Foi assim que uma vez, na plenitude do tempo, soprou forte e serenamente no coração de uma jovem mulher: Maria. Deus a criara para uma missão e a enviara ao mundo para ser a porta de nossa esperança. Pela voz do anjo mensageiro, sob a força divina do Espírito Santo, Maria foi convidada por Deus para restaurar a humanidade.

Maria disse “sim” e o Espírito Santo fecundou em seu ventre o próprio Filho de Deus. Ele habitou entre nós, na missão da redenção de toda a criação, para que o “paraíso perdido” deixe de ser uma recordação e uma grande saudade, mas se torne para todos os povos uma grande esperança: de paz e de justiça entre todos os filhos e filhas do mesmo Deus e criador de todas as coisas.

O Filho de Deus tornou-se presente no universo criado e na história humana. Ele veio restaurar os ânimos dos pés cansados, alegrar o espírito dos tristes, animar a caminhada dos peregrinos e ensinar a solidariedade a todos os povos. Jesus tornou-se o modelo e o vivificador de um novo tempo, tempo de esperança e de vida plena.

Maria participou de sua caminhada, abriu para ele os portais da comunidade humana e inseriu seu coração na sociedade civil, nos meios políticos, nas estruturas temporais e nas práticas religiosas. Maria abriu as portas do mundo para o Filho de Deus. Ele penetrou nas realidades de nossa história para tudo fecundar pelo amor infinito de Deus. Maria fez-se a arca da aliança, pois nela habitou para sempre Jesus Cristo, aliança eterna de Deus com a humanidade.

Com Maria, glorificamos a Trindade, pois ela participou de sua revelação na história da humanidade e, certamente, seus louvores são acolhidos pela Trindade. Com Maria, nossas preces sempre serão como um incenso de louvor agradável a Deus.

No coração de Maria, a Trindade se manifesta como um templo do amor de Deus. Nesse templo, podemos louvar a Deus e receber suas graças para que nossa vida seja um perfeito louvor, que glorifica a Trindade e santifica a humanidade.