O Martirológio romano elenca quatro grupos de mártires, mortos em Nicomédia, no Helesponto, comemorados a 18 de março, 23 de junho e 25 de dezembro. Fala-se de 30 mil mártires anônimos. Provavelmente a cifra é exagerada.
Mas, por que em Nicomédia? A data, 303, e as circunstâncias correspondem ao que diz a história.
Diocleciano, imperador romano de origem dálmata (245-313) – autor da maior e mais intensa perseguição contra os cristãos -, exercera o ofício de comandante da guarda pessoal de seu predecessor precisamente em Nicomédia, onde tinha uma de suas residências preferidas.
Eleito imperador, sua principal preocupação foi reforçar as fronteiras do império e a unidade imperial com a exaltação dos antigos cultos romanos, que levaram precisamente à encarniçada perseguição de 303 contra os cristãos.
O primeiro a sofrer o martírio foi seu cubicularius, são Pedro de Nicomédia, que prestava serviço no palácio do imperador. Diocleciano quis que a punição do cristão que se recusasse a cumprir os rituais de oferendas às divindades de Roma fosse uma advertência para todos os outros cristãos de sua cidade. De Pedro foram arrancados pedaços de carne e lançado vinagre sobre feridas. O mártir foi depois condenado à fogueira.
O heroico comportamento do mártir infundiu serenidade aos outros 20 mil cristãos de Nicomédia (a cifra é tomada do Martirológio), que poucos dias depois deram seu testemunho da fé em Cristo com a própria vida.
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