São Paulino de Nola, que foi seu primeiro e maior devoto, dedicou-lhe dois poemas para exaltar suas grandes virtudes, entre as quais a coragem, bem como ressaltar a fidelidade que mantivera a seu bispo, em meio às perseguições movidas por Valeriano e Décio.
Sobre a cronologia dos fatos, os poucos documentos existentes não são concordes. Filho de um certo Siro – originário provavelmente da Síria, de onde se teria mudado para a Itália -, o jovem Félix consagrou-se à preparação para o sacerdócio e foi ordenado pelo bispo Máximo.
Ao se desencadear uma implacável perseguição, o bispo foi obrigado a exilar-se por sua própria conta. Antes disso, confiou os fiéis aos cuidados pastorais do jovem Félix, destinado provavelmente a sucedê-lo na sede episcopal. Contudo, também Félix acabou encarcerado e torturado, a fim de que oferecesse sacrifícios aos deuses de Roma.
Durante o tempo em que esteve nessa rude prisão, um anjo lhe apareceu, desatou milagrosamente suas correntes, e abriu-lhe de par em par as portas do cárcere, transportando-o em seguida ao local onde o santo bispo estava à beira da morte, exaurido pela fome e pelos sofrimentos.
Félix restaurou suas forças dando-lhe um sumo de uva; depois, carregando-o nos ombros, conduziu-o a Nola, deixando-o sob os cuidados de uma piedosa cristã. Nesse meio tempo, ele retomou suas atividades sacerdotais, assumindo as incumbências do bispo.
Em face de uma nova perseguição, Félix não abandonou a luta, mas, subtraindo-se à captura com hábil e milagrosa destreza, continuou a cuidar de seu rebanho, embora forçado a viver escondido durante seis meses no interior de uma cisterna. Cessada a perseguição e tendo morrido o bispo Máximo, entregou aos cuidados do padre Quinto a sede episcopal e retirou-se a um local ermo, cultivando uma diminuta porção de terra, obtida em arrendamento, para sua sobrevivência.