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Quinta-feira, 18 de Abril de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida
Data comemorativa do dia 05 de maio
Dia de Rondon
Dia de Rondon
Eugenio Hansen, OFS

“Morrer, se preciso for. Matar, nunca.” Esse era o lema do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, que nasceu em 5 de maio de 1865, em Mimoso, Mato Grosso, e ficou órfão aos 2 anos de idade. Foi educado pelo avô e por um tio, que lhe outorgou o sobrenome “Rondon”. Mostrou interesse pela carreira militar e, aos 16 anos, ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha.

Desde então, dedicou sua vida a duas causas: a ligação dos pontos mais distantes da fronteira e do sertão aos centros urbanos do País e a integração do indígena à civilização.

Rondon era descendente de bandeirantes paulistas e corria em suas veias o sangue indígena. Por isso, empenhou-se em associar o trabalho de desenvolvimento das comunicações à tarefa de proteger os povos indígenas nos estados de Goiás, Mato Grosso e Acre.

Graças a seus méritos, conseguiu pacificar várias tribos indígenas, com suas mensagens de paz e prosperidade. Fundou o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) em 1910, hoje conhecido como Fundação Nacional do Índio (Funai). Em 1952, sugeriu a criação do Parque Nacional do Xingu, projeto consumado em 1961.

Ao completar 90 anos, Rondon recebeu o título de marechal. Faleceu em 19 de janeiro de 1958, no Rio de Janeiro. O pioneirismo de Rondon nas atividades de comunicações o credenciou para Patrono da Arma de Comunicações, por meio do decreto no 51.960, de 26/4/1963.

Sua dedicação e sua tenacidade junto às populações indígenas sensibilizaram a sociedade brasileira, por ocasião de seu falecimento, e suscitaram em muitas pessoas o desejo de manter o seu legado e fazê-lo frutificar. Em 1967, com o objetivo de levar estudantes universitários à região Norte, para propiciar o intercâmbio de culturas e prestar serviços voluntários aos índios e à população local, foi criado no Rio de Janeiro o Projeto Rondon, que se manteve atuante até 1989, quando foi extinto.

A Associação Nacional dos Rondonistas, que se transformou em organização não governamental (ONG), mantém as mesmas atividades do projeto Rondon, mediante parcerias com universidades, em, pelo menos, 20 estados (incluindo o Distrito Federal), por meio do Projeto Comunidade Solidária, criado em 1994, com o objetivo de resgatar a participação dos estudantes universitários não só na vida da nação brasileira, mas também na proteção aos povos indígenas.

Retirado do livro: “Datas comemorativas cívicas e históricas”, Paulinas Editora.