Em nossa vida necessitamos aprender a captar as lições que nos chegam da lei dos contrastes. Aprendemos a valorizar a luz, quando nos vemos ameaçados pelas trevas. Acordamos para o valor inestimável da água, quando somos atingidos por uma estiagem. Dispensamos mais atenção e cuidado à saúde, quando nos vemos fragilizados pela doença.
Creio que, em nosso tempo esta lei dos contrastes também atinge os humanos nas crises políticas, econômicas, sociais e religiosas. Quanto mais se publicam notícias de trapaceiros e corruptos, enganadores e ladrões, violentos e agressores, mais necessitamos trazer a público as testemunhas da fé do passado e do presente.
Mesmo que a mídia não ajude muito a contemplar o encantamento pelas testemunhas da fé, a humanidade sempre encontra um jeito de fazê-lo. Basta ver as multidões presentes nos santuários e nas Romarias dedicadas a Maria neste Brasil. “Um sinal grandioso apareceu no céu: uma mulher vestida de sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1). O mundo atual necessita destes sinais, testemunhas de fé. Por isso é importante ver brilhar “como astros no mundo, mensageiros da Palavra de vida” (Fl 2,15-16).
O mesmo que se diz de Maria, também se diz dos santos e santas, homens e mulheres que acertaram na vida, movidas e movidos pelo dinamismo da fé. Estes e estas comprovam ao coração da humanidade que o tempo não faz esquecer a quem vive o Evangelho e se empenha “até que Cristo se forme” em suas vidas (cf. Gl 4,19).
O encantamento pelas testemunhas da fé foi confirmado quando ocorreu a morte de João Paulo II, onde a multidão gritava na praça de São Pedro: “Santo, já!” Sua beatificação, em tempo recorde, confirma o resultado de um clamor unânime da humanidade, especialmente da juventude. E as jornadas mundiais da juventude, o que revelam?
Aqui, em nosso Brasil, também podemos lembrar o encantamento pelas testemunhas da Fé como: Madre Paulina, Irmã Dulce, Irmã Doroty Stang, Dom Helder Câmara, Dom Luciano Mendes de Almeida etc. Aliás, o próprio João Paulo II, ao beatificar a Madre Paulina, dizia: “O Brasil precisa de santos”. Junto a estes e estas que foram lembrados, em nossas comunidades e famílias cristãs poderíamos elencar uma lista interminável de testemunhas de fidelidade, dedicação, doação e serviço.
Sempre é importante para nós, que haja alguém para nos lembrar algo que já sabemos. Por exemplo: que Deus é Pai e nos ama, que devemos amar-nos com sinceridade, que Cristo nossa esperança ressuscitou. Desta forma, nos damos conta que o Cristianismo é simples e, por isso, os simples o entendem tão bem e tão rapidamente.
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