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Sexta-feira, 10 de Janeiro de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida
Santo do dia 09 de janeiro
Bem-aventurado Gregório X
Papa (1210-1276)
Bem-aventurado Gregório X
Rebeca Venturini/FC

Teobaldo Visconti de Piacenza, arcebispo de Liège, recebeu o encargo de pregar a última cruzada e de prestar assistência espiritual aos cavaleiros cristãos, acompanhando-os à Terra Santa.

Nesse ínterim, em 1271, recebeu um emissário de Roma, que lhe deu a notícia de que fora eleito papa. Contudo, não era padre e deveria, como se costuma dizer, queimar as etapas em poucos dias, tanto para chegar à sagração episcopal quanto para ascender ao sólio pontifício.

O prosseguimento da cruzada, obviamente, passou a fazer parte de suas metas (como pontífice), contudo o que então mais urgia era obter a unidade dos cristãos.

Durante sua estada na Palestina, persuadira-se de que havia necessidade e viabilidade de se promover a união entre as Igrejas latina e grega. Com esse objetivo, anunciou a convocação de um concílio ecumênico, que foi inaugurado em Lião, no dia 1º de maio de 1274.

Entre os quinhentos bispos presentes (além de sessenta abades e mil padres) destacava-se a esbelta silhueta do novo cardeal franciscano Boaventura de Bagnoregio, filósofo e teólogo de grande renome. Também fora convocado para o concílio outro grande filósofo e teólogo, o dominicano Tomás de Aquino, prematuramente colhido pela morte, em Fossanova, a caminho de Lião.

No dia 7 de maio, Gregório X pronunciou o discurso de abertura das vária sessões, começando por evocar as palavras evangélica: 'Desiderio desideravi hoc Pascha manducare vobiscum.'

De fato, o maior desejo do papa - a união dos cristãos - parecia prestes a tornar-se realidade com a chegada dos representante da Igreja ortodoxa, encarregados de subscrever a profissão de fé de comum acordo com os anfitriões. Isso envolveria até a espinhosa questão concernente à secular divergência sobre a dupla 'processão' do Espírito Santo (do Pai e do Filho). A reconciliação parecia selada, e o papa entoou em alta voz o Te Deum.

Do livro: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas.