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Quinta-feira, 11 de Setembro de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 11/09/2025

23ª Semana do Tempo Comum - Ano C - Verde
1ª Leitura: Cl 3,12-17 Salmo: Sl 150 - Que tudo o que respira louve o Senhor.
evangelho
Como quereis que os homens vos façam, fazei-lhes do mesmo modo - Lc 6,27-38

“No entanto, a vós que me escutais, eu vos digo: amai vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos maltratam! A quem te bater em uma face, oferece também a outra; a quem te tomar o manto, não recuses a túnica! A todo aquele que te pedir, dá; e, àquele que tomar teus bens, não os reivindiques! Como quereis que os homens vos façam, fazei-lhes do mesmo modo Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles (...).”

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
Clique nos títulos para ler o conteúdo.
Oração Inicial

Com o sinal da cruz nos colocamos na presença de Deus Trindade e pedimos a graça de mergulhar no mistério de seu amor.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.



Para bem acolhermos os ensinamentos de Jesus, peçamos: “Jesus Mestre, cremos com viva fé na vossa presença e desejosa de nos indicar o caminho que leva ao Pai. Iluminai nossa mente, movei nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.”

Leitura (Verdade)

Leia o Evangelho com bastante calma, quantas vezes julgar necessário, e identifique os verbos, as comparações e a promessa que surgem durante a narrativa.

Evangelho: Lc 6,27-38 “Naquele tempo, falou Jesus a seus discípulos: "A vós que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam. Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica. Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim. E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia. Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos".

“Este ensinamento de Jesus traz a diferença da prática cristã comparada ao senso comum. Na sociedade, desfrutamos de respeito e colaboração vindos de pessoas que nem conhecemos, sempre em vista de um objetivo, de uma troca, de um ganho dos dois lados. Para isso, nada se requer além da capacidade humana de convivência. A prática da fé pode levar-nos para muito além. A fé não é uma capacidade natural. Ela vem dos céus e nos habilita a agir em nome de Deus e, como ele, responder a tudo e a todos com bondade, compaixão e perdão, acima da inimizade, do ódio, da maldição, dos maus-tratos, das agressões, da extorsão… E a força para isso vem, em medida transbordante, da graça que Deus oferece.” (Viver a Palavra – 2025. Ir. Maria Inês Carniato, fsp- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

No Evangelho Jesus nos oferece a “regra de ouro”, na qual a reciprocidade não é invocada como direito, mas como dever. “O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles.”
Avalie: Trato os outros com o mesmo respeito e consideração que desejo ser tratado/a?
Como promovo a justiça e compaixão para que haja dignidade entre as pessoas?
Como tenho presente esta “regra de ouro” em minhas relações humanas?

Oração (Vida)

“Jesus, Divino Mestre, nós vos adoramos como o Filho muito amado do Pai, Caminho único para chegarmos a ele. Nós vos agradecemos por vos terdes feito nosso modelo. Destes exemplos da mais alta perfeição e convidastes a todos a vos seguirem nesta vida e no céu. Nós vos contemplamos nos diversos momentos de vossa vida na terra; docilmente nos colocamos em vossa escola e refutamos toda opção que não seja conforme à vossa. Atraí-nos a vós, para que, procurando unicamente a vossa vontade, sigamos as vossas pegadas e renunciemos a nós mesmos. Aumentai em nós uma esperança operosa e um desejo ardente de sermos encontrados semelhantes a vós quando nos chamardes para o juízo final, a fim de vos possuirmos para sempre no céu”.
Ó Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tende piedade de nós.

Contemplação (Vida e Missão)

Minha oração matinal muda meu dia? De que forma a Palavra de Deus está presente em meu dia? O que desejo colocar em prática, segundo as bem-aventuranças?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Depois das bem-aventuranças, Jesus retoma com os discípulos algo essencial para a caminhada cristã: o amor aos inimigos. A Lei já prescrevia ajudar o inimigo em apuros (Ex 23,4-5). Os provérbios chamavam a atenção para não se alegrar com a ruína dos inimigos (Pr 24,17) ou prover-lhes em suas necessidades básicas (Pr 25,21). Mas o povo tem em mente a lei do “olho por olho, dente por dente”, que prescreve igualdade entre delito e pena. Jesus vai além: os discípulos devem responder a cada hostilidade com um gesto de bondade, fazendo o bem, bendizendo e rezando pelos inimigos. É um amor que ultrapassa qualquer abstração, porque exige uma prática. Nele, não há espaço para revidar o ódio, a bofetada, a maldição, o roubo e a violência do inimigo. Os discípulos de Jesus, vivendo em comunhão com o Pai, devem manifestar sua misericórdia e transbordar um amor desinteressado e gratuito. Nele, encontram a fonte da bondade e do perdão, que forma uma comunidade mais fraterna, sem qualquer condenação ou vingança. Cresçamos no amor de Cristo, que nos faz amar os irmãos, inclusive os inimigos!

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.