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Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 25/11/2023

33ª Semana do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: 1Mc 6,1-13 Salmo: Sl 9(9A) - Senhor, quero agradecer de todo o meu coração.
evangelho
Mestre, falaste bem - Lc 20,27-40

Aproximaram-se dele alguns saduceus, que negam haver ressurreição, e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se o irmão de alguém morrer, deixando mulher mas não filhos, seu irmão deve tomar a mulher e suscitar descendência para seu irmão’. Ora, havia sete irmãos, o primeiro tomou uma mulher e morreu sem filhos. O segundo e o terceiro também a tomaram; da mesma maneira também os sete não deixaram filhos e morreram. Finalmente morreu também a mulher. Essa mulher, então, na ressurreição, de qual deles será esposa? Pois os sete a tiveram por esposa”. Jesus lhes disse: “Neste mundo os homens casam e as mulheres são dadas em casamento; porém, os que forem considerados dignos de alcançar aquele mundo e a ressurreição dos mortos não casam nem são dadas em casa- mento; pois já não podem morrer. De fato, eles são como anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus. E que os mortos ressuscitam, também Moisés o indicou, na passagem da sarça, quando chama o Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó. Ora, não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para ele, todos vivem”. Tomando a palavra, alguns escribas disseram: “Mestre, falaste bem”. E já não ousavam perguntar-lhe nada.

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
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Oração Inicial

A Palavra de Deus neste dia nos fala da ressurreição, da vida eterna, de como seremos no Reino do Deus vivo.
Para bem acolhermos os seus ensinamentos da Palavra hoje, rezemos: “Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.”


Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos.
Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos!
Possa eu viver e para sempre vos louvar; e que me ajudem, ó Senhor, vossos conselhos!

Leitura (Verdade)

A pergunta dos saduceus manifesta uma mentalidade materialista e fechada à lógica do céu. Leia este Evangelho com o sopro do Espírito Santo; deixe-se conduzir por seu movimento, por sua voz interior.

Evangelho: Lc 20,27-40 Aproximaram-se dele alguns saduceus, que negam haver ressurreição, e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se o irmão de alguém morrer, deixando mulher mas não filhos, seu irmão deve tomar a mulher e suscitar descendência para seu irmão’. Ora, havia sete irmãos, o primeiro tomou uma mulher e morreu sem filhos. O segundo e o terceiro também a tomaram; da mesma maneira também os sete não deixaram filhos e morreram. Finalmente morreu também a mulher. Essa mulher, então, na ressurreição, de qual deles será esposa? Pois os sete a tiveram por esposa”. Jesus lhes disse: “Neste mundo os homens casam e as mulheres são dadas em casamento; porém, os que forem considerados dignos de alcançar aquele mundo e a ressurreição dos mortos não casam nem são dadas em casamento; pois já não podem morrer. De fato, eles são como anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus. E que os mortos ressuscitam, também Moisés o indicou, na passagem da sarça, quando chama o Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó. Ora, não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para ele, todos vivem”. Tomando a palavra, alguns escribas disseram: “Mestre, falaste bem”. E já não ousavam perguntar-lhe nada.

“Uma das questões que instigam a curiosidade humana está relacionada com a vida eterna. Como será depois que deixarmos este mundo? Os saduceus não acreditavam na ressurreição e questionavam Jesus. Acontece que os nossos parâmetros são feitos apenas de materialidade. A grande maioria tem dificuldade de imaginar como será a existência espiritual. Neste mundo, enquanto humanos, necessitamos das coisas materiais e de pertencimento. No céu, que é o lugar por excelência do amor, não haverá amanhecer nem anoitecer, tudo será luminoso. As pessoas não vão mais precisar formar famílias, pois todas estarão convivendo em contínuo amor. O benquerer será tão intenso que não haverá mais grupos familiares.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Coloque-se diante do Senhor, mantendo em sua mente e em seu coração aquilo que o Evangelho lhe transmitiu.
A vida depois da morte será algo de completamente novo e inesperado. Jesus fala de imortalidade, coisa que não podemos experimentar desde já e que deve ser considerada um dom precioso da vontade divina. As relações interpessoais na vida eterna serão de outra ordem: não nos fecharemos na relação com uma pessoa, mas estaremos abertos a todos e a Deus.
A salvação é a recompensa da obediência a Deus, da união com Deus. Estou no caminho?

Oração (Vida)

“Senhor, tenho medo da morte. Tenho medo da morte dos outros, dos que me são queridos, daqueles que não consigo dispensar. Dá-me olhos puros, que me permitam ver para além das aparências, para além do muro de sombra, que me separa de Ti. Dá-me um coração simples, que não sucumba diante das interrogações que não têm resposta.
Faz-me compreender o sentido da vida e da morte. Ajuda-me a aceitar o teu silêncio e a ausência de respostas para tantas questões que me atormentam. Ajuda-me a acreditar sempre que és o Senhor da vida e da morte. Amém ".

Contemplação (Vida e Missão)

Repita frequentemente e viva hoje a palavra: “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; para Ele, todos vivem” (Lc 20, 38).

Caminhar na estrada de Jesus, com Jesus, e confiar no amor e poder de Deus é uma sugestão prática para este dia.

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Os saduceus são uma das quatro correntes político-religiosas de Israel. Eles são muito vinculados ao Templo de Jerusalém, às elites locais e às elites do Império Romano. Não acreditam na ressurreição dos mortos. Eles querem colocar Jesus em dificuldades, criando uma situação totalmente artificial. O raciocínio gira em torno da Lei do Cunhado (Dt 25,5), que é a obrigatoriedade de o irmão subsequente casar-se com a viúva. O filho que nascer dessa união será filho do irmão falecido e perpetuará seu nome. Os saduceus criam uma situação improvável e inverossímil, pois os sete irmãos casaram-se com a mesma mulher. A pergunta deles é capciosa. Eles imaginam que, na ressurreição, há a repetição das situações históricas. Jesus corrige esse primeiro erro. A nova situação é semelhante à dos anjos, uma nova dimensão. Quanto ao fato da ressurreição em si, Jesus argumenta com a Escritura, citando um texto clássico: a sarça ardente (Ex 3,2.6). O Deus de Abraão, Isaac e Jacó é Deus dos vivos, não dos mortos. Em que a fé na ressurreição nos capacita a acreditar em um mundo novo, cheio da graça de Deus?

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.