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Terça-feira, 16 de Abril de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida
Data comemorativa do dia 10 de novembro
Dia do Trigo
Dia do Trigo
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Há lendas sobre o trigo em quase todas as religiões: os egípcios atribuíam o seu aparecimento à deusa Ísis; os fenícios, a Dagon; os hindus, a Brama; os árabes, a são Miguel; os cristãos, a Deus.

O trigo foi o primeiro cereal que o ser humano aprendeu a cultivar. Através dos séculos, ele passou a estocar o excedente como alimento de consumo para o inverno e a semente para um novo plantio. O ser humano passou, então, a se fixar nas regiões onde as condições de solo e clima eram mais favoráveis ao seu cultivo. Aos poucos, sem a necessidade de sair à procura de alimento, os povos nômades foram se transformando em agricultores. Por outro lado, a troca de informações e experiências trouxe o desenvolvimento da linguagem e, mais tarde, de símbolos, iniciando-se, assim, os rudimentos da comunicação escrita. Por isso, as sementes do trigo são chamadas também de “sementes da civilização”.

No início, o triticum vulgare, o trigo, era triturado entre pedras rústicas para dar origem à farinha. No primeiro milênio a.C., os gregos fizeram importantes mudanças na moagem, utilizando a mó de ampulheta, que girava continuamente sobre os grãos. Mais tarde, as mós passaram a ser movimentadas por animais e escravos.

A indústria da moagem foi criada pelos romanos. Os moinhos eram localizados nas grandes cidades, constituídos de conjuntos de mós de ampulheta e peneiras. Outros meios mecânicos começaram a ser utilizados, como as rodas hidráulicas e as pás movidas pela energia eólica. Mais tarde, surgiram as máquinas peneiradoras e purificadoras, com cilindros movimentados a vapor e, posteriormente, pela energia elétrica.

No Brasil, o trigo, certamente, foi introduzido pelos portugueses. Sua cultura começou em 1534, quando as naus de Martim Afonso de Sousa trouxeram as primeiras sementes para serem lançadas às terras da capitania de São Vicente. Depois, foi difundida para todas as capitanias, chegando à Ilha de Marajó, cujas plantações se tornaram muito famosas.

Retirado do livro: “Datas comemorativas cívicas e históricas”, Paulinas Editora.