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Domingo, 27 de Abril de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 27/09/2020

26º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: Ez 18,25-28 Salmo: Sl 25(24) - Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão! 2ª Leitura: Fl 2,1-11
evangelho
Qual dos dois fez a vontade do pai? - Mt 21,28-32

“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele”.

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
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Oração Inicial

Liturgia do 26º domingo do Tempo Comum. No Evangelho, veremos que as parábolas eram um recurso muito utilizado por Jesus para ensinar e falar dos mistérios do Reino de Deus. Com a parábola dos dois filhos, hoje somos convidados a pensar na relação entre as nossas palavras e os nossos atos.


Oremos: Senhor, nosso Deus, que pela luz do Espírito Santo instruístes o coração dos vossos fiéis, fazei-nos dóceis ao mesmo Espírito, para apreciarmos o que é justo e nos alegrarmos sempre com a sua presença. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.”

Leitura (Verdade)

Leia mais uma vez o Evangelho de hoje. A quem Jesus está instruindo? Qual é o ensinamento da parábola? Qual dos filhos fez a vontade do Pai?

“Esta parábola é direcionada aos sumos sacerdotes e anciãos do povo. Eles não podiam ignorar as palavras de Jesus e sua aceitação pelo povo. Por isso, questionam de onde Jesus recebia a autoridade. Jesus não responde, pois conhecia muito bem a dureza do coração deles, mas os desafia com a parábola dos dois filhos. Agora é Jesus quem questiona a autoridade dos seus adversários e os coloca no lugar deles. Eles são suplantados no Reino pelas prostitutas e pelos detestados publicanos, pecadores públicos. Foram eles e elas que, com alegria, souberam perceber a Boa-Nova, perceber um Reino onde eles estavam incluídos. São as ovelhas perdidas e encontradas, são os doentes acolhidos pelo médico, é o filho rebelde que retorna ao lar.” (Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

A Palavra de Deus, rezada e meditada, renova em mim a fé, a esperança, a confiança no Senhor?
“Cada um dos nossos dias seja plasmado pelo encontro renovado com Cristo, Verbo do Pai feito carne: Ele está no início e no fim de tudo, e n'Ele todas as coisas subsistem (cf. Cl 1,17). Façamos silêncio para ouvir a Palavra do Senhor e meditá-la, a fim de que a mesma, através da ação eficaz do Espírito Santo, continue a habitar e a viver em nós e a falar-nos ao longo de todos os dias da nossa vida” (Bento XVI, Verbum Domini, n. 124).

Oração (Vida)

Agradeça tudo o que a Palavra lhe permitiu compreender e vivenciar do mistério de Cristo. Apresente ainda ao Senhor a oração que brotou em seu coração durante a leitura orante. Una-se à comunidade eclesial e ore para que o testemunho dos cristãos seja sempre mais autêntico.

Pai nosso....

Contemplação (Vida e Missão)

Sintetize em poucas palavras o apelo que você sentiu em seu coração, para colocá-lo em prática durante o dia. O que você se propõe a viver? Como pretende atingir esse propósito?

Bênção

. O Senhor Jesus Cristo esteja ao meu lado para me sustentar,
Dentro de mim para me encorajar,
Diante de mim para me orientar,
Atrás de mim para me proteger,
Acima de mim para me abençoar.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.
Que a bênção de Deus Pai de amor e bondade desça sobre mim e sobre toda a humanidade, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Mateus nos conta a história dos dois filhos. Um diz sim e não faz o que diz; o outro diz não, e faz. O melhor seria dizer “sim” e fazer, mas fiquemos com o que disse “não” e fez. O que se fala e o que se faz devem corresponder ao que se pensa e às decisões tomadas interiormente. No entanto, como somos seres com capacidade de conversão, podemos voltar atrás, rever o que dissemos e fazer o contrário. Quem diz “a decisão já está tomada, não é possível modificá-la”, mesmo sendo autoridade religiosa, não é parecido com Deus, que tem a capacidade de se arrepender e voltar atrás. Estamos encerrando o mês da Bíblia, e na Bíblia está escrito que Deus se arrependeu do mal que disse que ia fazer. No episódio do bezerro de ouro, no livro do Gênesis, está escrito que “arrependeu-se o Senhor do mal que disse fazer a seu povo”. O mesmo escreve Jeremias por três vezes. Deus promete arrepender-se, se o povo ouvir suas palavras e se converter: “Eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhes por causa da perversidade de seus atos”; “O Senhor se arrependerá do mal que anunciou contra vós”; “O Senhor se arrependeu do mal que tinha anunciado contra eles”. E no Livro de Jonas, está escrito: “Deus viu as suas obras, que eles se converteram de seu caminho perverso, e Deus arrependeu-se do mal que ameaçara fazer-lhes e não fez”. Se Deus se arrepende, quanto mais nós temos que nos arrepender para alcançar misericórdia. O exemplo positivo pode vir de onde menos esperamos. Prostitutas e publicanos creram em João Batista, enquanto os que se consideravam justos não aceitaram a sua pregação e não se converteram. Olhemos para nós mesmos, ouvindo as palavras de Paulo aos filipenses. Ele os exorta a se deixarem guiar pelos mesmos propósitos e pelo mesmo amor, buscando em harmonia a unidade. Por que essa exortação? Porque ele sabe que agimos por ambição e vanglória, queremos ser superiores aos outros e cuidamos só do que é nosso. Não temos os sentimentos de Cristo Jesus e não somos parecidos com ele, mas podemos mudar. A conversão está aberta a todos. O Sínodo de 2010, sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, afirmou que precisamos da Palavra de Deus para termos uma visão realista da vida. A Palavra de Deus nos leva a mudar nosso conceito de realismo. Realista é aquele que vê no Verbo de Deus o fundamento de todas as coisas. Muitas coisas com as quais contávamos para construir a nossa vida revelaram-se passageiras. Diz o Sínodo: “Mais cedo ou mais tarde, o ter, o prazer e o poder manifestam-se incapazes de realizar as aspirações mais profundas do coração do homem”. “Para edificar a própria vida, temos necessidade de alicerces sólidos, que permaneçam mesmo quando falham as certezas humanas. Na realidade, já que ‘para sempre, Senhor, como os céus, subsiste a vossa palavra’ e a fidelidade do Senhor ‘atravessa as gerações’, quem constrói sobre esta palavra, edifica a casa da própria vida sobre a rocha”. Continuemos ouvindo e lendo a Bíblia Sagrada. Todo dia é dia da Bíblia.

Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2020’, Paulinas.