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Segunda-feira, 14 de Abril de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 13/04/2025

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor - Ano C - Vermelha
1ª Leitura: Is 50,4-7 Salmo: Sl 21(22) - Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste. 2ª Leitura: Fl 2,6-11 Evangelho Opcional: Lc 23, 1- 49
evangelho
Este cálice é a nova aliança com meu sangue, que é derramado por vós. - Lc 22,14–23,56

Quando chegou a hora, Jesus se pôs à mesa com os apóstolos e disse-lhes: “Desejei intensamente comer esta Páscoa convosco, antes de padecer. Eu vos digo: nunca mais a comerei até que tenha seu cumprimento no Reino de Deus”. Então, tendo tomado um cálice e dado graças, disse: “Tomai isto e reparti-o entre vós; pois eu vos digo: a partir de agora, já não beberei do fruto da videira até que venha o Reino de Deus”. Tendo tomado um pão e dado graças, partiu-o e lhes deu, dizendo: “Isto é meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em minha memória!” E, depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança com meu sangue, que é derramado por vós. Eis, porém, que a mão de quem me entrega está comigo na mesa. Porque o Filho do Homem vai, conforme foi estabelecido, mas ai daquele homem por quem ele é entregue!” Eles começaram a se perguntar uns aos outros qual deles iria fazer tal coisa. Surgiu entre eles uma disputa sobre qual deles devia ser considerado o maior. Jesus, porém, lhes disse: “Os reis das nações as dominam, e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas vós não deveis ser assim. Mas o maior entre vós torne-se como o mais jovem, e quem dirige, como quem serve! Com efeito, quem é maior: quem está reclinado à mesa ou quem serve? Não é quem está reclinado à mesa? Eu, porém, estou no meio de vós como quem serve. Vós sois os que permanecestes comigo durante minhas provas, e eu vos concedo a dignidade real, assim como meu Pai a concedeu a mim, para que comais e bebais à minha mesa em meu reino, e vos senteis sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel”. “Simão, Simão! Eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça. E tu, quando regressares, fortalece teus irmãos!” Mas ele disse-lhe: “Senhor, estou pronto para ir contigo inclusive à prisão e à morte”. Ele disse: “Eu te digo, Pedro, que hoje o galo não cantará antes que tu tenhas negado, por três vezes, que me conheces”. E disse-lhes: “Quando vos enviei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos algo?” Responderam: “Nada”. E disse-lhes ainda: “Mas, agora, quem tiver bolsa tome-a, e do mesmo modo o alforje; e quem não tiver uma espada, que venda o manto e compre uma! Pois eu vos digo que é necessário que se cumpra em mim o que está escrito: ‘Foi considerado um transgressor’. De fato, o que me diz respeito chega a seu fim”. Eles disseram: “Senhor, aqui há duas espadas”. Ele disse-lhes: “É o bastante”. Ele saiu e dirigiu-se, como de costume, ao monte das Oliveiras, e os discípulos seguiram-no. Tendo chegado ao lugar, disse-lhes: “Orai para não entrardes em tentação!” Afastou-se deles, à distância como de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava: “Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice! No entanto, que seja feita não a minha vontade, mas a tua!” Apareceu-lhe um anjo, vindo do céu, que o reconfortava. Angustiado, orava com maior intensidade, e seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam no chão. Tendo-se levantado, após a oração, foi até os discípulos e os encontrou adormecidos, por causa da tristeza. E disse-lhes: “Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai para não entrardes em tentação!” Ainda estava falando quando chegou uma multidão. Na frente estava o chamado Judas, um dos Doze, que se aproximou de Jesus para beijá-lo. Jesus, porém, lhe disse: “Judas, com um beijo entregas o Filho do Homem?” Tendo percebido o que aconteceria, os que estavam com ele disseram: “Senhor, e se atacarmos à espada?” E um deles atacou o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita. Jesus, porém, replicou: “Basta com isso!” E, tendo tocado a orelha, o curou. Então Jesus disse aos sumos sacerdotes, aos oficiais do Templo e aos anciãos que tinham vindo prendê-lo: “Como contra um bandido, saístes com espadas e bastões. Todos os dias estava no Templo convosco, e não levantastes as mãos sobre mim. Mas esta é vossa hora e a autoridade das trevas”. Depois de prendê-lo, levaram-no e introduziram-no na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe. Tendo acendido uma fogueira no meio do pátio, eles sentaram-se juntos, e Pedro sentou-se entre eles. Quando uma criada viu-o sentado perto do fogo, encarou-o e disse: “Também este estava com ele”

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Domingo de Ramos. Aqui começa a semana maior da nossa fé cristã. Contemplemos o Senhor Jesus Cristo que veio ao nosso encontro e partilhou as alegrias e dores de nossa humanidade. Fez-se o Servo de todos para que toda a maldade, egoísmo e pecado fossem vencidos. Fortalecidos por seu exemplo e seu amor possamos seguir no Caminho da salvação.


“Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha Tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça sevir, te louve e faça louvar por todas as criaturas. Faze, ó Pai, que pela leitura da Palavra, os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e que todos consigamos a vida eterna. Amém!”

Leitura (Verdade)

Jesus é apresentado, desse modo, com toda sua humanidade, compartilhando a angústia e a dor dos homens frente à injustiça e à traição, sem, por isso, perder a serenidade de quem confia e espera em Deus.

Evangelho: Lc 22,14–23,56 “Quando chegou a hora, Jesus se pôs à mesa com os apóstolos e disse-lhes: “Desejei intensamente comer esta Páscoa convosco, antes de padecer. Eu vos digo: nunca mais a comerei até que tenha seu cumprimento no Reino de Deus”. Então, tendo tomado um cálice e dado graças, disse: “Tomai isto e reparti-o entre vós; pois eu vos digo: a partir de agora, já não beberei do fruto da videira até que venha o Reino de Deus”. Tendo tomado um pão e dado graças, partiu-o e lhes deu, dizendo: “Isto é meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em minha memória!” E, depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança com meu sangue, que é derramado por vós. Eis, porém, que a mão de quem me entrega está comigo na mesa. Porque o Filho do Homem vai, conforme foi estabelecido, mas ai daquele homem por quem ele é entregue!” Eles começaram a se perguntar uns aos outros qual deles iria fazer tal coisa. Surgiu entre eles uma disputa sobre qual deles devia ser considerado o maior. Jesus, porém, lhes disse: “Os reis das nações as dominam, e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas vós não deveis ser assim. Mas o maior entre vós torne-se como o mais jovem, e quem dirige, como quem serve! Com efeito, quem é maior: quem está reclinado à mesa ou quem serve? Não é quem está reclinado à mesa? Eu, porém, estou no meio de vós como quem serve. Vós sois os que permanecestes comigo durante minhas provas, e eu vos concedo a dignidade real, assim como meu Pai a concedeu a mim, para que comais e bebais à minha mesa em meu reino, e vos senteis sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel”. “Simão, Simão! Eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça. E tu, quando regressares, fortalece teus irmãos!” Mas ele disse-lhe: “Senhor, estou pronto para ir contigo inclusive à prisão e à morte”. Ele disse: “Eu te digo, Pedro, que hoje o galo não cantará antes que tu tenhas negado, por três vezes, que me conheces”. E disse-lhes: “Quando vos enviei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos algo?” Responderam: “Nada”. E disse-lhes ainda: “Mas, agora, quem tiver bolsa tome-a, e do mesmo modo o alforje; e quem não tiver uma espada, que venda o manto e compre uma! Pois eu vos digo que é necessário que se cumpra em mim o que está escrito: ‘Foi considerado um transgressor’. De fato, o que me diz respeito chega a seu fim”. Eles disseram: “Senhor, aqui há duas espadas”. Ele disse-lhes: “É o bastante”. Ele saiu e dirigiu-se, como de costume, ao monte das Oliveiras, e os discípulos seguiram-no. Tendo chegado ao lugar, disse-lhes: “Orai para não entrardes em tentação!” Afastou-se deles, à distância como de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava: “Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice! No entanto, que seja feita não a minha vontade, mas a tua!” Apareceu-lhe um anjo, vindo do céu, que o reconfortava. Angustiado, orava com maior intensidade, e seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam no chão. Tendo-se levantado, após a oração, foi até os discípulos e os encontrou adormecidos, por causa da tristeza. E disse-lhes: “Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai para não entrardes em tentação!” Ainda estava falando quando chegou uma multidão. Na frente estava o chamado Judas, um dos Doze, que se aproximou de Jesus para beijá-lo. Jesus, porém, lhe disse: “Judas, com um beijo entregas o Filho do Homem?”Tendo percebido o que aconteceria, os que estavam com ele disseram: “Senhor, e se atacarmos à espada?” E um deles atacou o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita. Jesus, porém, replicou: “Basta com isso!” E, tendo tocado a orelha, o curou. Então Jesus disse aos sumos sacerdotes, aos oficiais do Templo e aos anciãos que tinham vindo prendê-lo: “Como contra um bandido, saístes com espadas e bastões. Todos os dias estava no Templo convosco, e não levantastes as mãos sobre mim. Mas esta é vossa hora e a autoridade das trevas”. Depois de prendê-lo, levaram-no e introduziram-no na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe. Tendo acendido uma fogueira no meio do pátio, eles sentaram-se juntos, e Pedro sentou-se entre eles. Quando uma criada viu-o sentado perto do fogo, encarou-o e disse: “Também este estava com ele”

“O Domingo de Ramos soleniza a entrada de Jesus em Jerusalém, e o Evangelho segundo Marcos 11,1-10 conta que as pessoas, com ramos nas mãos, o aclamaram na chegada. O livro do Apocalipse, ao falar da eternidade, diz que a multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas se encontrará diante de Cristo, com palmas nas mãos (Ap 7,9-12). Os primeiros artistas cristãos pintaram ramos de palmeira nas mãos dos mártires, que deram a vida pela fé. Esse é o significado do Domingo de Ramos. Nós também temos direito e compromisso de testemunhar Jesus Cristo, todos os dias de nossas vidas. A palma verde em nossa mão é o sinal de pertença ao grupo do Mestre, cuja vida foi o perfeito testemunho do amor.” (Viver a Palavra – 2025. Ir. Maria Inês Carniato, fsp - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Tome consciência do movimento interno que a Palavra suscitou em você, preste atenção aos seus pensamentos, sentimentos, iluminação, inspiração, apelos...

Permaneça em silêncio por alguns instantes e deixe a Palavra encontrar espaço em sua vida. Reveja suas ações, confronte suas atitudes com a mensagem de Jesus.
O que significa para você a paixão, o sofrimento e a entrega de Cristo?

Oração (Vida)

Diante da cruz do Senhor, faça a sua oração. Contemple sua dor, sua entrega por amor, as marcas da paixão...
Recorde também as cruzes carregadas pela humanidade em tantas realidades de sofrimento....
Coloque em sua oração os sentimentos que brotaram em seu coração e os apelos revelados pela Palavra.

Com o salmista reze confiante e pausadamente com o Salmo 27:
O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei? (...)
Quando disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei.
Não escondas de mim o teu rosto, não rejeites com ira o teu servo, tu que tens sido a minha ajuda.
Não me enjeites nem me desampares, ó Deus da minha salvação.
Ensina-me, ó Senhor, o teu caminho, e guia-me por uma vereda plana...
Creio que hei de ver a bondade do Senhor na terra dos viventes.
Espera tu pelo Senhor; anima-te, e fortalece o teu coração; espera, pois, pelo Senhor.

Contemplação (Vida e Missão)

Olhe para dentro de seu coração e procure identificar o sentimento que a palavra despertou em você. E à luz deste sentimento defina uma ação prática para o seu dia.

Bênção

Que a vossa benção, ó Deus, desça copiosa sobre vosso povo que celebra a morte de vosso Filho, na esperança da ressurreição. Venha o vosso perdão, seja nos dado vosso consolo; cresça a fé verdadeira ea redenção se confirme. Por Cristo, nosso Senhor. Amém

Ir. Carmen Maria Pulga

Depois do tempo de preparação da Quaresma, chegamos à Semana Santa, que se inicia neste domingo. A celebração de hoje sintetiza tudo o que vamos experimentar nos últimos dias do ministério de Cristo na Cidade Santa, que, vencendo a morte, ressuscitará. A liturgia se inicia com a narrativa da entrada de Jesus em Jerusalém. Com os ramos abençoados na mão, os fiéis se alegram aclamando o rei-Messias. O grito Hosana, que quer dizer “Piedade, salva-nos, Senhor”, expressa a fé de um povo que crê na esperança de salvação. Montado em um jumento, assim como foi aclamado Salomão, filho de Davi, o novo descendente davídico é o enviado de Deus que, “justo”, “vitorioso” e “humilde”, veio trazer a paz messiânica e cumprir a profecia de Zacarias 9,9. O Messias é identificado com o Servo Sofredor, que no terceiro cântico (primeira leitura) é chamado a consolar os abatidos. Ultrapassa a provocação de ser espancado, solidarizando-se com os sofrimentos do povo aflito; porém, não se deixa abater pelo desânimo, porque confia no auxílio de Deus, que não o abandona. São Paulo, com o hino cristológico da Carta aos Filipenses, retoma a figura do Servo Sofredor que se rebaixa, mas é exaltado (segunda leitura). O esvaziamento do Messias atinge a profundidade do sofrimento humano, que, pela obediência, o levou até a morte de cruz. O socorro de Deus é manifestado pela exaltação do Filho que está acima de tudo e é glorificado na ressurreição. A alegria pelo Messias que não vem trazer a guerra em um cavalo, mas a paz, montado em um jumentinho, é contrastada pela narrativa da paixão. Uma série de movimentos nos aproxima do grande mistério que viveremos. Jesus deseja comer a páscoa com os discípulos e já anunciar profeticamente sua Páscoa. O traidor também é anunciado e, junto, a exortação de que seu Reino obedece à dinâmica da doação e do serviço uns aos outros. Na agonia no monte das Oliveiras, Jesus se solidariza com toda a angústia humana, sobretudo pela traição que o levará à sua maior provação. O Cristo é o inocente que injustamente é condenado à cruz. No Calvário, é zombado, mas profere o grande perdão aos algozes e a toda a humanidade. O paraíso já é prometido ao pecador arrependido. A entrega de Jesus ao Pai e a cortina do Templo rasgada ao meio marcam o rompimento de toda barreira entre Deus e a humanidade. Diante do Crucificado, os pagãos glorificam e reconhecem Jesus como justo. O sepulcro é preparado para receber seu corpo. Contudo, dentro de poucos dias, ficará vazio. A morte não será a última palavra. A dor e o sofrimento logo encontrarão a alegria da ressurreição. Nisso consiste nossa caminhada de fé.

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.