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Sábado, 27 de Abril de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 15/09/2021

Nossa Senhora das Dores, memória - Ano B - Branca
1ª Leitura: Hb 5,7-9 Salmo: Sl 31(30) - Salva-me na tua bondade, Senhor! Evangelho Opcional: Lc 2,33-35
evangelho
Eis a tua mãe! - Jo 19,25-27

Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu.

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 7ª ed., 2008.
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Oração Inicial

Celebramos a memória litúrgica de Nossa Senhora das Dores. Maria partilhou as dores do seu Filho. Os mesmos braços que embalaram o Menino Deus, o tomaram morto, do alto da Cruz. Hoje, como Mãe, ela acompanha, intercede, se faz presente na vida de seus filhos que sofrem e os ensina a permanecerem firmes na fé.

Silenciando o coração, repita algumas vezes a oração: “Jesus Mestre, iluminai minha mente, movei meu coração, para que esta meditação produza em mim frutos de vida. Amém.”

Leitura (Verdade)

A presença de Maria nos Evangelhos é discreta, mas pontual. Depois das narrativas da infância, a encontramos nas Bodas de Caná; vez ou outra, a procura de seu filho e finalmente no momento crucial de sua entrega ao Pai. Ela é a primeira discípula de seu filho e fiel colaboradora na sua obra da redenção.

Evangelho: Jo 19,25-27 ou Lc 2,33-35 Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu.

“Muitos são os títulos conferidos a Maria, mãe de Jesus e nossa mãe. Um dos mais significativos é o de Nossa Senhora das Dores. Na apresentação no Templo, o velho Simeão profetizou as dores que transpassariam o coração e a alma de Maria. Na hora dramática da cruz, Maria, de pé, contempla seu Filho e nele a redenção da humanidade. E Jesus não nos deixaria órfãos; nos deixou o seu mais preciso dom: sua mãe. E desde aquele momento, João a levou para sua casa. Será difícil encontrar um lar católico sem uma ou mais imagens de Maria. Sobretudo nas horas de sofrimento, ela nos acolhe, acaricia e enxuga nossas lágrimas. E, em todos os dias, indica o caminho e a vontade de seu Filho, nosso irmão Jesus.” (Viver a Palavra – 2021. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

“A grandeza de Maria se encontra na nobreza de tantos cristãos que não se deixam vencer pelas provocações e pela sede de vingança que povoa os espíritos mesquinhos. Sua força espiritual e sua confiança na presença divina permitiam que todos os acontecimentos se tornassem caminhos para encontrar-se com a graça divina (...). Após cada momento de martírio de sua vida, após o desterro em terras longínquas e mesmo após as dores da cruz, Maria mostrava sempre ao mundo o Filho de Deus, o fruto abençoado de seu ventre, para que a esperança nunca morresse, mas que após as tempestades viesse sempre a bonança. Por sua comunhão com Deus, revelado em seu Filho e Filho de Deus, Maria está associada à obra da redenção divina.” (Trecho do livro “Nos passos de Maria”, da Paulinas Editora).

Oração (Vida)

“Mãe de Jesus e minha Mãe! O Filho de Deus e ao mesmo tempo teu Filho, no alto da cruz, te indicou um homem e disse: ‘Mulher, eis o teu filho!’ Naquele homem ele te confiou cada um dos homens e das mulheres de todos os tempos. Por isso, abraças a todos e de todos te aproximas, para atraí-los maternalmente a ti e poderes apresentá-los a Jesus. Estás sempre onde estão os homens e as mulheres, onde quer que esteja a Igreja. Olha para nós com compaixão e, se cairmos, ajuda-nos a levantar-nos e a nos voltar para Cristo. Que seu Sangue, derramado no alto da cruz, seja fonte de vida e de salvação para todos. Amém”

Contemplação (Vida e Missão)

Qual novo olhar nasceu em você, a partir da palavra? Quais compromissos você deseja concretizar em sua vida? Nossa Senhora das Dores e da Esperança, olha para nós!

Bênção

Ó Deus, de quem provém toda a bênção e para quem sobe nosso louvor e nossa prece, por intercessão de Maria, vossa e nossa mãe, concedei-nos a paz, a alegria de vos servir e a esperança da plenitude no vosso Reino. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Fiel aos pés da cruz de Jesus estava Maria, sua mãe. É possível imaginar o que significa ser crucificado e morrer crucificado. Não conhecemos o suplício da cruz, por isso o imaginamos. Conhecemos, porém, a dor de uma mãe que perde o filho. O normal é que os filhos vejam a morte dos pais, que nasceram antes. Ver a morte do filho, que nasceu depois, é sempre doloroso. Ver o Filho morrer crucificado, zombado por judeus e romanos, foi o que Maria viu, firme, de pé, junto à cruz, recebendo a missão de ser Mãe de todos os discípulos do Filho que morria. Os discípulos também foram encarregados de cuidar da Mãe. E nós, filhos de hoje, nos unimos a ela em sua dor. Maria das Dores. Quantas mulheres entre nós se chamam “Das Dores”! A sequência “Stabat Mater”, na tradução do padre Ricardo Dias Netto, começa dizendo: “De pé, a mãe dolorosa junto da cruz, lacrimosa, via o filho que pendia. Na sua alma agoniada, enterrou-se a dura espada de uma antiga profecia”, a profecia do Velho Simeão quando o Menino Jesus foi apresentado no templo. Simeão abençoou José, Maria e o Menino, e disse a Maria: “Eis que este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição, e, a ti, uma espada traspassará tua alma, para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações”. “Quanta angústia não sentia, Mãe piedosa, quando via as penas do Filho seu.”

Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2021’, Paulinas.