A Semana Nacional do Livro, comemorada de 23 a 29 de outubro, foi definida pelo decreto n. 84.631, de 14/4/1980.

Na Antiguidade, o livro era bem diferente do que conhecemos hoje, pois não existia papel para registrar a escrita. Utilizavam-se os mais diversos materiais, como cascas de árvores, folhas de palmeira, tabuinhas de barro ou cera, papiro, blocos de pedra ou pergaminho, obtido da pele de animais.

Os escribas egípcios registravam o cotidiano em um sofisticado material, em razão de terem descoberto que as folhas sobrepostas de uma planta que crescia às margens do rio Nilo davam um excelente papel, depois de serem separadas e coladas. Assim nasceu o papiro, que deu origem à palavra “papel” (do latim “papyrus”).

Quando Roma invadiu o Egito, apossou-se dos papiros escritos, que eram lavados e usados para novas escritas. Depois, os romanos inventaram um novo tipo de papel, utilizando cascas de árvores.

Na China, a escrita era feita sobre um papel rudimentar produzido com a polpa do bambu e da amoreira. Tanto os chineses quanto os japoneses escreviam também sobre o algodão e a seda.

Os árabes obtinham folhas de papel por meio de uma pasta de trapos. Os europeus, do século XII ao XV, também utilizavam trapos moídos com goma de árvore para produzir um papel grosseiro. O registro de grandes obras, contudo, era feito pelos copistas medievais sobre pergaminho.

Quando Gutenberg inventou a máquina impressora, em meados do século XV, surgiu o primeiro livro impresso, a Bíblia, considerada o livro mais lido do mundo.

Hoje, em razão da alta tecnologia, os livros são produzidos em larga escala, nos mais diferentes tipos e padrões, abordando os mais diversificados assuntos e colocados no mercado com espantosa rapidez.

O dia 29 de outubro foi escolhido para homenagear o livro no Brasil, porque foi nessa data (em 1810) que o príncipe-regente D. João fundou a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Esse acontecimento foi marcante e de extrema importância para a popularização do livro, já que a biblioteca permite a qualquer pessoa o acesso fácil à leitura, disseminando o conhecimento.