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Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida
Texto de Maria do dia 10 de setembro
O Magnificat
O Magnificat
Jacques Daret

O canto de Maria, resposta ao hino de Isabel, é conhecido sob o nome de Magnificat (Lc 1,46-55). Maria, louvada, orienta todo o seu canto para Deus, que ela glorifica do primeiro ao último versículo. É a perfeita característica de Maria: ela torna a centrar-se sempre ou no seu Filho Jesus, como em Caná, ou em Deus, como é o caso aqui. Nos lugares de peregrinação, onde ela é honrada, celebra-se a Eucaristia, proclama-se a Palavra e, continuamente, anuncia-se e louva-se o seu Filho.

O Magnificat inscreve-se nos salmos de louvor; nessa grande corrente, entre os chamados cânticos novos. Um cântico novo era um salmo improvisado, tecido de uma sequência espontânea de citações bíblicas. Com efeito, Maria aqui é como uma Bíblia aberta. É a teóloga protestante France Quéré que o diz no seu livro Maria. O seu canto desliza de uma citação a outra, como se todo o Antigo Testamento quisesse fazer-se presente na voz de Maria e, mediante ela, passar ao Novo Testamento.

Mas, se o Magnificat é um canto improvisado, então podemos perguntar-nos que retrato espontâneo e cotidiano de Deus Maria guarda em si, como reflexo que é do retrato que emerge neste canto da jovem mulher que o improvisa.

Lemos, rezamos ou cantamos, muitas vezes, o Magnificat. Fazemos nossa a fé, a alegria e o louvor mediante os quais Maria glorifica a Deus. Sempre que repetimos: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada”, nós bem intuímos que no grande louvor de Deus esta pequena frase e esta profecia constituem o louvor reservado à Mãe. Reiteramos esta profecia com júbilo, dando-lhe uma espécie de cumprimento. Hoje somos a geração que diz com alegria e reconhecimento: Todas as gerações me chamarão bem-aventurada! Sim, Mãe de Jesus, declaramos-te bem-aventurada; tu és a causa da nossa própria alegria.

ORAÇÃO:
Na verdade, é digno chamar-te bem-aventurada, ó Mãe de Deus, tu, que és beatíssima e toda pura, geraste nosso Deus.
És mais honorável do que os querubins e incomparavelmente mais gloriosa do que os serafins, tu que, sem vestígio de corrupção, geraste o Verbo de Deus.
Nós te aclamamos como a verdadeira Mãe de Deus.
(Liturgia bizantina)

Reflexão e oração do livro: 'Maria dos Evangelhos", Paulinas Editora.