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Segunda-feira, 03 de Novembro de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 03/11/2025

31ª Semana do Tempo Comum - Ano C - Verde
1ª Leitura: Rm 11,29-36 Salmo: Sl 68(69) - Ó Deus, responde-me na abundância de tua lealdade.
evangelho
Quando ofereceres um banquete, convida pobres, aleijados, coxos, cegos! Então serás bem-aventurado, porque eles não têm modo de te retribuir. Com efeito, isso te será retribuído na ressurreição dos justos - Lc 14,12-14

E disse também a quem o tinha convidado: “Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não chames teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos ricos, para não acontecer que eles, por sua vez, te convidem e assim fiques recompensado! Pelo contrário, quando ofereceres um banquete, convida pobres, aleijados, coxos, cegos! Então serás bem-aventurado, porque eles não têm modo de te retribuir. Com efeito, isso te será retribuído na ressurreição dos justos”.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023
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Oração Inicial

No Evangelho de hoje Jesus nos chama para ser, hoje e sempre, amor autêntico, caridade sincera, abertura verdadeira em relação ao próximo. O cristão não pode visar a recompensa crua, fazendo o bem apenas a quem lhe faz o bem e relacionando-se somente com quem pode retribuir.
Coloque-se nessa atitude de aprendizado, como filho/a que quer ser educado no caminho da felicidade verdadeira, a bem-aventurança.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Reze com o Salmo 131: “Senhor Deus, eu (diga seu nome), já não me sinto orgulhoso/a, deixei de olhar os outros com arrogância. Não vou atrás de coisas grandes e extraordinárias que estão fora do meu alcance. Assim como a criança que acabou de mamar fica tranquila nos braços de sua mãe, assim minha alma fica quieta, satisfeita e tranquila, e meu coração está calmo dentro de mim (Diga seu nome), eu ponho a minha confiança e a minha esperança em Deus, o Senhor, agora e sempre.” (cf. Sl 131). Amém.




Leitura (Verdade)

Faça uma leitura atenta do Evangelho. Mesmo convidado para um jantar, Jesus não deixa de se colocar ao lado dos pobres e nos ensinar o caminho da verdadeira felicidade.

Evangelho: Lc 14,12-14 “E Jesus disse também a quem o tinha convidado: “Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não chames teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos ricos, para não acontecer que eles, por sua vez, te convidem e assim fiques recompensado. Pelo contrário, quando ofereceres um banquete convida pobres, aleijados, coxos, cegos; então serás bem-aventurado, porque eles não têm modo de te retribuir. Com efeito, isso te será retribuído na ressurreição dos justos”.

“A orientação de Jesus nesse discurso visa à gratuidade e ao despojamento de coração. Ele toca em uma prática frequente nas relações sociais, a conhecida “segunda intenção”: fazer festas glamorosas no intuito de reconhecimento, elogio, retribuição, visibilidade nas colunas sociais, notoriedade entre os “vizinhos ricos”. Quem quiser ser feliz, de fato, e conhecer a felicidade que vem de Deus, convide os que nem casa têm para uma farta refeição. Padre Zezinho, conhecido artista cristão, canta este convite: “Você, que não conhece a etiqueta, que certamente nem acertaria com que colher ou garfo comeria, pode chegar, que a festa começou”. Festa que será integralmente retribuída na ressurreição dos justos.” (Viver a Palavra – 2025. Ir. Maria Inês Carniato, fsp- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Estamos diante de um texto que nos lança um grande apelo: a renúncia à sociedade egoísta e a adesão à nova sociedade do Reino, fundada na gratuidade, no serviço e na partilha. É a lógica contrária à da sociedade em que estamos inseridos. É um estilo de vida que segue os critérios de Jesus e de seu Evangelho, que vê a relação entre as pessoas permeadas pelo serviço humilde e gratuito.
Como criar em nosso coração essa atitude de gratuidade?
Que mudança de atitudes esse evangelho lhe sugere? Qual convite o Senhor lhe faz neste dia?

Oração (Vida)

Rogue pedindo a Virgem Maria que nos apresente ao seu Filho como filhos necessitados de sua graça e seu auxílio:
“Maria, Mãe de Jesus e minha, acolhei-me entre os que amais, nutris, santificais e guiais na escola de Jesus Cristo Divino Mestre. Vós conheceis nos planos de Deus os filhos que ele chama, e por eles intercedeis, obtende-me graça, luz e conforto. Iluminai minha mente, fortificai minha vontade e santificai meu coração para que eu possa corresponder plenamente ao amor do Pai.” Amém.

Contemplação (Vida e Missão)

É o momento de responder à presença de Deus em nossa vida com um compromisso, um gesto concreto. De que forma você deseja colocar em prática os apelos que a Palavra de Deus despertou em você neste dia?

Bênção

O Senhor Jesus Cristo esteja ao meu lado para me sustentar,
Dentro de mim para me encorajar,
Diante de mim para me orientar,
Atrás de mim para me proteger,
Acima de mim para me abençoar.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.
Que a bênção de Deus Pai de amor e bondade desça sobre mim, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Jesus ainda continua no banquete da casa de um dos chefes dos fariseus. Depois de dar uma lição de humildade aos convidados, para não buscarem os primeiros lugares, ele se dirige ao anfitrião da festa para mais um discurso. Ele o exorta a realizar um banquete não só para seu círculo de parentes e amigos, do mesmo grupo religioso. Pela ética da reciprocidade, esses poderiam retribuí-lo ou socorrê-lo de apuros facilmente. Ao contrário, deve oferecê-lo aos pobres, aleijados, coxos e cegos, os menosprezados da sociedade judaica e greco-romana. Na nova família dos discípulos de Jesus, formada por pessoas de diferentes níveis sociais e de origens diversas, todos são parentes e amigos, possuindo tudo em comum. A generosidade e gratuidade sobrepõem a reciprocidade, porque se fundamentam no próprio Deus. A maior retribuição para os discípulos é a própria ressurreição dos justos, plena felicidade de participar do banquete escatológico, onde todos se fazem comunhão com Deus. Tenhamos um coração generoso que não faz distinção de pessoas, mas transborde o amor no serviço ao próximo, seja ele quem for!

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.