Não faltam, hoje, motivos de tristeza — mas, quando estiveram ausentes na história do mundo? —, pois é esta a inexorável alternância da vida humana: tristeza e alegria, que às vezes fundem-se e misturam-se e que, inutilmente, julgamos poder separar. A sabedoria do ser humano, a sabedoria do cristão reside nisto: fazer o possível para livrar-nos da tristeza; em cada circunstância, buscar as fontes de consolo que transformam o sofrimento em motivo de amor, de merecimento e de alegria presente e eterna.

A Mãe de Jesus, que é a nossa Mãe, é uma das fontes mais ricas, a mais rica depois de Jesus: fonte de consolação e de encorajamento para todos os filhos de Eva que, pela ação redentora e pela vontade de Cristo, tornaram-se seus filhos. Isso explica a devoção do mundo inteiro à Virgem, não sem motivo chamada bendita pela prima Isabel, como eco à confissão de humildade do Magnificat; este continua a ser o cântico perene da humanidade redimida, o canto do passado, do presente e do futuro (SD, II, 166).