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Quinta-feira, 09 de Maio de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 25/02/2024

2º Domingo da Quaresma - Ano B - Roxa
1ª Leitura: Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18 Salmo: Sl 116B(115) - Senhor, sou teu servo. 2ª Leitura: Rm 8,31b-34
evangelho
Este é meu Filho Amado, ouvi‑o - Mc 9,2-10

Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou para uma alta montanha a sós. E foi transfigurado diante deles. Suas vestes tornaram‑se resplandecentes, extremamente brancas, como nenhum lavadeiro sobre a terra poderia assim alvejar. Apareceu‑lhes Elias com Moisés, e falavam com Jesus. Tendo tomado a palavra, Pedro disse a Jesus: “Rabi, belo é para nós estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias”. De fato, não sabia o que dizer, pois estavam atemorizados. E aconteceu que uma nuvem os cobriu com sua sombra, e uma voz veio da nuvem: “Este é meu Filho Amado, ouvi‑o”. E, repentinamente, olhando em torno, não viram mais ninguém, mas somente Jesus com eles. Enquanto eles desciam da montanha, ordenou‑lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. E conservaram a palavra, discutindo entre si “o que é ressuscitar dos mortos?”

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
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Oração Inicial

2º Domingo da Quaresma. O Evangelho nos conduz para o monte Tabor onde o Pai confirma, diante de testemunhas, que Jesus Cristo é seu Filho amado. Na luz desta revelação somos convidados a seguir o caminho de Jesus com amor, fé e esperança na vida eterna, felicidade em Deus.



Coloquemo-nos na presença de Deus Pai e Filho pela ação do Espírito Santo e peçamos: “Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa palavra. Que ela possa frutificar em meu coração. Amém!”

Leitura (Verdade)

Contemplemos esse mistério de amor: “Este é meu Filho Amado, ouvi‑o”.

Evangelho: Mc 9,2-10 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou para uma alta montanha a sós. E foi transfigurado diante deles. Suas vestes tornaram‑se resplandecentes, extremamente brancas, como nenhum lavadeiro sobre a terra poderia assim alvejar. Apareceu‑lhes Elias com Moisés, e falavam com Jesus. Tendo tomado a palavra, Pedro disse a Jesus: “Rabi, belo é para nós estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias”. De fato, não sabia o que dizer, pois estavam atemorizados. E aconteceu que uma nuvem os cobriu com sua sombra, e uma voz veio da nuvem: “Este é meu Filho Amado, ouvi‑o”. E, repentinamente, olhando em torno, não viram mais ninguém, mas somente Jesus com eles. Enquanto eles desciam da montanha, ordenou‑lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. E conservaram a palavra, discutindo entre si “o que é ressuscitar dos mortos?”

“Jesus convida Pedro, Tiago e João para subir ao monte. Enquanto reza, Jesus se transfigura e se mostra glorioso, tendo diante dele Moisés e Elias, representantes da Lei e dos Profetas. Houve uma manifestação gloriosa para confirmar nos discípulos a fé na divindade de Jesus. Quando Moisés desceu da montanha, diz o Êxodo, a pele do seu rosto resplandecia, porque havia falado com Deus (cf. Ex 34,29). Deus é Luz! Jesus é Luz: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8,12). Aqui como no Batismo, a voz do Pai se fez ouvir: Este é meu Filho amado, ouvi-o! Luz e voz de Deus que chegam até nosso coração, se nos dispusermos a subir a montanha, a escutar sua Palavra e a deixar-nos envolver por sua presença amorosa.” (Viver a Palavra – 2024 - Ir. Carmen Maria Pulga - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

A nuvem que os encobria era luminosa. Na intimidade com o Senhor as “nuvens” de nossa vida se tornam revelação do amor de Deus.
Em sua vida o que produzem os momentos mais nublados? Luz, esperança, alegria por estar crescendo no caminho da santidade?
Que voz você ouve quando a dor, a tentação ou a sonolência espiritual o/a envolve?
Recorde algum momento no qual você experimentou a alegria da presença de Deus e permaneça em atitude de louvor.

Oração (Vida)

Este é o momento para uma oração de contemplação. Permaneça em silêncio entrando na cena da Transfiguração e deixe que a luz e a voz de Deus o/a plenifique na felicidade de sua presença amorosa....

Contemplação (Vida e Missão)

O que você deseja colocar em prática, segundo os ensinamentos de Jesus? Verbalize os sentimentos que o/a envolveram nesta LO.

Bênção

- Deus Pai de misericórdia, conceda a todos nós, como concedeu ao filho prodigo a alegria de receber o abraço do Pai.
- O Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, nos guie nesta caminhada quaresmal a uma verdadeira conversão.
- O Espírito de sabedoria e fortaleza nos sustente na luta contra o mal, para podermos com Cristo, celebrar a vitória da Páscoa.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Do deserto da Tentação subimos hoje com Jesus à montanha da Transfiguração. Conosco sobem Pedro, Tiago e João. Estavam eles lá sozinhos quando Jesus mudou de figura, se transfigurou. Sua roupa ficou muito branca e brilhante. Aparecem então Elias e Moisés que passam a conversar com Jesus. Pedro, Tiago e João estão vendo tudo. Sem saber o que dizer, Pedro se propõe a fazer três tendas, uma para Jesus e as outras duas para Elias e Moisés, respectivamente. De repente, a sombra de uma nuvem os cobre e eles ouvem uma voz: “Este é meu Filho amado. Escutai-o”. Moisés e Elias desaparecem e eles ficam sozinhos com Jesus. Desceram da montanha e Jesus lhes ordenou que não contassem nada a ninguém até que ele tivesse ressuscitado dos mortos. Eles não entenderam o que significava “ressuscitar dos mortos”. Mais tarde, escrevendo aos romanos, Paulo dirá que Jesus morreu, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós. Eles não entenderam nem podiam imaginar que a ressurreição aconteceria depois de uma morte dolorosa. Precisavam, pois, ver agora o Cristo transfigurado antes de vê-lo depois crucificado. De fato, diz São Paulo, “Deus não poupou seu próprio Filho e o entregou por nós e, com ele, deu-nos tudo”. Quem será então contra nós, se ele intercede por nós e Deus está a nosso favor? Deus não poupou o próprio Filho, assim como Abraão não poupou Isaac, seu filho único bem-amado. Deus quis provar Abraão. Chamou-o, mandou que pegasse Isaac, fosse com ele à terra de Moriá e o oferecesse em holocausto. Quando Abraão ia sacrificar Isaac, um anjo o impediu e disse: “Agora, sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu único filho”. Em lugar de Isaac, Abraão sacrificou um carneiro e, depois, o anjo lhe disse: “Eu te abençoarei e tornarei tua descendência tão numerosa como as estrelas do céu. Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”. As promessas, diz Paulo, foram asseguradas a Abraão e à sua descendência. Não aos seus muitos descendentes, mas a um só, “a tua descendência”, que é Jesus Cristo. Por este descendente de Abraão, que é Jesus Cristo, todas as nações da terra são abençoadas e todos podem se tornar filhos de Abraão, pela fé em Jesus Cristo. Naquele momento eles não compreenderam. Mais tarde compreenderão o alcance da Ressurreição do Senhor. E assim caminhamos para a Páscoa, preparando-nos nesta Quaresma para renovar a graça do batismo na Vigília Pascal. Experimentamos com Jesus a fragilidade humana no deserto e vimos a transfiguração do nosso corpo, quando ele mesmo se transfigurou no monte.

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.