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Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida
Mensagem do dia 01 de novembro
Nasci e um dia morrerei
Nasci e um dia morrerei
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De velhice talvez, de enfermidade, de algum acidente, de alguma disfunção, mas o certo é que um dia morrerei. Não sei quando. Pode ser hoje à tarde, amanhã ou daqui a 15 ou 20 anos. Talvez mais. Mas sei que morrerei.

Não vivo pensando nisso, mas não afasto esse pensamento como possibilidade; vivo como quem sabe que vai morrer a qualquer hora, para um dia morrer como quem soube viver. Não é muito fácil, mas não há outra escolha. Se sei que um dia terei que enfrentar essa realidade, então é melhor encará-la.

Por enquanto, eu conheço o aqui e o agora, e não o conheço muito bem. Todos os dias tenho que aprender um pouco mais sobre os mistérios do meu tempo, do meu povo, do planeta, sobre todos os mistérios de cada ser humano. Não sei nada sobre o depois, mas eu me pergunto: para onde vou? Será que a eternidade existe? Se existe, vou passá-la com quem? Sei que não adianta perguntar onde, não se trata de lugar.

Como eu creio em Deus e sei que tudo isso teve um Criador, eu sei que o céu é a companhia Dele e o inferno seria a ausência Dele. Imagino que haja bilhões de seres humanos no céu, para o inferno eu não sei quantas pessoas vão. Se Deus é justo, Ele também é misericordioso. Nunca ousei dizer que alguém está no inferno, mas ouso dizer que há milhões de pessoas no céu, e é para lá que quero ir um dia.

Não acho que estou preparado nem para esta vida nem para o depois. Não saio por aí dizendo que estou salvo e que tenho o céu garantido. Não acredito nessas promessas de pregadores que garantem o que não podem garantir, mas vivo cheio de esperanças de que um dia irei conhecer meu Criador. E a primeira coisa que farei é pedir perdão pelos meus erros, desvios, pecados, pelos males que causei e pelas pessoas que feri; já faço isso agora, mas lá vou fazer pessoalmente.

Vou também aproveitar para louvá-lo e agradecer-lhe as coisas boas que me deu, as maravilhas que eu pude ver durante minha vida. Terei vivido 50, 60, 70, 80 anos, talvez 90, e terei visto maravilhas. Também terei visto o pecado, o mal, o ódio, a violência, o horror estampado nas faces. Jamais culpei alguém por isso. Jamais culparei. Isso não é obra nossa.

O ser humano me encanta e me assusta. Eu mesmo me encanto e me assusto comigo. Impressionante a nossa capacidade de fazer o mal e ser egoísta e, ao mesmo tempo, de fazer o bem e ser altruísta.

Eu só espero que, quando chegar aquele dia, eu possa olhar no rosto – embora eu saiba que Ele não tem rosto – do meu Criador e dizer: "Obrigado porque eu pude ver e viver". Mas não sei como será depois. Gostaria que fosse no céu. Tenho orado por isso e tenho pedido às pessoas que orem para que eu, já aqui, seja de Deus e no futuro passe a eternidade ao lado Dele e de milhões de outros que Ele salvou na sua misericórdia.

É o que penso da vida, é o que penso da morte. Se estiver errado, naquele dia eu saberei. Os que acham que estão mais certos que eu também terão o seu dia, porque a hora deles também vai chegar. Mas, por enquanto, deixa tudo como tem que estar. Um dia saberei com clareza o que é existir.

Pe. Zezinho, scj (www.padrezezinhoscj.com)