Evangelho do dia 19/02/2023
7º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde

Sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai - Mt 5,38-48
Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho, dente por dente’. Mas eu vos digo: não resistais a quem faz o mal. Ao contrário, se alguém te esbofetear na face direita, apresenta‑lhe também a outra; se alguém quiser te processar para tomar tua túnica, deixa‑lhe também o manto; se alguém te forçar a caminhar uma milha, acompanha‑o por duas. Dá ao que te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado. Ouvistes o que foi dito: ‘Amarás teu próximo e odiarás teu inimigo’. Mas eu vos digo: amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para serdes realmente filhos de vosso Pai, que está nos céus, que faz nascer seu sol sobre maus e bons e envia a chuva sobre justos e injustos. Se amais somente os que vos amam, que recompensa mereceis? Não fazem isso mesmo também os coletores de impostos? E, se acolheis somente vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Não fazem isso mesmo também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai celeste”.
A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.Oração Inicial
7º Domingo do Tempo Comum. Bendito sejas, Deus da vida, por este novo dia.
No Evangelho, Jesus instrui seus discípulos e a cada um de nós a rompermos com a cadeia de vinganças e violências. O discípulo de Jesus, a exemplo de seu Mestre, é convidado a ser promotor da paz e testemunha do amor.
Rezamos: “Vem, Espírito Santo! Fazei-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Tornai-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Dai-nos sabedoria e docilidade de coração!
Leitura (Verdade)
No ensinamento de Jesus encontramos o modo certo de viver. Façamos deste Evangelho um programa de vida.
Evangelho: Mt 5,38-48 Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho, dente por dente’. Mas eu vos digo: não resistais a quem faz o mal. Ao contrário, se alguém te esbofetear na face direita, apresenta‑lhe também a outra; se alguém quiser te processar para tomar tua túnica, deixa‑lhe também o manto; se alguém te forçar a caminhar uma milha, acompanha‑o por duas. Dá ao que te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado. Ouvistes o que foi dito: ‘Amarás teu próximo e odiarás teu inimigo’. Mas eu vos digo: amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para serdes realmente filhos de vosso Pai, que está nos céus, que faz nascer seu sol sobre maus e bons e envia a chuva sobre justos e injustos. Se amais somente os que vos amam, que recompensa mereceis? Não fazem isso mesmo também os coletores de impostos? E, se acolheis somente vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Não fazem isso mesmo também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai celeste”.
“Seguir Jesus supõe ser capaz de amar sem medidas. A vingança e o desrespeito sempre acompanharam a história da humanidade. Jesus, no entanto, ensina que o mal deve ser cortado pela raiz e que somente o amor é capaz de proporcionar o genuíno perdão. Passou o tempo de “pagar com a mesma moeda”; começa a era do amor, que vai além das trocas com aqueles que são próximos e afáveis. Jesus propõe um amor audacioso: amar os inimigos, fazer o bem àqueles que nos fazem mal, isto é, amar sem ser amado. O ideal a ser perseguido está no próprio Deus, que é perfeição. O cotidiano é o espaço mais adequado para exercitar, por meio da paciência e do perdão, o verdadeiro amor que Jesus viveu e ensinou.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
Leia novamente o texto e deixe-se tocar diretamente pelo Evangelho. Neste momento, é importante estar atento/a àquilo que está sendo meditado, pois o Senhor nos fala por meio de sua Palavra.
Se somos cristãos, mas temos atitudes semelhantes aqueles que fizeram outras escolhas, que sentido tem ser cristão?
O que significa, para você, o convite de Jesus: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso”?
Oração (Vida)
Ó Jesus, verdadeira luz que ilumina a humanidade, viestes do Pai para ser nosso mestre e nos ensinar seu caminho na verdade: vida e espírito são as “palavras” que nos destes.
Concedei-nos conhecer os mistérios de Deus e suas incompreensíveis riquezas.
Mostrai-nos todos os tesouros da sabedoria e da ciência de Deus, que em vós estão guardados.>br>
Fazei com que a palavra habite nossa vida e ilumine nossos passos.
Fazei com que a palavra se espalhe rapidamente e chegue até os confins da Terra.
Maria Rainha dos Apóstolos e os santos Pedro e Paulo sejam nosso exemplo, inspiração e guia. Amém. (oração livremente inspirada nos textos de Pe. Alberione).
Contemplação (Vida e Missão)
O projeto de Jesus, o do Reino, é fundado na caridade, no perdão, e só assim será possível transformar a sociedade.
Ao concluir sua reflexão do texto bíblico e sua oração, em quais realidades você percebe a necessidade de uma maior abertura ao Senhor?
O que você pretende fazer, concretamente, para que isso aconteça?
Bênção
Deus Pai do céu te abençoe e te cuide
Que Ele esteja na tua frente para te mostrar o caminho correto.
Atrás de ti para te sustentar em todos os desafios
Acima de ti para te proteger contra os perigos que vem do alto
Que Deus esteja em teu coração como chama ardente, e que a luz dele ilumine tua vida e te aqueça para a virtude.
Que Ele te cerque por todos os lados e não permita que te afastes dele. Amém.
Um dos elementos teológicos centrais do Livro do Levítico é a santidade. O Deus santo, que habita em meio ao acampamento de Israel, exige desse povo também a santidade e a pureza. A partir desse princípio, é estabelecido o relacionamento entre os irmãos. A base fundamental do relacionamento com o próximo é a santidade de Deus. Por isso, não é possível guardar ódio, rancor ou buscar a vingança contra o próximo. É preciso procurar a correção fraterna, pois somos guardiães dos nossos irmãos, responsáveis por eles. Em uma palavra: o amor ao próximo é o único caminho para Israel. É bem verdade que o “próximo”, aqui o compatriota, do mesmo povo, ainda não é compreendido com a largueza de Jesus. De certo modo, o que o Levítico chamou de “santo”, Jesus chama de “perfeito”. A palavra é usada no sentido de completo, algo que chegou à plenitude, não no sentido mesquinho de cumprimento de pequenos preceitos. E o que leva à plenitude? A capacidade de amar. Na compreensão de Jesus, o amor se revela na superação da reciprocidade do ódio, presente na Lei do Talião. A ética do “olho por olho e dente por dente” (Ex 21,24) foi um avanço em relação ao que existia antes: a lei do mais forte, a barbárie. Mas ela está longe da proposta ética do Evangelho de Jesus Cristo. A morte de Jesus na cruz e o perdão desarmam a lógica da violência, pois Jesus morreu por ímpios e pecadores. Ele não exige nada em troca. A Lei do Talião tem como fundamento o desejo de vingança. O cristão precisa interromper o ciclo da devolução do mal com o mal e oferecer perdão e reconciliação. O perdão desarma o malvado e desengatilha o ciclo da intolerância. Criam-se, então, os fundamentos para novas relações humanas, baseadas na colaboração e na solidariedade, pois o nosso Deus é Deus da misericórdia e da compaixão. A nova ética, proposta por Jesus, chega à sua máxima radicalidade com a ideia do amor ao inimigo. O amor não deve ser vivido somente em relação àqueles que são do mesmo clã, tribo ou nação. Jesus nos ajuda a superar o critério do mero laço nacionalista. O princípio teológico da paternidade única de Deus fundamenta a única irmandade. Deus faz nascer o sol e cair a chuva sobre todos. Todos são beneficiários de sua compaixão, de sua misericórdia e de sua generosidade. Nossa justiça, na verdade, deve se fundamentar no espírito das bem-aventuranças e ultrapassar a mera reciprocidade. Para Jesus, o que torna o ser humano perfeito e bom é ser semelhante a Deus e viver o amor que não conhece limites. Essa talvez seja a página mais difícil do Evangelho: amar os inimigos, fazer o bem a quem nos faz o mal, orar por aqueles que nos perseguem. Na mesma perspectiva de Cristo, Paulo ajuda os cristãos de Corinto a superar os partidos e as divisões dentro da comunidade. O critério da unidade é a morte de Cristo na cruz. Mas todos são de Cristo, e Cristo é de Deus.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.Evangelho do dia 19/02/2023
7º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde

Sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai - Mt 5,38-48
Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho, dente por dente’. Mas eu vos digo: não resistais a quem faz o mal. Ao contrário, se alguém te esbofetear na face direita, apresenta‑lhe também a outra; se alguém quiser te processar para tomar tua túnica, deixa‑lhe também o manto; se alguém te forçar a caminhar uma milha, acompanha‑o por duas. Dá ao que te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado. Ouvistes o que foi dito: ‘Amarás teu próximo e odiarás teu inimigo’. Mas eu vos digo: amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para serdes realmente filhos de vosso Pai, que está nos céus, que faz nascer seu sol sobre maus e bons e envia a chuva sobre justos e injustos. Se amais somente os que vos amam, que recompensa mereceis? Não fazem isso mesmo também os coletores de impostos? E, se acolheis somente vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Não fazem isso mesmo também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai celeste”.
Oração Inicial
7º Domingo do Tempo Comum. Bendito sejas, Deus da vida, por este novo dia.
No Evangelho, Jesus instrui seus discípulos e a cada um de nós a rompermos com a cadeia de vinganças e violências. O discípulo de Jesus, a exemplo de seu Mestre, é convidado a ser promotor da paz e testemunha do amor.
Rezamos: “Vem, Espírito Santo! Fazei-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Tornai-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Dai-nos sabedoria e docilidade de coração!
Leitura (Verdade)
No ensinamento de Jesus encontramos o modo certo de viver. Façamos deste Evangelho um programa de vida.
Evangelho: Mt 5,38-48 Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho, dente por dente’. Mas eu vos digo: não resistais a quem faz o mal. Ao contrário, se alguém te esbofetear na face direita, apresenta‑lhe também a outra; se alguém quiser te processar para tomar tua túnica, deixa‑lhe também o manto; se alguém te forçar a caminhar uma milha, acompanha‑o por duas. Dá ao que te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado. Ouvistes o que foi dito: ‘Amarás teu próximo e odiarás teu inimigo’. Mas eu vos digo: amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para serdes realmente filhos de vosso Pai, que está nos céus, que faz nascer seu sol sobre maus e bons e envia a chuva sobre justos e injustos. Se amais somente os que vos amam, que recompensa mereceis? Não fazem isso mesmo também os coletores de impostos? E, se acolheis somente vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Não fazem isso mesmo também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai celeste”.
“Seguir Jesus supõe ser capaz de amar sem medidas. A vingança e o desrespeito sempre acompanharam a história da humanidade. Jesus, no entanto, ensina que o mal deve ser cortado pela raiz e que somente o amor é capaz de proporcionar o genuíno perdão. Passou o tempo de “pagar com a mesma moeda”; começa a era do amor, que vai além das trocas com aqueles que são próximos e afáveis. Jesus propõe um amor audacioso: amar os inimigos, fazer o bem àqueles que nos fazem mal, isto é, amar sem ser amado. O ideal a ser perseguido está no próprio Deus, que é perfeição. O cotidiano é o espaço mais adequado para exercitar, por meio da paciência e do perdão, o verdadeiro amor que Jesus viveu e ensinou.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
Leia novamente o texto e deixe-se tocar diretamente pelo Evangelho. Neste momento, é importante estar atento/a àquilo que está sendo meditado, pois o Senhor nos fala por meio de sua Palavra.
Se somos cristãos, mas temos atitudes semelhantes aqueles que fizeram outras escolhas, que sentido tem ser cristão?
O que significa, para você, o convite de Jesus: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso”?
Oração (Vida)
Ó Jesus, verdadeira luz que ilumina a humanidade, viestes do Pai para ser nosso mestre e nos ensinar seu caminho na verdade: vida e espírito são as “palavras” que nos destes.
Concedei-nos conhecer os mistérios de Deus e suas incompreensíveis riquezas.
Mostrai-nos todos os tesouros da sabedoria e da ciência de Deus, que em vós estão guardados.>br>
Fazei com que a palavra habite nossa vida e ilumine nossos passos.
Fazei com que a palavra se espalhe rapidamente e chegue até os confins da Terra.
Maria Rainha dos Apóstolos e os santos Pedro e Paulo sejam nosso exemplo, inspiração e guia. Amém. (oração livremente inspirada nos textos de Pe. Alberione).
Contemplação (Vida e Missão)
O projeto de Jesus, o do Reino, é fundado na caridade, no perdão, e só assim será possível transformar a sociedade.
Ao concluir sua reflexão do texto bíblico e sua oração, em quais realidades você percebe a necessidade de uma maior abertura ao Senhor?
O que você pretende fazer, concretamente, para que isso aconteça?
Bênção
Deus Pai do céu te abençoe e te cuide
Que Ele esteja na tua frente para te mostrar o caminho correto.
Atrás de ti para te sustentar em todos os desafios
Acima de ti para te proteger contra os perigos que vem do alto
Que Deus esteja em teu coração como chama ardente, e que a luz dele ilumine tua vida e te aqueça para a virtude.
Que Ele te cerque por todos os lados e não permita que te afastes dele. Amém.
Um dos elementos teológicos centrais do Livro do Levítico é a santidade. O Deus santo, que habita em meio ao acampamento de Israel, exige desse povo também a santidade e a pureza. A partir desse princípio, é estabelecido o relacionamento entre os irmãos. A base fundamental do relacionamento com o próximo é a santidade de Deus. Por isso, não é possível guardar ódio, rancor ou buscar a vingança contra o próximo. É preciso procurar a correção fraterna, pois somos guardiães dos nossos irmãos, responsáveis por eles. Em uma palavra: o amor ao próximo é o único caminho para Israel. É bem verdade que o “próximo”, aqui o compatriota, do mesmo povo, ainda não é compreendido com a largueza de Jesus. De certo modo, o que o Levítico chamou de “santo”, Jesus chama de “perfeito”. A palavra é usada no sentido de completo, algo que chegou à plenitude, não no sentido mesquinho de cumprimento de pequenos preceitos. E o que leva à plenitude? A capacidade de amar. Na compreensão de Jesus, o amor se revela na superação da reciprocidade do ódio, presente na Lei do Talião. A ética do “olho por olho e dente por dente” (Ex 21,24) foi um avanço em relação ao que existia antes: a lei do mais forte, a barbárie. Mas ela está longe da proposta ética do Evangelho de Jesus Cristo. A morte de Jesus na cruz e o perdão desarmam a lógica da violência, pois Jesus morreu por ímpios e pecadores. Ele não exige nada em troca. A Lei do Talião tem como fundamento o desejo de vingança. O cristão precisa interromper o ciclo da devolução do mal com o mal e oferecer perdão e reconciliação. O perdão desarma o malvado e desengatilha o ciclo da intolerância. Criam-se, então, os fundamentos para novas relações humanas, baseadas na colaboração e na solidariedade, pois o nosso Deus é Deus da misericórdia e da compaixão. A nova ética, proposta por Jesus, chega à sua máxima radicalidade com a ideia do amor ao inimigo. O amor não deve ser vivido somente em relação àqueles que são do mesmo clã, tribo ou nação. Jesus nos ajuda a superar o critério do mero laço nacionalista. O princípio teológico da paternidade única de Deus fundamenta a única irmandade. Deus faz nascer o sol e cair a chuva sobre todos. Todos são beneficiários de sua compaixão, de sua misericórdia e de sua generosidade. Nossa justiça, na verdade, deve se fundamentar no espírito das bem-aventuranças e ultrapassar a mera reciprocidade. Para Jesus, o que torna o ser humano perfeito e bom é ser semelhante a Deus e viver o amor que não conhece limites. Essa talvez seja a página mais difícil do Evangelho: amar os inimigos, fazer o bem a quem nos faz o mal, orar por aqueles que nos perseguem. Na mesma perspectiva de Cristo, Paulo ajuda os cristãos de Corinto a superar os partidos e as divisões dentro da comunidade. O critério da unidade é a morte de Cristo na cruz. Mas todos são de Cristo, e Cristo é de Deus.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.