Evangelho do dia 11/04/2022
Semana Santa - Ano C - Roxa

A mim nem sempre tereis - Jo 12,1-11
Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele tinha ressuscitado dos mortos. Lá, ofereceram-lhe um jantar. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Maria, então, tomando meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. A casa inteira encheu-se do aroma do perfume. Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que entregaria Jesus, falou assim: “Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários para se dar aos pobres?” Falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas, porque era ladrão: ele guardava a bolsa e roubava o que nela se depositava. Jesus, porém, disse: “Deixa-a! Que ela o guarde em vista do meu sepultamento. Os pobres, sempre os tendes convosco. A mim, no entanto, nem sempre tereis”. Muitos judeus souberam que ele estava em Betânia e foram para lá, não só por causa dele, mas também porque queriam ver Lázaro, que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. Os sumos sacerdotes, então, decidiram matar também Lázaro, pois por causa dele muitos se afastavam dos judeus e começaram a crer em Jesus.
Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.Oração Inicial
Agora eu me imagino aos pés de Jesus como discípulo(a), ouvindo seus ensinamentos. Escolho um lugar, no meio desta cena, de onde quero escutar o Mestre. Acalmo todo meu ser e foco-me no Evangelho que a liturgia oferece hoje. Assim estou em comunhão com toda a comunidade cristã acolhendo a semente da Palavra. Quero que em mim ela produza frutos, muitos frutos, por isso abro meu coração e ouvidos.
Oro ou canto: Cada vez que eu venho, para te falar, na verdade eu venho para te escutar.
Fala-me da Vida, preciso te escutar! Fala da Verdade, que vai me libertar! .
Medite com esta canção:
Leitura (Verdade)
Releio o texto e escuto o que ele me diz: o que cada personagem procura? O que a multidão busca? Por que muitos começaram a crer em Jesus? O que Maria nos ensina com este gesto?
Evangelho: Jo 12,1-11 Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele tinha ressuscitado dos mortos. Lá, ofereceram-lhe um jantar. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Maria, então, tomando meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. A casa inteira encheu-se do aroma do perfume. Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que entregaria Jesus, falou assim: “Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários para se dar aos pobres?” Falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas, porque era ladrão: ele guardava a bolsa e roubava o que nela se depositava. Jesus, porém, disse: “Deixa-a! Que ela o guarde em vista do meu sepultamento. Os pobres, sempre os tendes convosco. A mim, no entanto, nem sempre tereis”. Muitos judeus souberam que ele estava em Betânia e foram para lá, não só por causa dele, mas também porque queriam ver Lázaro, que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. Os sumos sacerdotes, então, decidiram matar também Lázaro, pois por causa dele muitos se afastavam dos judeus e começaram a crer em Jesus. <,br>
“Esta segunda-feira da Semana Santa nos apresenta dois modelos de discípulos, na semana da paixão: Maria e Judas. Maria, a irmã de Marta, lavou os pés de Jesus com perfume. Mostrou amor pelo Senhor e comunhão com sua paixão. Era como se o estivesse preparando para o sepultamento. Judas Iscariotes, um dos doze apóstolos, ficou irritado com o gesto de Maria. Reclamou do desperdício, cobrando a ajuda aos pobres, camuflando os próprios interesses. Maria demonstrou união para com Jesus em seu sofrimento. Judas demonstrou distância de Jesus e interesse financeiro na sua paixão (queria tirar proveito). Nesta Semana Santa, pode-se ser Maria ou Judas: fazer comunhão com Jesus ou querer se aproveitar dele.” (Viver a Palavra – 2022. Pe. João Carlos Ribeiro - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O gesto de Maria significa a total entrega de sua vida. Como é meu testemunho cristão? Tenho coragem de manifestar meu amor a Jesus com gestos públicos? Como aproveito as oportunidades de fazer o bem que a comunidade e a sociedade me oferecem? Onde busco a sabedoria que dá sentido à vida?
Oração (Vida)
Este momento deixo meu coração falar com Deus. O que quero lhe dizer?
Rezo como missionário(a) pelas necessidades de meu povo. Falo com Deus das fragilidades humanas (lembro as classes menos favorecidas, as que exercem responsabilidade com o povo) e peço a graça de nunca me envergonhar de dar meu testemunho cristão.
Contemplação (Vida e Missão)
Sintetize em poucas palavras o apelo que você sentiu em seu coração, para colocá-lo em prática durante o dia. O que você se propõe viver?
Bênção
Benção especial da Quaresma
- Deus Pai de misericórdia, conceda a todos, como concedeu ao filho pródigo, a alegria do retorno a casa. Amém.
- O Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, nos guie nesta jornada quaresmal a uma verdadeira conversão. Amém.
- O Espírito de sabedoria e fortaleza nos sustente na luta contra o mal, para podermos com Cristo celebrar a vitória da Páscoa. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
A cena da unção é narrada pelos quatro evangelhos (Mc 14,3-9; Mt 26,6-13 e Lc 7,36-50). Mateus está muito próximo de Marcos, mas Lucas e João se afastam. É o início da semana definitiva. Assim como na primeira semana (Jo 2,1-11), também nessa segunda semana há a unção que lembra bodas (Ct 4,1ss). Seis dias antes (seis é número da imperfeição) aponta para uma nova realidade que se completará só depois da paixão, morte e ressurreição. No gesto de ungir os pés (cf. Ct 1,3.12-13; 4,14; Sl 133), está prefigurado o reconhecimento do messianismo de Jesus, porém, um messianismo que enfrenta a morte, pois, quando se queria exaltar o messias, se ungia a cabeça. Ungir os pés é rito fúnebre. Segundo a cena, Jesus é o messias, mas não o glorioso; antes, aquele que vai à sepultura. Ainda se pode destacar o papel dos discípulos: Judas, o interesseiro e ladrão; Lázaro, Marta e Maria, os servidores que, assim como o Mestre, irão enfrentar a perseguição (queriam matar Lázaro).
Frei Bruno Godofredo Glaab, ‘A Bíblia dia a dia 2022’, Paulinas.Evangelho do dia 11/04/2022
Semana Santa - Ano C - Roxa

A mim nem sempre tereis - Jo 12,1-11
Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele tinha ressuscitado dos mortos. Lá, ofereceram-lhe um jantar. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Maria, então, tomando meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. A casa inteira encheu-se do aroma do perfume. Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que entregaria Jesus, falou assim: “Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários para se dar aos pobres?” Falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas, porque era ladrão: ele guardava a bolsa e roubava o que nela se depositava. Jesus, porém, disse: “Deixa-a! Que ela o guarde em vista do meu sepultamento. Os pobres, sempre os tendes convosco. A mim, no entanto, nem sempre tereis”. Muitos judeus souberam que ele estava em Betânia e foram para lá, não só por causa dele, mas também porque queriam ver Lázaro, que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. Os sumos sacerdotes, então, decidiram matar também Lázaro, pois por causa dele muitos se afastavam dos judeus e começaram a crer em Jesus.
Oração Inicial
Agora eu me imagino aos pés de Jesus como discípulo(a), ouvindo seus ensinamentos. Escolho um lugar, no meio desta cena, de onde quero escutar o Mestre. Acalmo todo meu ser e foco-me no Evangelho que a liturgia oferece hoje. Assim estou em comunhão com toda a comunidade cristã acolhendo a semente da Palavra. Quero que em mim ela produza frutos, muitos frutos, por isso abro meu coração e ouvidos.
Oro ou canto: Cada vez que eu venho, para te falar, na verdade eu venho para te escutar.
Fala-me da Vida, preciso te escutar! Fala da Verdade, que vai me libertar! .
Medite com esta canção:
Leitura (Verdade)
Releio o texto e escuto o que ele me diz: o que cada personagem procura? O que a multidão busca? Por que muitos começaram a crer em Jesus? O que Maria nos ensina com este gesto?
Evangelho: Jo 12,1-11 Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele tinha ressuscitado dos mortos. Lá, ofereceram-lhe um jantar. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Maria, então, tomando meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. A casa inteira encheu-se do aroma do perfume. Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que entregaria Jesus, falou assim: “Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários para se dar aos pobres?” Falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas, porque era ladrão: ele guardava a bolsa e roubava o que nela se depositava. Jesus, porém, disse: “Deixa-a! Que ela o guarde em vista do meu sepultamento. Os pobres, sempre os tendes convosco. A mim, no entanto, nem sempre tereis”. Muitos judeus souberam que ele estava em Betânia e foram para lá, não só por causa dele, mas também porque queriam ver Lázaro, que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. Os sumos sacerdotes, então, decidiram matar também Lázaro, pois por causa dele muitos se afastavam dos judeus e começaram a crer em Jesus. <,br>
“Esta segunda-feira da Semana Santa nos apresenta dois modelos de discípulos, na semana da paixão: Maria e Judas. Maria, a irmã de Marta, lavou os pés de Jesus com perfume. Mostrou amor pelo Senhor e comunhão com sua paixão. Era como se o estivesse preparando para o sepultamento. Judas Iscariotes, um dos doze apóstolos, ficou irritado com o gesto de Maria. Reclamou do desperdício, cobrando a ajuda aos pobres, camuflando os próprios interesses. Maria demonstrou união para com Jesus em seu sofrimento. Judas demonstrou distância de Jesus e interesse financeiro na sua paixão (queria tirar proveito). Nesta Semana Santa, pode-se ser Maria ou Judas: fazer comunhão com Jesus ou querer se aproveitar dele.” (Viver a Palavra – 2022. Pe. João Carlos Ribeiro - Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O gesto de Maria significa a total entrega de sua vida. Como é meu testemunho cristão? Tenho coragem de manifestar meu amor a Jesus com gestos públicos? Como aproveito as oportunidades de fazer o bem que a comunidade e a sociedade me oferecem? Onde busco a sabedoria que dá sentido à vida?
Oração (Vida)
Este momento deixo meu coração falar com Deus. O que quero lhe dizer?
Rezo como missionário(a) pelas necessidades de meu povo. Falo com Deus das fragilidades humanas (lembro as classes menos favorecidas, as que exercem responsabilidade com o povo) e peço a graça de nunca me envergonhar de dar meu testemunho cristão.
Contemplação (Vida e Missão)
Sintetize em poucas palavras o apelo que você sentiu em seu coração, para colocá-lo em prática durante o dia. O que você se propõe viver?
Bênção
Benção especial da Quaresma
- Deus Pai de misericórdia, conceda a todos, como concedeu ao filho pródigo, a alegria do retorno a casa. Amém.
- O Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, nos guie nesta jornada quaresmal a uma verdadeira conversão. Amém.
- O Espírito de sabedoria e fortaleza nos sustente na luta contra o mal, para podermos com Cristo celebrar a vitória da Páscoa. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
A cena da unção é narrada pelos quatro evangelhos (Mc 14,3-9; Mt 26,6-13 e Lc 7,36-50). Mateus está muito próximo de Marcos, mas Lucas e João se afastam. É o início da semana definitiva. Assim como na primeira semana (Jo 2,1-11), também nessa segunda semana há a unção que lembra bodas (Ct 4,1ss). Seis dias antes (seis é número da imperfeição) aponta para uma nova realidade que se completará só depois da paixão, morte e ressurreição. No gesto de ungir os pés (cf. Ct 1,3.12-13; 4,14; Sl 133), está prefigurado o reconhecimento do messianismo de Jesus, porém, um messianismo que enfrenta a morte, pois, quando se queria exaltar o messias, se ungia a cabeça. Ungir os pés é rito fúnebre. Segundo a cena, Jesus é o messias, mas não o glorioso; antes, aquele que vai à sepultura. Ainda se pode destacar o papel dos discípulos: Judas, o interesseiro e ladrão; Lázaro, Marta e Maria, os servidores que, assim como o Mestre, irão enfrentar a perseguição (queriam matar Lázaro).
Frei Bruno Godofredo Glaab, ‘A Bíblia dia a dia 2022’, Paulinas.