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Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
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Dica de Vida Saudável do dia 31 de maio
Yes, nós temos bananas!
Yes, nós temos bananas!
Pixabay

A julgar pela descrição que, em 1872, o francês Júlio Verne faz da banana na obra "A volta ao mundo em 80 dias", é razoável crer que os europeus do século 19 ainda não conhecem a fruta. A banana, de fato, é produto tropical e, devido à precária refrigeração das embarcações da época, é provável que ela chegasse deteriorada à Europa. O que fez a maioria de seus habitantes só conhecerem a fruta do século 20 em diante. Muito tempo depois de ela ter sido cultivada pelo homem. Isso se deu, a princípio, há 8 mil anos no sul asiático. De lá, a fruta percorreu China, Oriente e África até chegar a navegadores espanhóis e portugueses, através dos quais teria aportado no Brasil. A incerteza fica por conta de historiadores que defendem a possibilidade das populações indígenas da América pré-colombiana já conhecerem espécies nativas da bananeira. É possível, uma vez que são conhecidas centenas de espécies da fruta, algumas ainda selvagens, nas florestas da Nova Guiné, Malásia, Indonésia e Filipinas.

Oficialmente, a fruta é produzida, hoje, em cerca de 130 países, estando o Brasil em quinto lugar nesse ranking. Em 2009, o País colheu 7,1 milhões de toneladas/ano da fruta, sendo superado apenas por Equador, China, Filipinas e Índia, esta, a campeã mundial com uma produção de pouco mais de 26 milhões de toneladas/ano. Chama a atenção em tais dados o fato de grande parte dessa produção ser consumida internamente. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), 84% da produção de bananas, em todo o mundo, é destinada a alimentar as populações dos próprios países produtores e apenas 16% do total da produção é exportada. Levando-se em conta que esses países estão em desenvolvimento, ou mesmo em um degrau abaixo desse estágio, e o alto valor nutricional da banana, a cultura e o consumo dessa fruta compõem um papel estratégico na segurança alimentar do mundo.

A banana, afinal, em muitos casos é sinônimo de energia e um manancial de nutrientes. Ela contém três açúcares naturais (sacarose, frutose e glicose), que, combinados com a fibra da fruta, fornecem bastante energia. Também é fonte de carboidratos, potássio, sódio, fósforo, cloro, magnésio, enxofre, silício, cálcio e vitaminas A, B1, B2, e C, além de ter propriedades que combatem inflamações intestinais e gastrites. Trata-se, também, de um aditivo perfeito e de resultado garantido para atletas e esportistas, pois a sua alta carga de potássio ajuda a prevenir a incidência de cãibras. Sua polpa contém, ainda, uma substância adstringente (produz constrição) que acalma o intestino, sendo indicada para úlceras e gastrites. A banana é apenas contraindicada para diabéticos, em função do elevado teor de açúcares e carboidratos. A banana ouro, por exemplo, tem em média 158 calorias em cada 100 gramas.

César Vicente/Revista Família Cristã, edição 932.