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Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 14/04/2024

3º Domingo da Páscoa - Ano B - Branca
1ª Leitura: At 3,13-15.17-19 Salmo: Sl 4 - Levanta sobre nós, Senhor, a luz da tua face. 2ª Leitura: 1Jo 2,1-5a
evangelho
A paz esteja convosco! - Lc 24,35-48

Aqueles contaram o acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão. Enquanto falavam disso, Jesus se apresentou no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!” Eles, porém, surpresos e assustados, pensavam estar vendo um espírito. Ele lhes disse: “Por que estais perturbados? Por que surgem dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai ‑me e vede, porque um espírito não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Tendo dito isso, mostrou ‑lhes as mãos e os pés. Mas, como eles, por causa da alegria, ainda não acreditavam e continuavam admirados, disse‑lhes: “Tendes algo para comer?” Eles lhe ofereceram um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles. Depois lhes disse: “Estas são as palavras que eu vos falei quando ainda estava convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse‑lhes: “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá, ressuscitará dos mortos no terceiro dia, e, em seu nome, se pregará a conversão para o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. Vós sois testemunhas disso.

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
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Oração Inicial

A Liturgia deste Domingo nos convida a uma resposta de fé, acolhendo a Palavra, a presença e a paz de nosso Senhor, mesmo quando nossa cegueira não nos permite reconhecê-lo no meio de nós.

Oremos para que O Espírito Santo abra nossa inteligência para compreender o Projeto do Pai como projeto de Amor, mesmo quando não enxergamos a presença dele em nossas tribulações.




Permaneça uns instantes neste mergulho do amor divino para acolher com fé e alegria a Palavra do Senhor.

Leitura (Verdade)

Cristo é a Palavra viva do Pai e incansavelmente presente entre nós. Feliz quem o escuta e parte com Ele o pão da vida.
Evangelho: Lc 24,35- Aqueles contaram o acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão. Enquanto falavam disso, Jesus se apresentou no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!” Eles, porém, surpresos e assustados, pensavam estar vendo um espírito. Ele lhes disse: “Por que estais perturbados? Por que surgem dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai ‑me e vede, porque um espírito não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Tendo dito isso, mostrou ‑lhes as mãos e os pés. Mas, como eles, por causa da alegria, ainda não acreditavam e continuavam admirados, disse‑lhes: “Tendes algo para comer?” Eles lhe ofereceram um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles. Depois lhes disse: “Estas são as palavras que eu vos falei quando ainda estava convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse‑lhes: “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá, ressuscitará dos mortos no terceiro dia, e, em seu nome, se pregará a conversão para o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. Vós sois testemunhas disso.

“Este relato está na sequência do episódio dos discípulos de Emaús. Jesus confirma sua presença real. Ele está vivo e fundamenta seu projeto do Reino com as palavras das Escrituras. Abre a inteligência dos discípulos para que compreendam que o plano divino e redentor se cumpriu em sua pessoa. Os discípulos foram imediatamente anunciar, aos que estavam em Jerusalém, que o Senhor estava vivo. Eles o reconheceram quando, sentados à mesa, ele partiu o pão. A Eucaristia e as Sagradas Escrituras nos mantêm em sintonia com o projeto de Jesus e nos dão acesso à sua paz, dom do Cristo ressuscitado. Que a presença de Cristo vivo, no Pão e na Palavra, nos faça testemunhas de seu amor e de sua paz”. (Viver a Palavra – 2024 - Ir. Carmen Maria Pulga - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Um elemento importante deste relato é saber que os fiéis estavam reunidos em comunidade e ouvindo os dois discípulos darem testemunho de que reconheceram Jesus ao partir o pão. Foi nesta vivência da Palavra e do Pão celebrado que Jesus entrou com sua Paz e a certeza de que está onde dois ou três se reúnem em seu nome.
Como você avalia seu comprometimento com a comunidade de fé?
Em quais circunstâncias você é capaz de se levantar, sair do seu lugar, para testemunhar, com sua fé e suas atitudes, que o Senhor está vivo no meio de nós?

Oração (Vida)

Coloque-se entre os discípulos, reunidos numa comunidade de fé, e faça sua oração iluminado/a por este Evangelho tão inspirador.

Se desejar pode concluir com esta oração:
“Senhor Jesus, Pão Sagrado descido do céu, alimenta-me cada vez mais com teu Corpo dado e Teu Sangue derramado, por amor. Santifica-me com a força deste alimento de Salvação. Pela comunhão Eucarística, elimina em mim todo desejo de vingança, todo ódio, raiva, amargura e ressentimentos. Que a Sagrada Eucaristia, alimento de amor, me robusteça e fortifique cada vez mais, afim de ser capaz de promover a vida de meus semelhantes. Faze-me, pelo poder sagrado da Eucaristia, encontrar forças para enfrentar e sublimar todas as cruzes da vida. Elimina, Jesus, da minha vida, toda e qualquer resistência ao entendimento do que efetivamente é a Sagrada Eucaristia. Ajuda-me, com a Tua graça, a transformar a Eucaristia em ação concreta na vida de meus semelhantes. Amém.”

Contemplação (Vida e Missão)

Tomar a firme decisão de aceitar o convite divino de testemunhar seu amor e sua paz, parece ser uma sugestão prática para ser vivenciada.

Bênção

“Bendito seja o nosso Deus e nosso Pai que nos liberta com a sua paz.
O Pai nos ama com imenso amor por isso eu canto agora em seu louvor.
O Pai nos quer no reino do amor por isso eu canto agora em seu louvor”.

Os discípulos de Emaús fizeram a experiência do encontro com Jesus ressuscitado e refizeram imediatamente o caminho que já tinham percorrido para anunciar, aos que estavam em Jerusalém, que o Senhor estava vivo. Eles o reconheceram quando, sentados à mesa, ele partiu o pão. Doravante parece ser este o caminho para reconhecermos Jesus presente entre nós: partir o pão. Quando partimos o pão, da Eucaristia e o pão de cada dia, ele se faz presente. Voltaram, foram ao Cenáculo onde estavam os outros e contaram-lhes tudo o que tinha acontecido. Ainda estavam falando, quando Jesus se pôs no meio deles. Jesus demonstra a todos que é ele mesmo quem está no meio deles, que não é um espírito, porque tem carne e osso, e, para tirar toda dúvida, mostra-lhes as chagas e come um pedaço de peixe assado diante deles. Deu-lhes ainda uma aula de Sagrada Escritura para entenderem que era preciso que se realizasse tudo o que está escrito sobre ele na Bíblia Sagrada. Eles, apóstolos e discípulos, serão testemunhas do que viam e ouviam. Irão pelo mundo afora anunciando em nome de Cristo a conversão para o perdão dos pecados a todas as nações, a partir de Jerusalém. Isaías e Miqueias já tinham feito a mesma afirmação, de que de Sião sairia o Ensinamento da Torá e de Jerusalém, a Palavra do Senhor. Os Atos dos Apóstolos reproduzem as palavras de Jesus no sermão de Pedro, no pórtico de Salomão no templo. Dizia Pedro aos que o ouviam que Deus realizou em Jesus Cristo tudo o que havia anunciado pelos profetas, e convidava todos à conversão para o perdão dos pecados. Percebemos que nem tudo é claro para nós que lemos os relatos da fé dos primeiros cristãos, deixados nos textos sagrados do Novo Testamento. Estamos nesta terra circunscritos ao tempo e ao espaço. Dificilmente entendemos um corpo ressuscitado que já passou para o outro lado da existência. Não importa, porém, se Jesus ressuscitado comeu peixe de verdade ou se foi só algo para ajudar a fé dos discípulos. O que importa é que ele é o mesmo. É o mesmo Jesus Cristo. Assim será conosco. Seremos nós mesmos do lado de lá, com alguma coisa diferente. Já aprendemos que a ressurreição não é repetição desta vida. São Paulo escreve que os sofrimentos desta vida não se comparam com o que Deus preparou para nós na eternidade. Esperemos com alegria e confiança. A primeira Carta de São João nos dá ainda um consolo quando nos diz que Jesus Cristo, o justo, é nosso defensor diante do Pai. Não podíamos ter melhor defensor. E a certeza de que estamos nele e ele em nós está na obediência a seus mandamentos. Seus mandamentos são um só: amar, amor a Deus e ao próximo.

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.