar? O que significa ser aquele que serve, segundo Jesus?
“A semente é um dos símbolos mais expressivos da ressurreição. O lavrador abre sulcos e vai depositando as sementes e cobrindo-as com terra. Depois vem o frio, a escuridão e o silêncio. É a morte aparente. Mas a última palavra não foi dada. O milagre da vida nova acontece e a semente volta multiplicada. A alternativa do egoísmo é viver e morrer só. As palavras de Jesus são convite ao seguimento, que significa renúncia, significa saber perder. Jesus assume também seu destino, sua entrega ao Pai, sua morte e sua ressurreição. É também um convite ao serviço, que da mesma forma é uma atitude de perder e colocar em primeiro lugar o irmão. É fácil carregar a cruz na lapela; a maneira certa é carregá-la em nossos ombros.” (Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim hoje? Qual palavra mais chamou minha atenção? Em que sentido o texto fortalece minha caminhada de fé? Como acolho as palavras e ensinamentos de Jesus em minha vida? O que Jesus me convida a viver? Em quais realidades percebo a dinâmica do Reino de Deus acontecendo?

“Nesta imagem encontramos outro aspecto da Cruz de Cristo: o da fecundidade. A cruz de Cristo é fecunda. Com efeito, a morte de Jesus é uma fonte inesgotável de vida nova, porque traz em si a força regeneradora do amor de Deus. Imergidos neste amor pelo Batismo, os cristãos podem tornar-se ‘grãos de trigo’ e dar muito fruto se, como Jesus, ‘perderem a própria vida’ por amor de Deus e dos irmãos” (Papa Francisco).

Oração (Vida)

Oração para pedir a graça da fé
“Senhor, eu creio. Eu quero crer em ti. Eu te louvo pelo dom da fé e reconheço que estou ainda longe de ter a mesma fé de Abraão e Sara, de Tobit, de tantos profetas e reis; e o quanto sonho em experimentar também a mesma fé da Virgem Maria. Renova em mim o dom da fé recebido no Batismo, confirmado na Crisma e reanimado em cada Eucaristia. Que eu viva alicerçado na tua Palavra e que por ela me sinta exortado à fidelidade. Diante de tua presença, professo que creio, mas aumenta a minha fé. Senhor, faze que minha fé seja total, sem reservas; que ela penetre no meu pensamento e na minha maneira de julgar as coisas divinas e as coisas humanas. Senhor, faze que minha fé seja livre, quero aceitar livremente a tua vontade com todas as renúncias e deveres que ela comporta. Senhor, Tu disseste que felizes são os que creem sem ter visto. Dá-me a graça de crer, mesmo nos momentos em que não vejo caminho ou solução, reconhecendo que Tu és o caminho e solução, sempre! Senhor, faze que minha fé seja forte. Que eu possa caminhar sobre as águas revoltas e em teu nome eu possa remover montanhas; dá-me a fé que não vacila, que é garantia de vida eterna e que proclama teu poder, agindo, curando e libertando. Que eu permaneça com os olhos fixos no teu coração transpassado, para que, te vendo, eu receba a salvação e a anuncie a todos. Amém” (Papa Paulo VI).

Contemplação (Vida e Missão)

Qual novo olhar nasceu em você a partir da Palavra? Quais compromissos você deseja assumir em sua vida?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Hoje lemos uma passagem do Evangelho de São João por causa da festa de São Lourenço. Aplicamos ao diácono mártir todas as palavras de Jesus que proclamamos. O grão de trigo, que cai na terra e morre, produz fruto. Se não morrer, ficará só. São Lourenço morreu de forma dolorosa e seu sangue, sangue de mártir, tornou-se semente de cristãos. Ele não se apegou à sua vida, por isso a guardou para a vida eterna. Seguiu Jesus e cuidou dos pobres. Serviu Jesus e hoje é honrado pelo Pai. Naquele tempo havia sete diáconos em Roma trabalhando com o Papa Sixto II. Cuidavam, sobretudo, dos necessitados, mas também dos cemitérios e dos arquivos. Eram conselheiros e pregadores. O Papa foi executado com quatro diáconos e, dias depois, Lourenço também foi preso. Foi nessa ocasião que o juiz romano lhe deu a ordem de entregar todos os bens da Igreja ao imperador. São Lourenço levou ao juiz muitos dos pobres de Roma. Eram o tesouro da Igreja. Foi queimado vivo sobre uma grelha. É o padroeiro dos diáconos permanentes. Diácono é aquele que presta serviço, cria harmonia e cuida dos pobres, anuncia a Palavra e introduz novos cristãos na Igreja. Todos somos diáconos. Nem todos como São Lourenço, mas podemos sê-lo. Ainda hoje há cristãos morrendo de forma dolorosa. Não somos heróis, mas esperamos de Deus a força para honrarmos sempre e em toda parte o nome de cristão.

Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2020’, Paulinas.